Com porte de Jetta, sedã derivado do Polo é bem acertado em desenho, espaço e mecânica
O novo sedã da Volkswagen, o Virtus, é um automóvel invulgarmente bem acertado: espaçoso internamente, desenho muito feliz sugerindo atualidade e dinamismo, pioneiro no uso de inteligência artificial – tira, ao motorista, qualquer dúvida sobre o Manual do Proprietário -, motor pequeno, 1,0 litro, turbo, 128 cv e 20,4 m.kgf de torque, transmissão automática, ou 1,6 aspirado, 117 cv, caixa manual. Tem dimensões assemelhadas ao Jetta, agora descontinuado. Anda rápido e no caso do motor 1,0 gasta pouco. Incomum reunião.
Projeto bem desenvolvido, com a marca dos irmãos Pavone, gêmeos designers em franca ascensão: um toca área internacional a partir da Alemanha, outro é responsável pelos produtos para a América Latina, como Virtus e a versão local do Polo. Como explicação empregam plataforma modular MQB, uma espécie de grande Lego permitindo aduzir e retirar partes, de modo a conformar base de diferentes dimensões, como, por exemplo, aumentar a distância entre eixos ou o balanço traseiro para fazer o sedã Virtus ou reduzi-la para o Polo; aplicar soluções de informática; agregar sistemas de segurança. Por projetar, admite dois desdobramentos em desenvolvimento final: um utilitário esporte e uma picape.
Bem situado diante da concorrência, além do estilo atual, flexibilizando conceitos estéticos alemães, oferece-se como maior ante concorrentes Chevrolet Prisma e Hyundai HB20 S. Porta as condições para ser o queridinho do mercado. Na área do charme, adotou a inteligência artificial para dar mais facilidades aos usuários. Tem porte e segurança de veículos de classes superiores, graças ao emprego de aços de grande resistência, e itens de segurança como quatro bolsas infláveis, frenagem pós-colisão, detector de fadiga do motorista e controle de estabilidade.
Focado no desejo do consumidor, mecânica exibe a conformação prática e de menor preço com o motor 1,6 aspirado ou o caminho do futuro aplicando 1,0 turbo. Suspensão para deseducadas ruas e estradas sul americanas. Rodas em três medidas: 15, 16 e 17 pol. Parte de infodiversão com tela de 20 cm. Argumentos de venda, menor custo no pacote de peças para consertos, seguros, revisões, com atrativo aos compradores da primeira leva da versão Highline, sem custos para as três iniciais.
Preços: MSI 1,6 manual, R$ 60 mil; Comforline 200 TSI 1,0 turbo automático, R$ 73.490; Highline 200 TSI 1,0 turbo automático, R$ 80 mil.
Finalmente, a Amarok V6
Volkswagen no Brasil toma providências finais para festas de apresentação de nova versão de picape Amarok: motor V6, 3,0 litros, diesel – o mais potente do segmento no país. Linhas não sofrem mudanças, sendo o produto exatamente idêntico ao da Argentina, onde produzido há seis meses.
Diferença para o modelo atualmente à venda, com motor diesel, quatro cilindros, 2,0 litros, 180 cv, a nova opção desloca 3,0 litros, produz 224 cv e porta auxiliar eletrônico capaz de gerar mais 20 cv por pequenos períodos. Transmissão idêntica à da versão de topo, automática com 8 marchas, primeira reduzida. Versões com diferentes decoração e conteúdo: Trendline, Highline, e Highline Extreme. Fevereiro, 22.
Roda a Roda
Emodinâmico – Combinação alfanumérica SQ5 3.0 TFSI parece endereço em Brasília, mas descreve o novo Audi: utilitário esporte com tração 4 rodas pelo sistema Quattro, motor V6, 3,0 litros, 354 cv, 51 m.kgf de torque. Complementando a feição emocional, dinamicamente se impõe: de 0 a 100 km/h em 5,4 s. Velocidade final cortada a 250 km/h. Epicurismo mecânico, para melhorar a combustão, substituiu o compressor mecânico da geração anterior por dois turbos, e os coletores de escapamento das duas bancadas estão ligados diretamente à carcaça do turbo. Preço R$ 398 mil. Opcionais: pintura metálica/perolizada R$ 2.000; sistema Side-Assist e câmera 360 graus a R$ 12.000.
Velocidade – Na Argentina, consequência do ritmo imposto ao país por um presidente empresário, norma legal determina, licenças e homologações obrigatórias para novos veículos deverão demorar no máximo 50 dias. No Brasil tempo médio é de 180. Lá, homologação de testes e emissões correm junto. Aqui, separadas.
Tentativa – Indústrias automobilísticas do Mercosul tentam fazer a homologação por um associado valha para os outros. Órgãos nacionais não aderiram.
Lotus – Legendária marca inglesa, agora com controlada malaio, volta à Argentina inaugurando loja. Não será na cidade autônoma de Buenos Aires, mas em Martinez, San Isidro, beiradas da capital. Representante é Daniel Buteller, conhecido no Brasil: foi da GM; diretor da Mercedes; presidente da Audi. Produtos e preços em grande arco: Elise Sport, 136 cv e Evora Sport, 410 cv, de US$ 90 mil a 240 mil. No Brasil não há representante.
Surpresa – Sempre cercada de versões sobre sua inviabilidade, absorção ou fracionamento para venda, a FCA, englobando Fiat e Chrysler, apresentou balanço extremamente positivo. Reduziu à metade a dívida industrial, agora em 2,4 bilhões de Euros; cresceu margem de lucro de 6,4%; lucro líquido de 3,8 bilhões de Euros antes do EBIT, o resultado pré-impostos. Nos EUA lucro de 7,9%; América Latina ajudou solidamente. Em marcas, Maserati cresceu 65%, cumprindo o Plano Quinquenal, agora em seu último ano de cumprimento.
Ocasião – Toyota fez encontro restrito para comemorar seus 60 anos de Brasil; falar de bons resultados em vendas e participação; dar oportunidade ao ministro Marcos Jorge de Lima, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços contar à imprensa sobre o projeto Rota 2030 e a decisão de reduzir os impostos sobre híbridos e elétricos para 7% – como os 1,0-litro.
Antecipação – Medida estava prevista no texto propositivo do Rota 2030, programa balizador para a indústria automobilística nos próximos 12 anos, e foi institucionalizada. Híbrido elétrico mais vendido no país é o Toyota Prius.
Yaris – De passagem anunciou iniciar produzir o Yaris (foto) em junho, vendendo-o em agosto. Hatch e sedã, concorrentes de Hondas Fit e City, motorização assemelhada – 1,5 litro, situado mercadologicamente entre o Etios e o Corolla.
Storm – Ford apresentará início fevereiro nova versão do Ecosport. Chamá-la-á Storm, buscando sugerir habilidades para enfrentar situações difíceis. Tem tração 4×4, decoração, faixas e, moda atual, detalhes em preto. Mais tarde, Ford apresentará utilitário esporte menor sobre plataforma Ka.
Depois – Fiat adiou lançamento do Cronos. Agora, pós Carnaval, dia 22.
Segurança – Latin NCAP, organismo dedicado a avaliar segurança dos carros vendidos na América Latina, em sua mais recente rodada de testes, conferiu cinco estrelas a ocupantes adultos e infantis ao VW Virtus. Chevrolet Ônix, então reprovado, aplicou reforços estruturais, e requerendo submissão a novos testes, ascendeu a três estrelas nos testes de impacto para adultos e crianças.
Melhor? – Estudo conduzido pela Ford Europa concluiu, com base e aferição científicas, dirigir um carro esportivo diariamente para, por exemplo, ir ao trabalho, oferece mais emoções que torcer pelo time de futebol; ver um episódio do Game of Thrones; beijar a pessoa amada. Explica alguns mal-educados ricos.
Na veia – No mercado automobilístico atual, marca fora dos EUA ou da China estará com futuro comprometido. PSA – Peugeot, Citroën, DS, Opel, Vauxhall – tem negócios industriais na China e plano de, em 10 anos, estar no mercado norte-americano. Instalou-se em Atlanta.
Jogo duro – Para transitar com crianças em transporte escolar, em estradas de difícil trânsito, Marcopolo desenvolveu o miniônibus Volare V8L 4×4: tração 4×2, 4×4 com reduzida; maior altura do solo; proteção ao cárter do motor e tanque de diesel. Motor Cummins 3,8 Euro V, 152 cv. Leva 31 estudantes.
Festa – Comemorando o 20 de janeiro, Dia Nacional de Fusca, mais de 1.000 colecionadores da marca reuniram-se no São Bernardo Plaza Shopping, na cidade onde foi montada a maioria dos Fuscas no Brasil.
Gente – Mudanças na PSA Brasil. Carlos Gomes, português responsável pela volta aos lucros, transferido. Promoção: número 1 na China, maior mercado mundial. Patrice Lucas, francês, o substituirá. Nas marcas Peugeot, Citroën e DS, quando operacional, contração. Paulo Solti, ex-Citroën e quase DS, será planejador de produto para a América Latina. Ana Theresa Borsari, então diretora geral da Peugeot, assumirá as três marcas. Revendedores preocupados. Atribuem a Da. Theresa a criação do Peugeot 207 Mercosul, início da queda de vendas da marca, e pela participação na Stock Car, com publicidade enganosa atribuindo vitória de motor Chevrolet como se fosse Peugeot. / Sir Stirling Moss, piloto inglês, 88, aposentadoria. Larga folha de vitórias em muitas categorias, incluindo Mille Miglia 1955 com Mercedes SLR. Sempre ativo em eventos de automóveis antigos, em férias em Singapura contraiu infecção torácica e se recupera lentamente.
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