Poder econômico: 326 cv e 66,3 m.kgf faziam do A8 TDI 4.2 o carro a diesel
mais potente da época; alcançava 100 km/h em apenas 5,9 segundos
O A8 com novo motor tornava-se o diesel mais potente do mundo, ainda em 2005: o V8 TDI de 4,2 litros com dois turbos e dois resfriadores de ar produzia 326 cv e 66,3 m.kgf (entre 1.600 e 3.500 rpm). Ao lado de desempenho inesperado de um carro movido a tal combustível, como 0-100 km/h em 5,9 segundos (máxima limitada a 250 km/h), oferecia baixo consumo e rodava 940 km com um tanque. O câmbio era o automático de seis marchas.
A inglesa Evo aprovou-o: “Você está isolado de som e vibração, de modo que o velocímetro é o indicador de quão rápido se está andando. O som do motor muda pouco nas trocas de marcha e de repente se chega ao limitador a 250 km/h… A não ser pelo fato de não superar 4.200 rpm, você assumiria que é apenas seu V8 normal a gasolina. Vários de nós temos reservas sobre motores a diesel em carros esportivos, mas este Audi — como os V8 da Mercedes e da BMW — demonstra que um turbodiesel torcudo e de boas maneiras tem seu lugar em sedãs de luxo de alto desempenho”.
Outra novidade, restrita ao W12, estava nos discos de freio de cerâmica, oferecidos pela primeira vez em um sedã de luxo. A tecnologia trazia como vantagens maior capacidade de frenagem, vida útil dos discos quatro vezes maior, melhor resistência ao aquecimento, insensibilidade à corrosão e menor massa não suspensa (menos 5 kg em cada). O V6 3,0 a gasolina dava lugar, ainda em 2005, ao de 3,2 litros com injeção direta, 256 cv e 33,6 m.kgf, oferecido com trações dianteira e integral. A mesma tecnologia era aplicada ao V8 4,2, que assim passava a 350 cv e 44,9 m.kgf.
Lamborghini em traje de gala: o novo S8 adotava um V10 de 5,2 litros
e 450 cv, similar ao 5,0 do Gallardo, para fazer o 0-100 em 5,1 segundos
Na avaliação do Best Cars, o A8 4,2 impressionou: “Os cinco metros de comprimento e 1.780 kg de peso parecem menos quando se põe o grande Audi a rodar. O V8 traz prontas respostas ao acelerador, com muito pouco ruído e nenhuma vibração. Só se ouve o motorzão ao levar bem acima o ponteiro do conta-giros, mesmo assim um som agradável, que nunca incomoda. A suspensão em modo Comfort evidencia suas dimensões, mas com notável absorção de asperezas. Em Dynamic, por outro lado, o A8 parece um sedã médio e esportivo, tal a facilidade de controle”.
“Amansado” para o S8, o motor V10 ganhou
em cilindrada, recebeu injeção direta e produzia
450 cv para 0-100 km/h em 5,1 segundos
No comparativo da Car and Driver, em 2006, o A8L V8 enfrentou BMW 750iL, Jaguar Super V-8, Lexus LS 460L e Mercedes-Benz S550 e ficou em segundo lugar, atrás do M-B: “O A8 tem a interpretação mais esportiva entre esses carros, de seu rodar à sensação de direção e às aceleradas nas reduções de marcha em modo manual. Ao dirigir, ele não parece um carro tão grande. Para os aficionados, sua integração de tamanho e manobrabilidade é sedutora, mas ele precisa de um motor mais potente — não consegue acompanhar a aceleração dos rivais. O interior de bom gosto tem um sistema MMI mais fácil de usar que o IDrive da BMW ou o Comand da Mercedes”.
Com alma de Lamborghini
Alemães fazem grandes carros; italianos fazem motores musicais como ninguém mais. Com o S8 de nova geração, em outubro de 2005, a Audi associava esses atributos em um sedã esportivo e luxuoso. Em um tempo em que sedãs médios como seu RS4 usavam motores de oito cilindros, a marca precisava de algo especial para a versão de alto desempenho do A8. A solução estava na prateleira da Lamborghini, marca sob seu controle: o V10 do Gallardo, que fazia sua estreia em um quatro-portas.
Nova fase da tração integral Quattro e suspensão revista equipavam o S8,
que associava o tempero italiano ao conforto de um alemão de luxo
“Amansado” para a nova aplicação, o motor ganhou em cilindrada (de 5,0 para 5,2 litros) e recebeu injeção direta. Com variação dos comandos de admissão e escapamento e coletor variável, o V10 produzia 450 cv e 55,1 m.kgf para o S8 acelerar de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos, excelente para um carro de seu porte, com a máxima de 250 km/h ainda limitada. O grande sedã de 1.940 kg trazia nova fase da tração integral Quattro, cuja divisão normal passava a 40% à frente e 60% à traseira, podendo chegar a 15/85 ou 35/65 se as condições de aderência exigissem. O câmbio era automático de seis marchas.
A suspensão com molas a ar foi recalibrada. Belas rodas de 20 pol usavam pneus 265/35 e os freios tinham discos de cerâmica. O S8 ostentava para-choques mais esportivos, saias laterais, um discreto defletor de porta-malas e quatro saídas de escapamento. O interior tinha couro em dois tons, fibra de carbono e sistema de áudio Bang & Olufsen com 14 alto-falantes e 1.100 watts.
O esportivo foi comparado pela Automobile ao Maserati Quattroporte Executive GT e ao Mercedes-Benz S63 AMG. “O Audi impressiona com os materiais de primeiro nível, o acabamento e a montagem impecáveis e a melhor ergonomia. O S8 representa um casamento feliz entre o motor de carro esporte e um transportador de família. O único argumento contra ele é seu rodar menos confortável. Em todos os outros departamentos, esse carro compete com os melhores. No uso de todo dia e em todos os climas, ele o recompensa por ser suave e preciso”.
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Os conceitos
IVM Coupe
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Avantissimo
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Embora a Audi não tenha desenvolvido um cupê com a plataforma do A8 — como fez a Mercedes com o CL, derivado do sedã Classe S —, uma versão de duas portas chegou a ser construída. A IVM Automotive, de Munique, apresentava no Salão de Genebra de 1997 seu A8 Coupé elaborado a pedido do fabricante. O carro ficou mais curto e, como no citado CL, dispensava a coluna central. O interior tinha apenas quatro lugares. Uma pena que a Audi não tenha levado o projeto adiante, prevendo vendas insuficientes para viabilidade.
 Avantissimo
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Avantissimo |
Uma perua A8, aparentemente, também esteve nos estudos da fábrica. No Salão de Frankfurt de 2001 era revelado o conceito Avantissimo, que sugeria uma luxuosa perua com linhas que anteciparam, em parte, o A8 de segunda geração a ser lançado no ano seguinte. O motor V8 de 4,2 litros usava dois turbos para obter 430 cv e a tração era integral.
GTL Fuel
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 Hybrid
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A versão conceitual GTL Fuel aparecia em 2008, tendo 82 unidades dela sido usadas no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça. O motor TDI V6 turbodiesel de 233 cv consumia GTL, combustível sintético sem enxofre, que reduz em 93% as emissões de monóxido de carbono. A Audi já havia usado GTL em carros de competição em Le Mans.
O A8 Hybrid, da terceira geração, aparecia no Salão de Genebra de 2010 com a mesma mecânica que chegaria à produção — motor de 2,0 litros e 211 cv a gasolina e um elétrico de 45 cv. O carro podia usar apenas eletricidade em breves percursos, mas ao ser acelerado a fundo os motores somavam esforços para produzir 245 cv. Uma versão hibrida do A8 L aparecia no mesmo ano no Salão de Pequim.
 Exclusive
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Exclusive |
A Audi também considera carros-conceito os 50 exemplares do A8 L W12 que demonstram possibilidades do Exclusive, o programa de personalização com infinitas opções de cores, acabamentos e suas combinações. Mostrado no Salão de Frankfurt de 2011, um dos carros tinha bancos revestidos em couro da grife Poltrona Frau em tom marrom. Uma unidade foi exibida também no Salão de São Paulo de 2014.
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