

Se por dentro havia
esportividade no painel e no volante, a mecânica não mudava: motores de
1,2 a 1,9 litro e potência entre 60 e 105 cv


O Manta CC de três portas vinha
em 1977; dois anos depois, o GT/E ganhava fôlego com o motor de 2,0
litros e havia novos para-choques |
Embora não lembrasse o Ascona, era o padrão de estilo frontal da
Vauxhall, que o usava em sua versão do sedã — chamada de Cavalier e
também disponível com a mesma carroceria de cupê. O Manta, no entanto,
permanecia um Opel nos mercados britânicos. As laterais tinham perfil
baixo e amplos vidros e a traseira, ainda com porta-malas saliente,
usava lanternas retangulares. As colunas posteriores muito finas, em vez
das grossas do original, também favoreciam a visibilidade. Portas
maiores facilitavam o acesso ao banco traseiro. Talvez fosse mais fácil
identificá-lo como um Manta pelas rodas de quatro raios mantidas em
parte da linha...
Embora mantivesse a plataforma original, o carro estava maior em todos
os sentidos, com 4,44 m de comprimento, 1,67 m de largura, 1,33 m de
altura e 2,52 m entre eixos. Além do principal adversário, o Capri, a
concorrência incluía o recém-lançado alemão
Volkswagen Scirocco, o francês
Renault R15/R17, o italiano
Fiat 124 Sport e o japonês
Toyota Celica. Os motores não
mudavam: 1,2 de 60 cv, 1,6 de 60 ou 75 cv e 1,9 de 90 cv, todos com
carburador. Mas havia melhorias na suspensão, a rigidez torcional da
carroceria aumentava 40% e o tanque de combustível vinha em posição mais
protegida. Estava disponível nas versões Deluxe, SR e Berlinetta, com
opção de caixa automática em vez da manual de quatro marchas. O GT/E com
injeção e 105 cv aparecia um ano mais tarde.
Em 1977 os acabamentos SR e Berlinetta fundiam-se em um só, o SR
Berlinetta, com opção por um chassi esportivo composto de molas e
amortecedores mais firmes e direção mais rápida. Surgia também uma
variação de carroceria com dois volumes e três portas, em que a terceira
carregava um vidro traseiro imenso. Um pouco mais curta (4,38 metros),
na Alemanha era chamada de CC ou Combi-Coupé, algo como cupê-perua. Se o
Manta já lembrava o Chevrolet Monza
norte-americano — não confundir com seu homônimo brasileiro —, nessa
versão ficou ainda mais parecido. Como já acontecia com o cupê de três
volumes, a Vauxhall ofereceu a mesma carroceria em seu Cavalier Sports
Hatch. O motor com injeção era aplicado a uma versão mais simples, a
Manta E.
O GT/E tornava-se mais potente em 1979: estreava o motor de 2,0 litros
com injeção, 110 cv e 16,5 m.kgf, suficiente para atingir 192 km/h e
fazer de 0 a 100 em 10,5 segundos. Essa unidade de 1.979 cm³, ainda da
veterana linha CIH, não deve ser confundida com a de 1.988 cm³ da série
OHC que, inaugurada nos anos 80, chegou a nossos dias pela GM
brasileira. Para marcar a mudança aparecia a série especial Silver, com
pintura prata, rodas de alumínio, bancos Recaro em veludo azul e teto
solar. Versões com carburador do mesmo 2,0, com 90 cv/14,5 m.kgf e 100
cv/15,3 m.kgf, aposentavam o 1,9. Moderno mesmo era o OHC de 1,3 litro
com comando no cabeçote de alumínio, 60 cv e 9,6 m.kgf, lançado no mesmo
ano no Kadett e que substituía o antiquado 1,2.
Uma reforma visual vinha em outubro de 1979 com a adoção de para-choques
plásticos, em lugar dos cromados de aço, e novos bancos dianteiros com
acabamento refeito. Mais uma série limitada chegava em agosto de 1980: a
GT/J, que descartava todos os detalhes externos cromados e recebia
defletor dianteiro de série, suspensão esportiva e um jogo de adesivos.
Podia ter o motor 2,0 ou uma versão mais alegre do 1,3 com 75 cv e 9,9
m.kgf, adequada aos tempos de petróleo caro. Outra novidade era o Manta
S, com o motor de 2,0 litros associado a um interior simples, em vinil
azul e sem muitos equipamentos.
Continua
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