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Punto (em cima) e Fiesta
(centro) têm capacidade de bagagem pouco maior, mas o Polo vence em
facilidade de acesso pelo formato do vão
![Clique para ampliar a imagem](../carros/comp/punt-fies-polo/pu-motor.jpg)
![Clique para ampliar a imagem](../carros/comp/punt-fies-polo/f-motor.jpg)
![Clique para ampliar a imagem](../carros/comp/punt-fies-polo/po-motor.jpg)
Os motores do Ford (centro) e do
Fiat (no alto) são mais potentes que o do VW; o funcionamento mais suave
é um destaque no Sigma do Fiesta |
Se na frente eles são equivalentes, atrás o quadro favorece
o Polo, que é — ironicamente — o menor por fora: pernas e cabeças dos
passageiros contam com mais espaço e o acesso é facilitado pelo perfil
retilíneo do teto, embora a largura útil seja tão exígua quanto nos
concorrentes. Incomoda no VW o pequeno ângulo formado entre o
encosto (muito à vertical) e o assento inclinado para trás. Os três são carros para quatro adultos não muito
altos ou, no banco traseiro, limitados a três crianças. Nesse caso, ao
menos o ocupante central dispõe de conforto razoável em qualquer um
deles.
As capacidades de bagagem são medianas para o porte dos carros (290
litros no Ford, 280 no Fiat e 250 no VW), mas o Polo oferece
maior vão de acesso e base mais baixa que a do Punto — também aqui os novos
projetos têm sido desfavoráveis ao usuário, tanto por questão de resistência estrutural quanto por
estilo. Só que lhe falta a repartição em 60:40 do banco traseiro,
esperada de um hatch. Ele e o Punto usam estepe de mesma medida dos
demais pneus, mas com roda de aço em vez de alumínio. No Fiesta o estepe
é temporário, para uso por pequenos trajetos.
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Os
motores têm concepção simples, sem os recursos de variação (de
tempo de válvulas ou do
coletor de admissão) cada vez mais
comuns. O do Polo usa comando único e duas válvulas por cilindro; o do
Punto, comando único e quatro válvulas; e o do Fiesta, duplo comando e
quatro válvulas. Os dois últimos são mais potentes e oferecem maior
torque, mas têm seu melhor rendimento em regimes mais altos que os do
Polo, este o melhor na faixa até 2.500 rpm (compare os valores na ficha técnica,
confira as curvas e
leia mais sobre
mecânica).
Essa diferença teórica pode ser percebida ao volante, em que o VW
responde com maior prontidão ao comando do pé direito em baixas
rotações. No Ford parece haver um vazio em regimes bem baixos, que logo
é superado, mas deixa a sensação inicial de falta de torque. Como o
Fiat, ele ganha ímpeto com clareza conforme sobe o ponteiro do
conta-giros, enquanto o VW parece ter menos fôlego em alta.
Um aspecto em que nenhum se iguala ao Fiesta é a suavidade de
funcionamento do motor, sempre destacada pelo Best Cars
no Sigma desde seu lançamento no Focus: parece não se incomodar com
altas rotações, como se projetado por engenheiros com as mentes nas
autobahnen alemãs sem limite de velocidade. Nesse ponto, o E-Torq de 1,6
litro decepciona: por alguma razão que desconhecemos, é mais áspero em
altos regimes que a versão de 1,75 litro da mesma linha (embora a
relação r/l seja a mesma) e fica longe
do concorrente. O motor EA do Polo fica em plano intermediário nesse
quesito.
Os mais potentes foram, como se esperava, os mais rápidos e velozes na
simulação do Best Cars. Fiesta e Punto ficaram muito próximos em
velocidade máxima, com ligeira vantagem para o segundo em aceleração e
retomadas. Com exceção de algumas recuperações de velocidade, o Polo
esteve sempre para trás. Em consumo o Ford é que brilhou, com os outros
em equilíbrio (veja os
resultados e a análise detalhada).
O câmbio manual do Polo (lembre-se, não considere o automatizado das
fotos) é uma das referências do mercado em qualidade de comando, com
leveza e precisão dignas de serem imitadas. O do Fiesta está perto dele
e o Punto um pouco atrás, ainda em bom nível. Destaque do Ford é o fácil
engate da marcha à ré, ao lado da quarta, sem bloqueios redundantes. No
VW deve-se pressionar a alavanca, o que é mesmo necessário por sua
posição similar à da primeira, mas no Fiat deveria ser eliminado o
anel-trava — há bloqueio interno contra engate involuntário.
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