Era um carro de muito boa estabilidade, com suspensão dianteira independente e traseira de eixo rígido, ambas com molas helicoidais. Os pneus 165 SR 14 estavam em belas rodas de aço que recebiam calotas cromadas. A elegância também estava por dentro. O volante, de três raios de alumínio, tinha o aro em baquelite. Diante dele, dois grandes mostradores se destacavam – velocímetro e conta-giros. No alto do console central, mais quatro mostradores para ajudar o motorista a controlar a "máquina", da marca Jaeger ou Veglia.

Primeiro com 1,8 litro, depois com 2,0 litros, o motor de quatro cilindros e dois
carburadores garantia bom desempenho a esse quatro-portas de estilo retilíneo

Só o pedal do acelerador era suspenso; os de embreagem e freio tinham acionamento com hastes vindas do assoalho. As reclamações eram muitas, pois eram duros. Para pernas musculosas... Já os bancos tinham desenho bonito e eram confortáveis. Atrás havia um apoio de braço central removível. Como era característica da marca, o elegante se misturava ao esporte, sem distorções e com muito bom gosto, ao estilo italiano.

Em 1970 sofria mudanças pequenas que agradaram muito. Por dentro o aro do volante recebia madeira e o apoio de braço atrás passava a ser escamoteável. Na parte mecânica tinha novo comando de válvulas e os freios, a disco nas quatro rodas, passavam a ter duplo circuito hidráulico. Por fora, as luzes de direção eram fixadas na carroceria, abaixo da grade e nas laterais dos pára-lamas dianteiros. Um ano depois recebia câmbio automático de três marchas, da marca ZF, visando ao mercado dos Estados Unidos.

Também no interior, um conjunto típico da Alfa: volante com três raios de alumínio, dois grandes instrumentos e os quatro menores no console, a alavanca de câmbio alta e inclinada à esquerda

No ano seguinte era a vez de novidades no motor: a cilindrada subia para 1.962 cm³ – renomeando-o 2000 Berlina – e, graças também ao dois carburadores de duplo corpo Dell'orto DLH ou Solex C40, horizontais, a potência chegava a 132 cv a 5.500 rpm. O torque máximo passava a 19 m.kgf a 3.500 rpm e a velocidade máxima era de 190 km/h. Estava bastante rápido para os padrões da época.

Os faróis agora tinham o mesmo tamanho, sendo que os principais tinham lâmpadas de iodo. O "coração" estava maior e só um friso central cromado fazia parte da grade. As rodas perdiam as calotas, mas ganhavam um desenho bonito, mantendo a tradição Alfa. Como opção havia as de alumínio, idênticas às do esportivo Montreal.

O 1750/2000 Berlina brilhou também nas pistas, em competições de turismo, que ajudaram a reforçar a imagem de esportividade da Alfa Romeo

No interior, os mostradores principais vinham com fundo branco e os outros saíam do console central para a parte inferior central do painel. Recebia também encostos de cabeça para todos os bancos e pedais de freio e embreagem suspensos. Seus concorrentes diretos eram o BMW 2000 Tii, o Citroën DS 21 ie, o Lancia 2000 ie, o Rover 2000 TC e o Volvo 144 GL.

Foi fabricado também com volante do lado direito, pois era muito apreciado na Inglaterra e na África do Sul, para onde ia desmontado, no sistema CKD. E para os EUA, o 2000 passou a ser exportado com injeção mecânica. Ainda em 1972 surgia o sedã Alfetta, com motor de 1.800 cm³, que seria o substituto natural do 2000 Berlina. Mas este, adorado pelos puristas, foi produzido até 1976.

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