Auto Livraria Best Cars
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos
No Result
View All Result
Auto Livraria Best Cars
No Result
View All Result
Home Informe-se Colunas Carro, Micro & Macro

Indústria de automóveis: se não for para ficar, não venha

22/01/2021
in Carro, Micro & Macro

Carro, Micro & Macro

A Ford sai do Brasil e investe na Argentina não pelo mercado ou o risco-país, mas para continuar no Mercosul

Desde que a Ford anunciou que deixaria de fabricar no Brasil, temos assistido uma verdadeira enxurrada de informações tentando explicar por que a empresa decidiu investir na Argentina, abandonando nosso território. Como sempre, puseram a culpa num tal de custo-Brasil, com a repetitiva ideia de culpar o assaltado por não ter trancado a porta, ou a moça estuprada por ter escolhido um maiô indecente.

Assim como ocorre no Brasil, os jornalistas de lá dividem-se em dois grupos: os que acham que a política do governo atual trará uma catástrofe e os que informam que as multinacionais acreditam na recuperação gradual da economia. Essa discussão, no entanto, restringe-se aos jornais com algumas notícias dignas de soltarem-se rojões, enquanto outras nos fariam arrancar os cabelos de desespero. Curiosamente, o meio acadêmico não se pronuncia nem de um lado, nem de outro.

Nos anos 80 não havia divisas para a empresa liquidar ativos aqui e remeter à matriz, mas hoje ela pode continuar no mercado via importações

Se impedida de exportar da Argentina para o Brasil por alguns anos, a Ford pensaria mil vezes antes de fechar as portas aqui

Os últimos artigos científicos sobre investimento externo na Argentina datam de 2014, sob o ponto de vista econômico, e de 2015, quanto aos aspectos legais oriundos das reformas a serem introduzidas por Mauricio Macri. O fato é que nosso vizinho conseguiu uma excelente negociação com credores oficiais e a negociação com credores privados está em curso, minorando o montante a ser consumido em parcelas da dívida externa que, até a posse de Alberto Fernández, seriam absolutamente impagáveis.

O mais bizarro nisso tudo é que os que propalam haver multidões de empresas abandonando a Argentina, indo para o Uruguai e Brasil, afirmam que as candidatas a emigrar temem a escassez cambial. Se não há dólares, com que dinheiro viriam? De fato, as reservas deles não atingem os US$ 42 bilhões já quase totalmente comprometidos com pagamento de parcelas vincentes até junho próximo. Isso deixa algo como US$ 2,5 bilhões disponíveis para remessas ao exterior, seja como lucro, seja como remessas voluntárias.

Enquanto isso, a Ford anuncia que, para deixar de operar no Brasil como fabricante, reservou US$ 5 bilhões — o dobro da disponibilidade total do país vizinho — para cobrir custos de repatriação ou transferência de ativos. O montante mencionado serve, entre outras coisas, para indenizar empregados e ressarcir, como multa contratual, o Estado pela renúncia fiscal a que se sujeitou. O anúncio de semelhante verba em dólar não significa que a empresa vai abrir as burras e retirar toda a verba em notas de dólar, é apenas uma conversão. Não dá para sequer imaginar que operários brasileiros, em território brasileiro, sejam indenizados em moeda estrangeira.

Esta semana algumas centenas de empregados foram convocados a fazer peças de reposição em Camaçari, BA, denotando que a empresa — como fizeram todas as que conseguiram via salários subsidiados graças à pandemia — limpou os estoques, seja de carros novos, seja de peças de reposição. O caixa da empresa deve estar bem recheado. Quer-me parecer que a intenção seja sair daqui com um bom dinheiro no bolso e não será em reais, dependendo de nossas reservas cambiais para conversão.

Decisão sábia

Isso me fez lembrar uma conversa de 1996 com um advogado, companheiro meu de Rotary Club, que participara da constituição da Autolatina, a associação entre Ford e Volkswagen que vigorou de 1987 a 1995. Ele me disse algo que não feria o sigilo profissional, mas era estarrecedor. Perguntei-lhe por que a Ford decidira associar-se em condições tão desfavoráveis a uma empresa que, pela experiência com a Vemag e a Chrysler, era conhecida por aproveitar associações para eliminar concorrentes.

Ele me disse que, nos anos 1980, simplesmente não havia divisas para a empresa liquidar seus ativos aqui e remeter o valor amealhado à matriz. As condições eram outras, pois as importações estavam virtualmente proibidas, formando-se um mercado institucionalmente cativo, que hoje não existe mais. Este foi substituído, graças à abertura, pela possibilidade de a empresa sair e continuar usufruindo do mercado via importações.

Cabe ao Estado valorizar o mercado interno, como condicionar a entrada de novos participantes a um prazo de carência, caso eles se decidam por sair

Camaçari tem feito peças de reposição: empresa limpou os estoques e caixa deve estar recheado

As variáveis falaram por si, minorando meu trabalho de pesquisa acerca dos entraves burocráticos argentinos à saída de empresas de seu território. Também não me qualifico como especialista em direito societário e sucessório do país vizinho. Tudo se resume no fato de que não há dólares suficientes nas reservas que permitam empresas abandonarem a Argentina neste momento. A Ford sabe que há reservas suficientes no Brasil para remeter os valores amealhados com a venda de ativos e a queima de estoques, deduzidas as despesas de encerramento. Na ânsia de reduzir suas operações como está fazendo no mundo inteiro, resguardando-se a participação de mercado via importações no Brasil, parece ter tomado a decisão mais sábia como empresa.

Ao que os números indicam, sair do Brasil e investir na Argentina não é uma escolha calcada em questões mercadológicas ou de risco-país, haja vista que o risco de lá é maior que o nosso. Trata-se de uma imposição com que a empresa terá de conviver se quiser continuar usufruindo do Mercosul.

Regular práticas de comércio exterior não necessariamente significa fechar o mercado, nem mesmo criar protecionismo que induza à perda de competitividade. Cabe ao Estado valorizar o mercado interno. Uma possibilidade seria condicionar a entrada de novos participantes a um prazo de carência, caso eles se decidam por sair. Nesse prazo, as empresas não poderiam exportar para o Brasil.

Isso faria com que os investidores pusessem essa perda de participação no cálculo de custo de abandono e só viriam se fosse para ficar. No presente caso, não podendo exportar da Argentina, mercado menor, para o Brasil, mercado maior, por — digamos — cinco anos, a Ford pensaria mil vezes antes de fechar as portas. Para deixar o mercado, seria preciso que ela mesma tratasse de encontrar um substituto, como o governo da Bahia está fazendo.

Resta-nos, como país, deixar de festejar qualquer pretenso investimento externo e dizer: “Se não for para ficar, por favor, não venha”. É sempre preferível importar a fazer concessões para internalizar uma produção que pode não ser lucrativa.

Coluna anterior

A coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars

Tags: Carro Micro e MacrocolunasFordindústriamercado

Related Posts

Ford Galaxie e Landau: espaço e maciez nunca superados
Auto Livraria

Ford Galaxie e Landau: espaço e maciez nunca superados

04/07/2025
Ford Corcel, Belina e Pampa: quadros de uma família duradoura
Auto Livraria - Ford

Ford Corcel, Belina e Pampa: quadros de uma família duradoura

17/06/2025
Ford: catálogos de Ka, Escort, Mondeo, Taurus e outros
Auto Livraria - Ford

Ford: catálogos de Ka, Escort, Mondeo, Taurus e outros

02/06/2025
Ford Ranger: revistas com a longeva geração da picape
Auto Livraria - Ford

Ford Ranger: revistas com a longeva geração da picape

01/05/2025
Cargo: quadros com o caminhão de muitas versões da Ford
Auto Livraria - Ford

Cargo: quadros com o caminhão de muitas versões da Ford

15/04/2025

Novidades da Auto Livraria

Scania: livro com 80 anos de ônibus, também no Brasil
Auto Livraria - Scania

Scania: livro com 80 anos de ônibus, também no Brasil

A trajetória da empresa sueca em ônibus desde 1911, incluindo a produção no Brasil - R$ 149

04/07/2025
Ford Galaxie e Landau: espaço e maciez nunca superados
Auto Livraria

Ford Galaxie e Landau: espaço e maciez nunca superados

Que carro nacional representou o máximo em conforto em todos os tempos? Conheça a história no vídeo

04/07/2025

Quadros decorativos

VW Kombi: quadros da “corujinha” aos modelos recentes
Auto Livraria - Volkswagen

VW Kombi: quadros da “corujinha” aos modelos recentes

Quadros decorativos das décadas de 1960 a 2000 com matérias e propagandas - a partir de R$ 59

03/07/2025
Caminhões e picapes Chevrolet: 3100, C-60 e outros em quadros
Auto Livraria - Chevrolet

Caminhões e picapes Chevrolet: 3100, C-60 e outros em quadros

Quadros decorativos com propagandas originais de utilitários e caminhões antigos - a partir de R$ 59

01/07/2025

Destaques em revistas

Quatro Rodas de 1975 a 1979: Opala, Landau, Dodge, 147 e mais
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas de 1975 a 1979: Opala, Landau, Dodge, 147 e mais

Grandes carros e motos em testes, corridas e edições especiais dos anos 1970 - a partir de R$ 19

01/07/2025
Quatro Rodas de 1970 a 1974: “Bizorrão”, SP2, Opala, Charger e mais
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas de 1970 a 1974: “Bizorrão”, SP2, Opala, Charger e mais

Revistas Quatro Rodas com testes, turismo, corridas e carros marcantes dos anos 70 - a partir de R$ 19

26/06/2025
  • Canal no Whatsapp
  • Instagram
  • Política de privacidade
No Result
View All Result
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos

Consentimento de cookies

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Clique em Aceitar para concordar com as condições ou Negar para não aceitar.

Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
Compre pelo Whatsapp