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O esportivo sem pistões

O motor rotativo foi a marca registrada do Mazda RX-7,
esportivo lançado em 1978 que ainda existe no Japão

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Mesmo sem ter obtido grande sucesso, o motor rotativo de Felix Wankel (leia história) teve um efeito positivo: tornou conhecido mundialmente o esportivo RX-7, da japonesa Mazda, o automóvel que por mais tempo utilizou esse tipo de propulsor.

Sua história começa um pouco antes, em 1960, quando a alemã NSU (saiba mais) propunha um acordo com a empresa. Sete anos depois o primeiro Mazda de motor rotativo, o Cosmo 110S, chegada ao mercado. Quando o RX-7 foi lançado, em 1978, já havia um milhão de motores Wankel impulsionando os modelos da marca, entre eles os R100 Familia Coupe e SS Sedan e os RX-2, 3, 4 e 5.

A primeira geração -- leve, simples e de bom desempenho -- foi um sucesso: vendia 50 mil por ano no concorrido mercado americano

O cupê RX-7, resultado do projeto X605 iniciado em 1976, havia sanado a maioria dos problemas de durabilidade dos rotativos anteriores. Era um esportivo puro, de linhas fluidas, faróis escamoteáveis, tração traseira, câmbio de quatro ou cinco marchas (ou ainda um automático de três) e 4,28 metros de comprimento. No Japão era um 2+2, mas nos EUA foi vendido como dois-lugares devido às normas de segurança em colisões.

O motor 12A, de dois rotores, 1.146 cm3 e alimentado por carburador, desenvolvia 105 cv de potência e 14,4 m.kgf de torque, trazendo bom desempenho a um custo interessante: chegava a 195 km/h e acelerava de 0 a 100 em 9,5 s. Um de seus segredos era o compacto motor posicionado atrás do eixo dianteiro, portanto central, garantindo ótima distribuição de peso e um capô baixo e aerodinâmico.

O compacto motor Wankel era montado atrás do eixo dianteiro, permitindo um capô baixo e ótima distribuição de peso. Com apenas 1.146 cm3, desenvolvia 105 cv de potência

Três anos depois recebia uma reestilização e, em 1983, a cilindrada era ampliada para 1.308 cm3 no motor 13B, com injeção, oferecido na versão GSL-SE. A potência chegava a 135 cv e uma série especial trazia freios a disco nas quatro rodas e diferencial autobloqueante. As vendas nos EUA -- onde concorria com Nissan 280ZX, Toyota Supra e Porsche 924 -- ficaram em torno de 50 mil unidades anuais do lançamento até 1985.

A segunda geração apareceu como modelo 1986: além do desenho bem atual, o motor 1,3 passava a 145 cv de potência e 18,6 m.kgf de torque, os quatro freios a disco eram de série e a suspensão traseira com eixo rígido e paralelogramo de Watt (saiba mais) dava lugar a uma independente com braço arrastado. Continua

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