Para o mercado local italiano existiu uma versão de 1.999 cm³, com 120 cv e 17,4 m.kgf, a fim de evitar os pesados impostos a motores de mais de 2,0 litros. Para colocar em perspectiva o quanto o fator tributário influenciava, tanto a Maserati (com seu V6 biturbo reduzido) quanto a Ferrari (com o 208 GT4 e mais tarde o 208 GTB/GTS, este derivado do 308) recorreram à mesma medida. O câmbio manual tinha cinco marchas e a tração era dianteira. O Gamma expressava modernidade nas suspensões — dianteira McPherson e traseira também independente — e nos freios a disco nas quatro rodas. Usava pneus radiais 185/70-14. |
A idéia de um
motor V6 não se concretizou, mas o de quatro cilindros opostos entregava boa potência, 140 cv, e permitia um capô mais baixo ao cupê |
Além de leve, compacto e suave, o motor de 2,5 litros foi elogiado
pelo bom desempenho (velocidade máxima de 190 km/h no sedã e 195 no
cupê, aceleração de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos) e por entregar boa
força em baixas rotações, mas teve problemas de confiabilidade:
superaquecimento, vazamentos de óleo, desgaste prematuro do comando.
Estas falhas seriam corrigidas na segunda série do Gamma, lançada em
1979. A versão de 2,5 litros ganhava a opção de injeção Bosch
L-Jetronic — sem aumento de potência, porém —, permanecendo por dois
anos a oferta do motor a carburador. |
Grade como a do Delta, rodas maiores, novo painel: mudanças da segunda série, em 1979 |
A
Lancia buscava competir com modelos de prestígio da Mercedes-Benz e
da BMW, mas na prática teve como concorrentes os carros de luxo de
marcas mais acessíveis, como os franceses Peugeot
604, Citroën CX (e
SM no caso do cupê) e
Renault 20/30; os alemães
Opel Rekord,
Audi 100 e
Ford Taunus; os ingleses
Ford Granada e Rover SD1;
e o sueco Volvo 264. |
Criatividade a partir do Gamma:
o cupê convertido em sedã Scala, o targa Spider (em cima), a perua esportiva Olgiata -- todos de Pininfarina -- e a minivan Megagamma de Giugiaro |
Houve também preparações como a da concessionária Waterloo Carriage,
de Londres, que aplicou um
turbocompressor Garrett ao motor 2,5 carburado, baixando em 20%
o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h. A Lancia chegou a montar
protótipos do Gamma com turbo e 16 válvulas no mesmo motor, que
passaria a 170 cv, mas o projeto não vingou. |
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