A Volvo Cars completa 90 anos de mercado em 14 de abril: foi nesse dia, em 1927, que o pioneiro ÖV4 saiu da fábrica de Gotemburgo, na Suécia. O nome da marca, que significava “eu rodo” em latim, havia sido registrado 12 anos antes pela empresa-mãe SKF, a dos rolamentos.
Confira alguns modelos e fatos que marcaram sua história.
• 1927: produzido o primeiro automóvel da Volvo, o ÖV4, com motor de 1,9 litro e quatro cilindros. Pouco menos de 1.000 foram fabricados até 1929.
• 1929: surgia a série PV600 com estilo inspirado em carros norte-americanos. Tinha motor de seis cilindros com 3,0 ou 3,4 litros e oferecia versão de sete lugares, apreciada no uso como táxi.
• 1944: o PV444 ou “pequeno Volvo” só chegou ao mercado três anos depois, pela escassez de matéria-prima durante e após a guerra. Primeiro carro com para-brisa laminado (mais seguro por não se estilhaçar em caso de quebra), ele foi responsável pela popularização da marca e seu primeiro carro exportado para os Estados Unidos, em 1955. O motor era de 1,4 ou 1,6 litro; no PV544 vinha o de 1,8 litro. A linha durou até 1966.
• 1956: nascia a série P120, que contaria com sedã, cupê e perua. Três anos depois eles introduziam o cinto de três pontos em primazia mundial.
• 1961: o cupê esportivo P1800, depois 1800 S, marcou época pelo estilo. Tinha motor de 1,8 litro e 118 cv (depois 2,0). Produzido até 1973, ficou famoso pelo uso na série O Santo, com Roger Moore.
• 1967: a série 140 assumia o lugar da P120 com motores de 1,6, 1,8 e 2,0 litros e carrocerias de duas e quatro portas, além da perua. Seriam feitos até 1974.
• 1974: lançada a linha 200, um dos Volvos mais famosos pelo mundo. Sedã e perua ofereceram motores de 1,8 a 2,85 litros (este um V6) e houve versões turbo e a diesel. Amplos, mais de 4,80 metros, eram carros confortáveis e muito seguros, feitos por 19 anos.
• 1983: o grande sedã 760, topo de uma linha que incluía o 740 e a perua 745, era o primeiro Volvo no segmento de luxo. Vinha com motor V6 desenvolvido em parceria com Peugeot e Renault e teve versão cupê, o 780.
• 1991: sedã e perua 850 adotavam tração dianteira, inédita em um Volvo de seu porte, e notabilizaram-se pelas versões esportivas. A mais “quente”, a 850 R, apareciam em 1996 com motor turbo de cinco cilindros, 2,3 litros e 250 cv.
• 1994: a Volvo lançava a bolsa inflável lateral, que no ano seguinte se tornava item de série em toda sua linha.
• 1998: o sedã S80 inovava com a cortina inflável, que protegia a cabeça dos ocupantes em colisões laterais. O motor de topo era um seis-cilindros em linha transversal, solução incomum.
• 2001: o XC90 era o primeiro utilitário esporte da Volvo, que até então oferecera apenas a perua de uso misto V70 XC (depois XC70). O motor V8 de 4,4 litros da Yamaha fornecia 288 cv. Até hoje essa geração é fabricada na China.
• 2004: outra inovação em segurança, o sistema de alerta de veículo em ponto cego em uma das faixas ao lado. Três anos depois lançava o monitor frontal de risco de colisão com acionamento automático dos freios.
• 2006: o hatch médio C30 esbanjava estilo, com destaque para a tampa traseira toda em vidro, como no 1800 ES dos anos 70 e no 480 ES dos 80. A plataforma de Ford Focus era consequência da compra da marca sueca pela norte-americana em 1999.
• 2008: irmão menor do XC90, o XC60 agradava pelo desenho e podia ter tração dianteira ou integral. Foi um dos maiores sucessos da história da marca.
• 2010: a Volvo passava às mãos da chinesa Geely.
Mais: leia histórias de modelos antigos da Volvo
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação