Curiosidades: os carros que não nasceram, parte 3

Voyage geração 2, o primeiro Corsa, IBAP Democrata e outros projetos que não chegaram ao mercado brasileiro

Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação e CARWP

 

O projeto de um carro leva alguns anos, envolve centenas de pessoas e custa milhões de dólares. Mesmo assim, nem todos eles chegam ao mercado. Vários modelos estudados ficam pelo caminho, seja pela rejeição em pesquisas, seja porque o custo final passaria das metas. Existem também carros com importação prevista, mas nunca confirmada. Chegamos à terceira parte da série dos automóveis que morreram antes de nascer. Você se lembra de outros? Envie pelos comentários e tentaremos colocar na quarta parte. Se preferir, assista ao mesmo conteúdo no vídeo a seguir.

 

 

Acura

No Salão de São Paulo, em 2012, a Honda mostrou três modelos da Acura: o sedã ILX, o utilitário esporte RDX e o esportivo NSX, que ainda era conceito. O anúncio foi de lançar a divisão de luxo em 2015, como a Toyota tem a Lexus, mas os planos mudaram e até hoje ela não chegou.

 

Brilliance

Conhecida revista anunciava em 2012: apesar da alta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para importados no ano anterior, a marca chinesa Brilliance mantinha um estoque do hatch pequeno FRV, também na versão aventureira Cross, na vizinhança do porto de Vitória, ES. O início de vendas não devia demorar…

 

 

Chevrolet Corsa

Para competir com Gol e Uno, a GM testou aqui o Opel Corsa de primeira geração, lançado em 1983. Modelos da Isuzu japonesa, como o Chevrolet Spectrum vendido nos EUA, também apareceram em pesquisas. Não deu em nada: só em 1994 teríamos o segundo Corsa para substituir o Chevette.

 

Chevrolet Vectra V6

Quando lançou o segundo Vectra, em 1996, a Chevrolet levou jornalistas para conhecer a versão V6 de 2,5 litros feita na Europa pela Opel. Os planos de lançá-la aqui foram cancelados, e os poucos carros trazidos acabaram sendo vendidos.

 

Fiat Croma

No Salão de 2006 havia um Fiat diferente: a Croma, no meio-termo entre perua e minivan. Era ampla, luxuosa e com motor de 2,2 litros da GM, da época em que as marcas eram parceiras. Ela veio com o objetivo de avaliar a aceitação do público, que pelo jeito não foi das maiores.

 

 

IBAP Democrata

Os projetos da IBAP, Indústria Brasileira de Automóveis Presidente, causaram polêmica nos anos 60. A empresa queria fabricar o sedã e o cupê de luxo Democrata com motor V6 traseiro, um carro popular e um utilitário. Os recursos vinham de 87 mil acionistas. A meta de produção era ambiciosa, a mesma da Volkswagen na época. Processada pela coleta de poupança popular sem fabricar automóveis, a IBAP fechava as portas depois de cinco protótipos.

 

Kia Rio

Há tempos a Kia tem planos de trazer o Rio, um hatch da faixa do Polo. A ideia era aproveitar os Jogos Olímpicos de 2016, na cidade que deu nome ao carro, mas ele não veio. Nova geração saiu em seguida e deveria estrear aqui sem falta no ano passado. Nada feito.

Próxima parte

 

Peugeot 308

O 308 de segunda geração foi lançado na Europa em 2013. Desde então é estudado para vendas no Brasil, e vez ou outra é visto na sede da empresa em São Paulo. Como a classe de hatches médios está encolhendo, parece que não teremos sucessor para o modelo antigo.

 

Romi 600

A pioneira Romi fabricou o primeiro carro brasileiro, o Romi-Isetta de 1956. Ela pretendia aumentar a família com o 600 de quatro lugares da BMW, um furgão e uma picape derivados dele. A crise da marca alemã atrapalhou o projeto. A Romi deixava o mercado em 1961 só com o Isetta.

 

 

Smart Formore

Sabia que a Smart quase fez carros no Brasil? O projeto era o Formore, um SUV compacto com plataforma Mitsubishi, a mesma do Forfour de quatro lugares. Ele seria feito na fábrica de Juiz de Fora, MG, de 2005 em diante no lugar do Mercedes-Benz Classe A; seria exportado aos Estados Unidos e usaria o motor de 1,6 litro da Tritec paranaense e tração integral. Outro que morreu antes de nascer.

 

Toyota 86

O Toyota 86 é um carro esporte projetado em parceria com a Subaru, que faz o BRZ. Ele veio ao Salão de São Paulo em 2012 e foi estudado para importação, mas não chegou ao mercado.

 

 

VW Passat Variant e hatch

A primeira perua Passat Variant da Volkswagen, feita na Europa, foi avaliada para produção nacional nos anos 70 e engavetada. Chegaria só em 1985 na segunda geração como Quantum. Dessa linha, a marca testou aqui o Passat hatch para substituir o antigo modelo, o que não aconteceu.

 

VW Voyage

Quando Gol e Parati passaram à segunda geração, faltou o Voyage. O projeto chegou a existir, incluindo ideias de frente própria e de um perfil mais esportivo de teto, parecido com o do Bora. Conflitos na diretoria da empresa o levaram para a gaveta. Em seu lugar recebemos o Polo Classic argentino, de pouco sucesso.

 

VW Santana

O tradicional nome Santana foi retomado pelos chineses em 2013 em um sedã menor que o Jetta. Seria um bom concorrente, aqui, para Grand Siena e Cobalt. A Volkswagen chegou a testá-lo no Brasil e teria feito pesquisas com alterações de estilo, mas desistiu. Depois de longa espera, ganhamos o Virtus.

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