"Um novo tipo de Cadillac para um novo tipo de dono de Cadillac" era um dos motes do Cimarron. De fato, o carro quebrava tradições na marca: era seu primeiro modelo com motor de quatro cilindros desde 1914 e o único com câmbio manual desde 1953. O propulsor era um antigo 1,8-litro (também nisso as versões americanas ficavam para trás) com bloco e cabeçote de ferro fundido e comando de válvulas no bloco, alimentado por um carburador de corpo duplo. Seus índices de potência (88 cv a 5.100 rpm) e torque máximo (13,8 m.kgf a 2.800 rpm) estavam bem abaixo dos patamares a que os donos de Cadillac se habituaram — a marca precisava mesmo de novos donos, embora também pretendesse vender o Cimarron como mais um carro em casa para seus clientes habituais. |
Já em 1983, uma resposta às queixas de fraco desempenho: motor 2,0 a injeção, com mais torque, e câmbio de cinco marchas, mantendo a opção pelo automático |
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Como opção ao câmbio manual, de quatro marchas, havia o automático
Turbo HydraMatic de três, sempre com alavanca no console. Com medidas
próximas às do Monza brasileiro (4,39 metros de comprimento, 1,68 m de
largura, 2,53 m entre eixos) e pneus 195/70 R 13, o Cimarron usava
suspensões semelhantes às do modelo nacional: independente McPherson à
frente, eixo de torção atrás. A tração era dianteira, onde se usavam
freios a disco, sendo os traseiros a tambor. |
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O motor V6 de 2,8 litros, que exigiu uma frente mais comprida, deu novo fôlego ao Cimarron com seus 125 cv, mas não fez muito para erguer as tímidas vendas |
Modesto em desempenho e em identidade, graças à semelhança com um
popular Chevrolet, o carro ficou longe da expectativa de vendas. Mas a
Cadillac, ciente da insatisfação com a potência, providenciou um motor
de maior cilindrada para o modelo 1983. Agora com 2,0 litros, injeção
de combustível monoponto e câmbio de cinco marchas, mantinha a
potência de 88 cv, mas a baixas 4.000 rpm, enquanto o torque crescia
para 15,2 m.kgf a 2.400 rpm. Havia também novas rodas e grade, faróis
de neblina e defletor dianteiro. E surgia a versão Cimarron d'Oro (de
ouro), com carroceria em preto e detalhes dourados no lugar de
cromados. No ano seguinte a grade mudava outra vez. |
Em 1988, o último Cimarron: motor V6 e cinco marchas de série, frente renovada e suspensão mais firme não foram o bastante para convencer o público das marcas européias |
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Apesar dos esforços da Cadillac, as vendas permaneciam tímidas. Também não melhoravam muito com as novidades para 1986 — lanternas traseiras, suspensão mais firme como opcional, sistema de áudio sofisticado, a versão d'Oro disponível também em branco. No ano seguinte o motor V6 e a caixa manual de cinco marchas vinham de série e os faróis e grade recebiam novo estilo. Em 1988 o carro ganhava rodas de 14 pol como padrão e nova injeção eletrônica. Foi o ano em que a divisão desistiu de tentar concorrer com os luxuosos europeus nesse segmento, tirando de linha o Cimarron. Só 17 anos depois surgiria um novo Cadillac médio, o BLS. E desta vez, apesar do uso da plataforma do Opel Vectra, seu estilo mantém a forte identidade da marca iniciada com o CTS. |
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