2006
A concorrência respondia ao Vectra com novos sedãs: Renault Mégane em março e Honda Civic em abril, este com desenho ousado e bem-sucedido. A GM reestilizava o Celta e dele derivava o sedã Prisma; o Polo tinha nova frente. Fiat e Peugeot faziam versões fora de estrada para Idea (Adventure) e 206 SW (Escapade). A Mitsubishi renovava o Pajero TR4 e iniciava a produção local do Pajero Sport; a Ford aplicava tração 4×4 e novo motor turbodiesel à F-250. O Santana despedia-se depois de 22 anos, assim como o antigo Fiesta e o A3 — deixava de existir um Audi brasileiro.
2007
O Fiesta abria o ano com frente e painel renovados em janeiro no precoce modelo 2008. O Renault Logan (junho) trazia a proposta de espaço e simplicidade do similar romeno da Dacia, seguido em novembro pelo hatch Sandero, com estilo local. Outra novidade da marca era a elegante perua Grand Tour do Mégane. Belo estilo vinha em agosto no Fiat Punto. O Vectra aparecia em setembro em inédita versão hatch, que correspondia ao Astra de outros mercados. Redesenhado aqui mesmo, o Ford Ka estava maior por dentro, mas não mais bonito. O Civic Si esbanjava esportividade com o motor de 2,0 litros e 192 cv; a L200 Triton modernizava a Mitsubishi entre as picapes. Palio, Siena, Golf e Ecosport eram reestilizados.
2008
Dois bons de venda eram reprojetados: em março o Corolla, mais largo e imponente e sem a perua Fielder, e em julho o Gol, agora com motor transversal e de volta com opção pelo sedã Voyage. Também mudava tudo na picape Nissan Frontier em setembro, seguindo o modelo importado por pouco tempo, e no Fit em outubro, com maiores dimensões e caixa automática no lugar da CVT. O Sandero ganhava a versão “aventureira” Stepway, com suspensão elevada; o sedã Fiat Linea vinha derivado do Punto, incluindo versão turbo de 152 cv; a Palio Weekend e a Strada mudavam estilo e ganhavam bloqueio de diferencial Locker; o Stilo lançava a transmissão automatizada; a Caoa iniciava a produção do Hyundai Tucson em Anápolis, GO. O Brasil recebia um falso Peugeot 207: o nome do sucessor europeu do 206 era aplicado a uma reestilização do próprio 206. Marea e XTerra saíam de produção.
2009
Do Fit a Honda derivava o sedã City, lançado em julho, com motor 1,5 e caixa automática opcional. Estreava o Mercedes-Benz CLC, um Classe C hatch de antiga geração fabricado em Juiz de Fora, e a Nissan mostrava as minivans Livina de cinco lugares e Grand Livina de sete, práticas e espartanas. A Fiat oferecia cabine dupla à Strada e motor turbo no Punto TJet. No Fox 2010 o interior evoluía e aparecia a caixa automatizada vista pouco antes no Polo. Outras novidades da VW eram Polo Blue Motion, com pacote de eficiência, e a nova Saveiro. A Peugeot 207 SW ganhava a versão Escapade.
2010
O Uno mudava por inteiro em maio, com estilo baseado no “quadrado arredondado”, e a Citroën fazia da minivan C3 Picasso uma “aventureira” com a Aircross em agosto. A Peugeot ingressava no mercado de picapes leves em abril com a Hoggar, de pouco êxito, e em setembro a Chevrolet Montana retrocedia em técnica e aparência ao se tornar derivada do Agile. A Fiat lançava ainda o hatch Bravo, sucessor do Stilo com versão turbo de 1,4 litro (TJet), e trocava os motores Chevrolet pela linha E-Torq. A VW lançava o Gol Rallye com suspensão elevada e a Saveiro Cross; o Logan estava mais aceitável em estilo e interior; a Ford mudava a frente do Fiesta; o Corolla recebia motor de 2,0 litros; a Scénic saía de cena.
2011
A Renault dava a primeira resposta ao Ecosport com o Duster, maior e também com tração 4×4, em outubro. No mês seguinte chegava o Palio de segunda geração, que não repetiu o sucesso do primeiro. Dois sedãs médios avançavam: Chevrolet Cruze (setembro), que substituía o Vectra, e Civic (novembro), com aspecto mais maduro e menos esportividade. A minivan Citroën C3 Picasso estreava como variação da Aircross, embora na verdade fosse o contrário. O ano teve ainda o sedã espartano Chevrolet Cobalt, nacionalização do Mitsubishi Pajero Dakar, Uno Sporting, novo visual no Ka e no Sandero e fim de fabricação para Mégane (sucedido pelo Fluence argentino), Mercedes CLC, F-250, Astra e Corsa, mantendo-se o Classic.
2012
Lançamentos importantes em diferentes categorias. Citroën C3 em agosto, Hyundai HB20 e Toyota Etios em setembro e Chevrolet Onix em outubro renovavam o cenário de hatches pequenos. A Fiat lançava o sedã Grand Siena, a Chevrolet tinha nova S10 e Trailblazer (sucessora da Blazer) depois de 17 anos e substituía o Vectra hatch pelo Cruze e a dupla Meriva/Zafira pela Spin, de estilo controverso. Gol e Voyage mudavam e o hatch passava a vir também com três portas. O Ecosport enfim trocava de geração, ganhando ar mais urbano, e trazia a primeira transmissão automatizada de dupla embreagem em um nacional. O Clio era renovado; Xsara Picasso, Mégane Grand Tour e Parati despediam-se.
2013
Dois atraentes hatches pequenos eram nacionalizados: Peugeot 208 em março e Fiesta em abril. O novo Prisma baseava-se no Onix em fevereiro, mês em que o Civic passava a 2,0 litros. A Strada mudava a caçamba e ganhava terceira porta, o Renault Logan ficava bem mais agradável aos olhos. O Hyundai IX35, o Mitsubishi ASX e o pequeno jipe Suzuki Jimny passavam a ser feitos em Goiás. O ano terminava com novo Fiat Fiorino, derivado do Uno. Com a exigência de bolsas infláveis e freios antitravamento (ABS) em todo carro para 2014, saíam de linha os veteranos Mille, Gol de segunda geração e Kombi — não antes de várias tentativas de exceção à regra para que a “velha senhora” pudesse seguir em produção. Outra despedida era da Ford Courier.
2014
Outro ano de vários grandes lançamentos, que começaram em fevereiro pelo VW Up, com moderno motor de três cilindros e bons dotes de segurança. No mês seguinte vinha novo Corolla, mais atraente e com transmissão CVT, e em abril o Honda Fit, que também voltava a esse tipo de caixa. O Nissan March era nacionalizado em maio. Em julho a Ford mostrava o Ka hatch mais atraente e com três cilindros, seguido pelo sedã Ka+ um mês depois; também redesenhava o jipe Troller T4. Setembro trazia Renault Sandero e Honda City. O ano teve ainda Fox remodelado, parada/partida automática no Uno, nacionalização do Mitsubishi Lancer e dos BMWs Série 3 e X1 — e a liderança em vendas do Palio depois de 27 anos de domínio do Gol. Fim de linha para 207, Hoggar e o antigo Fiesta.
2015
Ano forte para os utilitários esporte compactos: chegavam em março Honda HR-V e Jeep Renegade (feito em nova fábrica da FCA em Goiana, PE) e no mês seguinte o Peugeot 2008. O Chery Celer inaugurava a produção nacional de um fabricante chinês. A Renault abria um segmento intermediário de picapes com a Duster Oroch, que acrescentava porte e quatro portas à categoria das pequenas, e revitalizava os esportivos com o Sandero R.S. de 2,0 litros e 150 cv. A Audi voltava a fabricar no Brasil com o A3 Sedan. Mais: VW Up TSI com turbo, March de três cilindros, BMW X3 e Nissan Versa nacionais e renovações para Bravo, IX35, HB20, Cobalt, Aircross e BMW Série 1. O Onix assumia a liderança de vendas. Polo, Celta e Livina deixavam o mercado.
2016
A Fiat respondia à Oroch em fevereiro com a Toro, que acrescentava tração integral e motor turbodiesel ao belo desenho. O atual Golf ganhava produção paranaense, depois de dois anos de importação, sendo simplificado na suspensão. Gol, Voyage e Saveiro eram remodelados, agora com identidade própria na picape. O Fiat Mobi vinha em abril como um Uno mais simples, sem o esperado novo motor; o novo Civic em agosto evoluía em desenho e adotava turbo, tipo de motor que chegava também a Jetta nacional (1,4), 208 (GT 1,6), HB20 e Fiesta (1,0-litro). Um 1,2 de três cilindros equipava 208 e C3. Onix, Prisma, S10 e Trailblazer eram reestilizados; Audi Q3, BMW X1 e X4, Range Rover Evoque e Mercedes Classe C e GLA tornavam-se nacionais.
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