O Toyota Bandeirante não foi o único a dar sobrevida a um modelo encerrado: isso aconteceu com vários automóveis
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação
Você sabia que carros das décadas de 1970 e 1980, em alguns países, ainda podem ser comprados zero-quilômetro? É como uma vida após a morte para os automóveis: eles saem de linha no mercado original, mas continuam por longo tempo em outras regiões. Depois de três artigos (aqui, aqui e aqui), vamos ao quarto da série. Você tem sugestões? Escreva nos comentários e podemos aproveitar em mais um artigo. Se preferir, assista ao vídeo com o mesmo conteúdo e mais imagens.
Jeep Station Wagon (1946)
Pouco depois do Jeep civil, a Willys-Overland lançava nos Estados Unidos em 1946 a perua Station Wagon (no destaque). Por lá ela durou até 1965, mas a Kaiser argentina fez sua Estanciera de 1957 a 1970. No Brasil, onde se chamou Rural (foto maior), ela durou ainda mais: até 1977.
Fiat 600 (1955)
Muitos antigos Fiats ganharam nova vida após a morte, como vimos nos outros artigos. O 600 italiano (no destaque) existiu de 1955 a 1969. Na Sérvia, a Zastava começou a fazer uma versão 750 (foto maior) em 1965 e só parou 20 anos depois, após três décadas do primeiro nascimento. Ganhou de argentinos e colombianos, que foram até 1982.
Toyota Land Cruiser (1960)
O Land Cruiser foi duradouro no Japão, mas bem mais nos países que o adotaram. A série J40, de 1960 (no destaque), seguiu até 1984 por lá. No Brasil começou em 1968, como Bandeirante, e seguiu até 2001 com o mesmo desenho básico (foto maior).
Nissan Sunny (1970)
A segunda geração do Nissan Sunny, um antecessor do Sentra, durou de 1970 a 1973 no Japão. A picape Sunny Truck (no destaque) foi além, até 1989, mas longa mesmo foi sua vida na África do Sul: de 1971 a 2008, nada menos que 37 anos. Depois de mudar de nome para LDV 1400 (foto maior), ela dava lugar à NP200, derivada do primeiro Renault Logan.
Jeep Cherokee (1983)
O Cherokee de 1983 (no destaque) é um dos Jeeps de maior sucesso. Se os Estados Unidos o fizeram até 2001, a China começou junto com eles, mas foi até 2014. Primeiro usou a marca Beijing Jeep 2500 e os motores do norte-americano. Em 2009 adotou o nome BAW Qishi (foto maior) e motores Nissan.
Próxima parte
Toyota Corolla E90 (1987)
A geração E90 do Corolla, anterior à primeira que chegou ao Brasil, existiu no Japão entre 1987 e 1992. A produção na Austrália durou mais dois anos, mas longe mesmo ele foi na África do Sul: o hatch chegou a 2006 com o nome Tazz. A essa altura, o japonês estava três gerações à frente.
Suzuki Swift (1988)
A geração de 1988 do Swift (no destaque) foi vendida também no Brasil. Ela foi feita até 2003, mas ganhou outros cinco anos na Índia como Maruti Esteem; foi até 2015 na China, chamado de Changan Suzuki Lingyang (foto maior), e mais dois anos no Paquistão com o nome Cultus.
Citroën Xantia (1993)
Na França o Xantia manteve-se em linha de 1993 a 2002. O Irã o recebia em 2000 pela empresa SAIPA (foto maior), que o levou até 2010. Reformas de estilo bem estranhas foram estudadas, mas parecem não ter chegado ao mercado.
Fiat Doblò (2000)
O Doblò de primeira geração durou de 2000 a 2010 na Turquia, que atendia ao mercado europeu. No Brasil (foto maior) ele segue em produção desde 2001. Consta que também é feito na Coreia do Norte com um nome impronunciável: Pyongwha Ppeokkugi.
Toyota Corolla E120 (2001)
Outro Corolla a ganhar sobrevida foi o E120, a nona geração (no destaque), feita de 2001 a 2007 inclusive no Brasil. O grupo chinês FAW o fabricou de 2004 até 2017 e fez a própria reestilização (foto maior).
Kia Cerato (2003)
O Cerato já está na quarta geração, mas a primeira (no destaque) do modelo sul-coreano, produzida de 2003 a 2008, segue na linha chinesa. Desde 2016, é vendido como Horki 300 E (foto maior) com motor elétrico e visual retocado.
Audi A4 (2004)
Mesmo na Europa um carro pode ganhar sobrevida. O Audi A4 de 2004 (no destaque), fabricado até 2008, foi reciclado pela Seat do mesmo grupo Volkswagen. De 2008 a 2013 ele se chamou Exeo (foto maior), sendo feito em Martorell, Espanha, com a linha de montagem que ficava em Ingolstadt, Alemanha.
Mais Curiosidades
