• Se 1959 foi o ano dos exageros de estilo em Detroit, nenhum carro simboliza melhor essa fase que o conversível Cadillac Eldorado Biarritz. Cromados em profusão e aletas nos para-lamas traseiros (“rabos de peixe”) com mais de um metro de altura emolduravam o interior sofisticado e o motor V8 de 6,4 litros e 345 cv.
• Fritz Fend pretendia garantir transporte a soldados mutilados ao projetar em 1948 o Messerschmitt, um meio-termo entre carro e moto com um só lugar e cabine fechada contra as intempéries. O modelo KR 200 de 1959 tem dois lugares, motor de um cilindro a dois tempos de 200 cm³ e 10 cv.
Os anos 1960
• A Jaguar concentrou as atenções ao revelar o E-Type, em 1961, com suas linhas suaves e sedutoras. O do museu é um modelo 1964 com motor de seis cilindros em linha, 3,8 litros e 265 cv, que o leva até 240 km/h. Houve também versões de 12 cilindros.
Ferruccio Lamborghini começou a fazer carros por estar insatisfeito com seu Ferrari; o 350 GT de motor V12 foi o primeiro a ser fabricado
• Primeiro automóvel de produção com motor rotativo Wankel, o NSU Spider apareceu no Salão de Frankfurt de 1963 com desenho de Bertone sobre a plataforma do NSU Sport Prinz. O motor traseiro com um rotor de 500 cm³ oferecia 50 cv e permitia 152 km/h. A marca alemã fez 2.375 unidades com o Wankel.
• O Wartburg, fabricado no lado oriental da então dividida Alemanha, tinha muitas semelhanças técnicas com os modelos DKW, incluindo os brasileiros da Vemag, pois derivava do IFA F9 que nada mais era que um projeto DKW. O motor de três cilindros em linha e 900 cm³ tinha 37 cv; no modelo 1964 da foto eram 1.000 cm³ e 45 cv.
• Um dos carros mais longevos da história a manter sua silhueta original, o Porsche 911 foi lançado em 1963 com motor traseiro arrefecido a ar e evoluções técnicas sobre o modelo 356. O carro exposto, de 1966, tem um 2,0-litros de 130 cv para chegar a 210 km/h.
• Ferruccio Lamborghini começou a fazer carros por estar insatisfeito com seu Ferrari. O 350 GT foi o primeiro a ser fabricado, em 1964, com carroceria Touring de alumínio, suspensão independente e motor V12 de 3,5 litros com seis carburadores e 280 cv. Manteve-se em linha até 1967, quando já existia o 400 GT de quatro lugares e 4,0 litros.
• Já havia carros de tração dianteira nos anos 1920, como o Cord, mas o Oldsmobile Toronado de 1966 foi o primeiro a adotá-la com um motor tão potente, um V8 de 7,0 litros e 327 cv, que o habilitava a 205 km/h. A Cadillac seguiria a técnica um ano depois com seu Eldorado.
• Com o Karmann Ghia a Volkswagen “vestiu” seu chassi com uma elegante e atemporal carroceria desenhada pela Ghia italiana. Nunca foi um esportivo rápido, pois usava os limitados motores do restante da linha, mas seduzia pelas formas e mantinha a confiabilidade do Fusca. O exposto é de 1966.
• A Kombi alemã era como a nossa nos anos 60, antes das grandes evoluções que nunca chegaram aqui. Esse modelo 1966 é da versão Samba, caracterizada por pequenas janelas superiores que iluminavam mais o interior. O motor era de 1,5 litro e 44 cv.
• Com o Lamborghini Miura 1967, os italianos mostraram que o motor central-traseiro era uma grande solução para supercarros de rua. E não era qualquer motor: essa evolução do conhecido V12 de Sant’Agata Bolognese tinha 3,95 litros e 350 cv, o bastante para alcançar 280 km/h e colocar o Miura entre os automóveis mais velozes da década.
• Projeto conjunto entre as marcas, o VW-Porsche 914 de 1969 tentava alcançar um segmento mais popular entre os carros esporte, mas o alto preço inviabilizou a tarefa. A versão de quatro cilindros e 1,7 litro, com 80 cv, alcançava 177 km/h. O motor central-traseiro era incomum em Porsches na época, mas hoje encontra aplicação no Boxster e no Cayman.
Os anos 1970
• Os pequenos esportivos da série S da Honda foram os primeiros carros japoneses vendidos na Alemanha. A linha incluiu versões de 360, 500, 600 e 800 cm³, como o S 800 1970 mostrado, que tem motor de quatro cilindros de alumínio com quatro carburadores, duplo comando de válvulas e 67 cv, capaz de alcançar 10.000 rpm. Havia versões fechada e conversível.
• Esse interessante bugue, um dos primeiros do mundo, é obra da mesma Karmann que fazia o Karmann Ghia e carrocerias especiais como a do Fusca conversível. O GF, de 1971, tinha o chassi-plataforma do Fusca, motor traseiro de 1,5 litro e 44 cv e carroceria de plástico reforçado com fibra de vidro.
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