


No interior do SLK, desenho
moderno e espaço razoável mesmo para motoristas altos; os instrumentos
são de fácil leitura e não incluem o de temperatura, que é "virtual"; o
ar-condicionado tem duas áreas de ajuste
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 A
posição de dirigir é correta e um motorista de até 1,80 metro terá
espaço atrás de seu banco para uma pasta. O painel tem aparência simples, com dois grandes mostradores, um
relógio analógico — há quanto tempo não víamos um! — dentro do
velocímetro e o marcador de combustível no conta-giros. E o termômetro
de água? É virtual: pode ser ligado no mostrador digital do centro, onde
também aparecem velocímetro digital, informações do computador de bordo
e dos sistemas de verificação e de áudio, a escolher. A iluminação
indireta, em branco, é clara e funcional e permanece acesa todo o tempo.
O uso de lentes verdes nos mostradores evita reflexos, mesmo com capota
aberta sob sol.
Detalhes interessantes estão por toda parte: um duplo porta-copos
escamoteável no topo do painel, luzes de estacionamento separadas
esquerda/direita, recolhimento elétrico dos retrovisores (que pode ser
ajustado para ocorrer ao se trancar o carro), acionamento automático dos
faróis, um amplo sistema de áudio (no SLK avaliado era o usado no
exterior, com toca-DVDs e navegação, além de mostrador colorido e maior
que o adotado aqui), ar-condicionado automático com duas áreas de
ajuste, sineta de aviso para que motorista e passageiro usem o cinto,
dois fechos de segurança no capô, função
um-toque e antiesmagamento no
controle elétrico dos vidros, ambos os retrovisores
biconvexos e chave eletrônica — não
tem serrilha metálica, embora traga dentro uma microchave para abrir a
porta em caso de falha ou descarga da bateria.
Espaços abertos para objetos são mínimos, mas há dois fechados no
console de túnel e — bem-bolado — o porta-luvas tranca-se quando o carro
é travado por fora. Como habitual nos Mercedes, a alavanca à esquerda do
volante inclui o comando do limpador de pára-brisa (com modo automático
e braço direito pantográfico, para maior área de varredura), enquanto
uma menor acima dela traz controlador
e limitador de velocidade. Os faróis possuem lavadores de alta pressão e
lâmpadas de xenônio que atuam em ambos
os fachos (em luz alta acendem-se também as halógenas, as usadas pelo
relampejador).
Há sensores de estacionamento à frente
e atrás, com mostradores sofisticados que mostram, em uma seqüência de
LEDs, o quão próximo se está de um
obstáculo (o traseiro fica no campo visual do retrovisor interno), além
do alerta sonoro nos últimos estágios: perfeito. E dois botões no painel
acionam uma primazia do novo SLK: o AirScarf ou "cachecol de ar", um
jato de ar aquecido pelos encostos de cabeça, com três níveis de
intensidade (o ajuste de temperatura é automático), que traz algum conforto a ombros e pescoço ao rodar de teto
baixo em tempo mais frio. Avaliado na faixa de 21-22°C, foi convincente,
mas não em torno de 17-18°C, quando o contraste com o vento que vem por
cima torna-se desagradável.
Outro comando no console aciona a capota, que dá um show: em 22
segundos, sem qualquer outra operação pelo motorista, o cupê
transforma-se em carro aberto (veja o funcionamento).
Nem o levantamento dos vidros foi esquecido no processo, que pode ser
acionado também pelo controle remoto. Para evitar riscos ao sistema ou à
bagagem, o teto só abre se uma cobertura no porta-malas estiver
estendida, o que diminui sua capacidade de 300 para 208 litros — isso
com um estepe compacto, que precisa ser inflado para o uso.
Continua |