O vôo breve do Uirapuru Com
motor de caminhão e até testes de aerodinâmica, o |
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Nestes dias de globalização, em que a maioria dos projetos de automóveis vem do exterior, parece inacreditável a capacidade de alguns brasileiros de criar e produzir, já nos primeiros anos de nossa indústria, modelos esporte tão bons quanto muitos importados da época. Esse foi o caso do Brasinca 4200
GT ou Uirapuru, que teve particularidades como carroceria de aço feita à mão e testes de aerodinâmica em túnel de vento. |
O desejo de
Soler de produzir um esportivo de alto desempenho já ficava evidente
no Capeta, este cupê que ele projetou para a Willys, nunca produzido.
Observe as semelhanças de desenho |
Depois da Willys, Soler
trabalhou na Brasinca S.A. - Ferramentas, Carrocerias e Veículos, empresa fundada em 1949 que fabricava carrocerias para caminhões e ônibus em São Caetano do Sul, SP. Da Brasinca havia saído a
cabine do primeiro caminhão brasileiro, o FNM ("Fenemê"). Mas ela nunca havia feito automóveis. |
Não havia
plataforma ou mecânica de automóvel de um grande fabricante a
utilizar. Soler, então, desenvolveu um chassi de vigas de aço leves
e resistentes e recorreu ao motor dos caminhões Chevrolet |
Soler não partiu de um chassi já conhecido, como o fariam dezenas de fabricantes de carros fora-de-série nas décadas seguintes. O Uirapuru nascia a partir de um
monobloco com chassi de vigas ocas, tipo caixa, de chapas de aço finas e resistentes -- tanto que já previam a possibilidade de uma versão conversível. Embora na época já se usasse plástico reforçado com fibra-de-vidro em carrocerias especiais
(saiba mais sobre a pioneira Glaspac), incluindo a do próprio Interlagos, Soler optou por chapas de aço, moldadas à mão sobre gabaritos em vez de prensadas.
Continua |
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