Auto Livraria Best Cars
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos
No Result
View All Result
Auto Livraria Best Cars
No Result
View All Result
Home Informe-se Colunas Editorial

Também para os carros, o que vale é parecer

02/02/2018
in Editorial

Editorial

“Aventureiros”, adereços sem função e até acelerador rápido mostram que a imagem convence o consumidor

 

Alguns dizem que, depois da valorização do “ser” (alcançar uma posição de destaque na sociedade pelos atributos pessoais) e do “ter” (sobressair pelos bens que possui), vivemos a era do “parecer”. Por essa ótica não importa o que você é ou o que tem, mas sim o que as pessoas acreditam que você seja, tenha e desfrute — tudo bem demonstrado pelas redes sociais.

Está bem, mas o que essa história tem a ver com carros?

Muito. Nos automóveis, assim como no cotidiano, vemos o “parecer” se tornar mais relevante que o “ser”. Ou seja, deseja-se e compra-se um carro mais pela impressão que ele transmite — mesmo que seja falsa — que por seus verdadeiros atributos. Essa percepção não se limita à aparência externa: chega a aspectos internos, mecânicos e construtivos.

O melhor exemplo é a onda “aventureira” que toma conta do mercado, não apenas no Brasil. Os fabricantes partem do princípio de que utilitários esporte são desejados por muitos, mas não alcançados por tantos. Assim, aplicar um visual de aventuras a um carro comum — hatch, perua ou mesmo minivan — permite atender a esse desejo e, claro, cobrar um pouco mais pelo produto.

 

O utilitário esporte tem tração integral, mas uma exigência maior em atoleiro pode superaquecer o sistema, o que deixa o motorista só com tração dianteira

 

A tecla no Jeep Renegade diz Low, mas não é uma reduzida em seu sentido tradicional
A tecla no Jeep Renegade diz Low, mas não é uma reduzida em seu sentido tradicional

Alguns ao menos oferecem vantagens práticas para trafegar fora do asfalto ou enfrentar o “fora de estrada urbano”, como maior vão livre do solo ou pneus de uso misto, mas outros se limitam a adereços estéticos, caso do Toyota Etios Cross. Esses atributos não são sempre vantajosos: no uso urbano e rodoviário, carros mais altos e com pneus maiores representam consumo adicional de combustível e menor estabilidade (que afeta a segurança em curvas e manobras de emergência), além de reposição mais cara de pneus.

Mesmo entre os utilitários esporte e veículos com tração nas quatro rodas, o “parecer” está em voga. Não confie que um carro com a palavra Low em um seletor junto à alavanca de transmissão tenha, de fato, caixa de transferência para encurtar todas as marchas: pode ser apenas uma programação, como na Fiat Toro e nos Jeeps Renegade e Compass, em que a caixa retém mais as marchas inferiores. Uma tomada de ar sobre o capô não significa que ali embaixo exista um resfriador de ar: era decorativa na Chevrolet S10 anos atrás.

Siglas como 4×4 e 4WD, alusivas a tração integral, também podem iludir. Alguns pensam que as quatro rodas tracionam todo o tempo, o que tem sido raro. Estão consagrados os sistemas sob demanda, que operam com tração parcial (quase sempre dianteira) e acionam as outras duas rodas conforme as condições de aderência. Até o sistema Quattro da Audi em modelos com motor longitudinal, que por tradição era permanente, tem passado a esse arranjo em alguns modelos.

Nada contra essa solução, mais eficiente em consumo e adequada à maioria das condições fora de estrada: trata-se apenas de conhecer o que se leva para casa. No Honda CR-V, por exemplo, o manual do proprietário esclarece que uma situação de atoleiro pode superaquecer o sistema. Caso o envio de torque à traseira não faça o carro desatolar e o motorista insista em acelerar, o sistema pode desativá-lo e deixar o carro só com tração dianteira. É algo que se deve saber antes de supor capacidades que o veículo não tem.

 

 

Na avaliação da Fiat Toro Diesel em Um Mês ao Volante, concluída há poucos dias, outro exemplo de imagem que não se sustenta. Ao atravessar um riacho com a picape, o consultor técnico Felipe Hoffmann notou o motor desligar-se de repente, após o filtro de ar admitir muita água por sua captação em ponto baixo para o tipo de veículo. Depois que chegou à margem, Felipe viu (e filmou) uma moça atravessar o trecho sem problemas com um Fiat Mobi… Não é o que se espera de uma picape 4×4 a diesel.

Nem todo motorista, é verdade, busca a imagem de aventura. Conheço pessoas que não aceitariam rodar por aí com uma capa de estepe ilustrando um alpinista, talvez porque reconheçam que o esporte mais radical que praticam é virar algumas latas de cerveja durante o jogo de futebol da TV. Mesmo entre os que não ligam para o fora de estrada, porém, o “parecer” ganha espaço.

Note como se usam rodas cada vez maiores em todo tipo de carro, em nome de uma aparência de alto desempenho, muitas vezes com perfil de pneus mais baixo do que a proposta do modelo recomendaria — como acabamos de ver no Ford Ecosport Storm. Compactos com motor de 1,0 litro usam pneus dignos de carros médios: uma ilusão de esportividade que cobra seu preço em desempenho, consumo e custo de reposição.

 

Rodas e pneus em medidas exageradas: uma ilusão de esportividade que cobra seu preço em desempenho, consumo e custo de reposição

 

Se o farol de neblina não pode faltar, aquele que interessa pode ser o mais simples em um carro de R$ 100 mil
Se o farol de neblina não pode faltar, aquele que interessa pode ser o mais simples em um carro de R$ 100 mil

Curiosamente, é comum que os mesmos modelos sejam vendidos em mercados desenvolvidos com rodas menores e pneus de perfil mais alto que os usados aqui — seriam as ruas de lá mais esburacadas que as nossas? Há também tomadas de ar que simulam as dos esportivos, embora não levem ar a lugar nenhum, e falsas saídas de escapamento, como nos Peugeots 308 e 408 (ou no DS5, que tinha duas vistosas saídas, mas apenas uma funcionava).

E os faróis? Anos atrás investia-se em qualidade de iluminação: surgiram os refletores duplos, os de superfície complexa, os elipsoidais. Hoje vemos peças tão elaboradas, cheias de detalhes, vincos, frisos e molduras, que um simples farol de refletor único, tão limitado em sua função, parece mais sofisticado que o de um carro de luxo dos anos 2000. Outra constatação curiosa sobre o tema é que quase todo mundo exige faróis de neblina, mas poucos se interessam se é eficaz a iluminação dos faróis principais. Os fabricantes aproveitam: temos modelos de mais de R$ 100 mil com refletor único, caso do Honda HR-V EXL.

Mas vamos entrar, que dentro do carro tem mais. Quem conheceu bons automóveis das décadas de 1980 e 1990 lembra-se da qualidade do tecido de revestimento dos bancos, algo que praticamente acabou. Hoje, ou se aceita o couro (que da pele bovina tem muito pouco: está mais para um vinil melhorado que queima no calor e gela no frio) ou se fica com um tecido áspero, desagradável aos olhos e ao tato. Essa preferência da maioria no Brasil pelo “couro”, aliás, é algo que não consigo compreender.

Ligue o motor e arranque, por favor. Mas pise de leve: como o objetivo é parecer rápido, tem sido comum que a calibração eletrônica do acelerador seja exagerada. Um leve toque no pedal e seu carro quase bate no da frente. A ideia parece ter chegado até nós pela Hyundai, embora tenha havido alguns casos nos tempos do comando a cabo (o primeiro Chevrolet Celta era um desses), mas hoje é percebida em várias marcas, do Fiat Mobi ao Ford Ecosport. Claro que essa máscara logo cai: se com pouca abertura de pedal o motor já fornece quase todo o torque disponível naquela rotação, o motorista não terá muito mais com o que contar quando pisar para valer.

Editorial anterior

 

Tags: colunasCuriosidadesEditorialmercado

Related Posts

The End of Detroit: onde as Três Grandes americanas erraram
Livros multimarca

The End of Detroit: onde as Três Grandes americanas erraram

10/04/2022
Práticas ao volante: o que fazer e o que não fazer
Destaques

Best Cars, 1997-2021: o encerrar de um ciclo

03/01/2023
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Brasil sem fabricantes de automóveis, doce ilusão

28/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Indústria de automóveis e aporte de capital, uma luz no fim do túnel

14/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Álcool: da fazenda aos postos, a saga continua

30/04/2021

Novidades da Auto Livraria

Quatro Rodas de 1970 a 1974: “Bizorrão”, SP2, Opala, Charger e mais
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas de 1970 a 1974: “Bizorrão”, SP2, Opala, Charger e mais

Revistas Quatro Rodas com testes, turismo, corridas e carros marcantes dos anos 70 - a partir de R$ 19

24/06/2025
Tipo e Tempra: quadros com Fiats de sucesso dos anos 90
Auto Livraria - Fiat

Tipo e Tempra: quadros com Fiats de sucesso dos anos 90

Quadros com propagandas e matérias da linha, incluindo versões 16V, Turbo e Stile - a partir de R$ 69

23/06/2025

Quadros decorativos

Tipo e Tempra: quadros com Fiats de sucesso dos anos 90
Auto Livraria - Fiat

Tipo e Tempra: quadros com Fiats de sucesso dos anos 90

Quadros com propagandas e matérias da linha, incluindo versões 16V, Turbo e Stile - a partir de R$ 69

23/06/2025
Ford Corcel, Belina e Pampa: quadros de uma família duradoura
Auto Livraria - Ford

Ford Corcel, Belina e Pampa: quadros de uma família duradoura

Quadros decorativos com propagandas e matérias da linha em duas gerações - a partir de R$ 59

17/06/2025

Destaques em revistas

Quatro Rodas de 1970 a 1974: “Bizorrão”, SP2, Opala, Charger e mais
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas de 1970 a 1974: “Bizorrão”, SP2, Opala, Charger e mais

Revistas Quatro Rodas com testes, turismo, corridas e carros marcantes dos anos 70 - a partir de R$ 19

24/06/2025
Quatro Rodas 1990 a 1994: Omega, XR3, Uno Turbo, os importados
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas 1990 a 1994: Omega, XR3, Uno Turbo, os importados

Revistas com o período da abertura das importações e nacionais de uma grande época - a partir de R$ 15

10/06/2025
  • Canal no Whatsapp
  • Instagram
  • Política de privacidade
No Result
View All Result
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos

Consentimento de cookies

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Clique em Aceitar para concordar com as condições ou Negar para não aceitar.

Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
Compre pelo Whatsapp