A Toyota Hilux completa em março 50 anos de produção, período em que teve oito gerações e vendeu mais de 17,7 milhões de unidades. A picape foi lançada em 1968 com fabricação pela Hino (marca adquirida pela Toyota) e motor de 1,5 litro a gasolina com 70 cv. A alavanca de transmissão vinha na coluna de direção. Ela podia carregar 1.000 kg e chegava no ano seguinte aos Estados Unidos, onde teria motor 1,9 de 85 cv e, mais tarde, 2,0 de 97 cv. O nome, curiosamente, derivava de high luxury ou alto luxo, pouco adequado a seu acabamento espartano.
A segunda geração (acima), em maio de 1972, vinha com duas opções de entre-eixos e melhor conforto, como bancos com encostos de cabeça. Usava motores de 1,6 e 2,0 litros, este com 105 cv. Um 2,2 era aplicado em 1975. Depois vinha a caixa de cinco marchas.
A terceira Hilux aparecia em setembro de 1978 com ganhos em conforto, opção de caixa automática e suspensão revista para um rodar mais suave. A versão Super Deluxe trazia cabine estendida em 9 cm e freios dianteiros a disco. Ar-condicionado viria anos depois. O motor 1,6 permanecia, mas uma opção a diesel vinha no ano seguinte: um 2,2 de apenas 62 cv. Um 2,4 a gasolina de 97 cv era acrescentado.
Em novembro de 1983 estreava a quarta geração (acima) com a versão Xtracab, de cabine mais longa, e escolha entre tração traseira e integral. A versão Surf sugeria o uso em lazer. O motor 2,4 a diesel podia receber turbo e o 2,2 a gasolina com injeção alcançava 135 cv. Na fase final era lançado um V6 a gasolina de 3,0 litros e 150 cv.
Na quinta picape, em setembro de 1988, as novidades incluíam interior mais parecido com o de um automóvel e molduras de para-lamas, na versão 4×4, que alargavam a carroceria. A tração total podia ser engatada em movimento e havia opção de freios ABS nas rodas traseiras para a V6. O mais potente a diesel era o 2,8 de 88 cv. Ela foi feita em parceria com a Volkswagen em Hannover, Alemanha, para venda na Europa com o nome Taro. Seria a primeira Hilux importada para o Brasil, em outubro de 1992, com motores 2,5 e 2,8 a diesel.
O sexto modelo vinha em setembro de 1997 com opção de cabine alongada e dois pequenos bancos na parte traseira. Os motores a gasolina mais potentes eram o quatro-cilindros 2,7 com 150 cv e o V6 3,4 de 190 cv. Agora, todos os mercados tinham suspensão dianteira independente na versão 4×4. A Argentina começava a produzi-la para venda também no Brasil. Com nova frente em 2001, ganhava motor 3,0 turbodiesel de 116 cv.
Um salto em estilo e conforto era dado pela sétima geração, de agosto de 2004, lançada no Brasil no ano seguinte. Tinha motores a gasolina de 2,0, 2,7 e 4,0 litros, este um V6 com 236 cv, e a diesel de 2,5 e 3,0 litros com até 173 cv. O V6 usava cinco marchas na caixa automática. Pela primeira vez a picape não era fabricada no Japão, mas na África do Sul, na Argentina e na Tailândia. Seu chassi serviu de base para o utilitário esporte Fortuner (SW4 no Brasil) e a minivan Innova.
A atual Hilux, a geração oito, aparecia em maio de 2015 com evoluções em conveniência e segurança. O motor turbodiesel de 2,8 litros tinha 177 cv e caixa automática de seis marchas; o 2,7 flexível para o Brasil oferecia 163 cv. Em 2017 ela voltava a ser vendida no Japão com motor 2,4 turbodiesel.
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação