Depois de muitas especulações rebatidas pelo fabricante sobre o fim de produção de vários modelos, a Fiat confirmou o encerramento do Siena EL, última versão da primeira geração do sedã, que estava no mercado desde 1997. Somada às de Chevrolet Classic e Renault Clio (esperada para breve, pois saiu de linha na Argentina), é a terceira despedida este ano de um modelo vendido no Brasil desde o século passado.
Permanece no mercado o Grand Siena, sua segunda geração. A Fiat também mantém por enquanto o Palio Fire, a perua Weekend e a picape Strada, todos da mesma família iniciada há 20 anos. O histórico do Siena no site de imprensa da fábrica aponta produção nacional de mais de 830 mil e vendas acima de um milhão de unidades até 2013, sendo este seu melhor ano em ambos os quesitos.
Confira um histórico do Siena no mercado brasileiro.
• 1997 – Lançamento em agosto nas versões EL e HL com motores de 1,6 litro, um com oito válvulas e 82 cv, outro com 16 válvulas e 106 cv. O porta-malas para 500 litros era um destaque. A produção limitava-se à Argentina, então um forte mercado para sedãs pequenos, que ainda vendiam pouco no Brasil.
• 1998 – Série limitada MTV com acessórios esportivos e motor 1,6 16V.
• 1999 – Começava a produção em Betim, MG. Surgia a versão 6 Marchas, com esse recurso na transmissão (inédito na categoria) e motor de 1,0 litro e 61 cv. A edição 500 Anos, alusiva ao descobrimento do Brasil, era derivada desse Siena.
• 2000 – A linha de motores Fire começava com o de 1,25 litro, 16 válvulas e 80 cv, oferecido no Siena ELX.
• 2001 – Primeira reestilização, a cargo do renomado Giorgetto Giugiaro. Mudavam também painel, bancos e motores com a estreia do Fire 1,0-litro de oito válvulas (55 cv) e 16 válvulas (70 cv), além do 1,25 16V e do 1,6 16V. A série 25 Anos, com motor 1,0 16V, comemorava o aniversário da Fiat.
• 2002 – A versão Fire, com o 1,0 de 55 cv, vinha mais simples.
• 2003 – O motor Chevrolet 1,8, fruto da associação entre as marcas em âmbito mundial, assumia o lugar do 1,6 16V na versão de topo. O Fire 1,25 de oito válvulas e 67 cv também era adotado.
• 2004 – O Siena acompanhava a reestilização do Palio com linhas mais arredondadas. O motor 1,0 passava a 65 cv e surgia o 1,25 flexível com 70 cv (gasolina) ou 71 cv (álcool). O Siena Fire mantinha o desenho anterior.
• 2005 – O motor Fire 1,25 crescia para 1,4. Flexível, oferecia 80/81 cv.
• 2006 – Versão flexível com 65/66 cv para o motor de 1,0 litro. Edição limitada 30 Anos comemorava o aniversário da Fiat no Brasil.
• 2007 – Terceira reestilização deixava a frente mais atual e adotava lanternas traseiras de perfil baixo. Os faróis diferenciavam-no do Palio pela primeira vez. O motor 1,0 agora vinha com 73/75 cv, enquanto o 1,4 passava a 85/86 cv. O 1,8 permanecia. A versão Tetrafuel vinha de fábrica com instalação para gás natural, então muito usada por taxistas, para o motor 1,4.
• 2009 – O Siena EL trazia a frente do Palio, motor 1,0 e acabamento mais simples. O HLX podia ter a caixa automatizada Dualogic.
• 2011 – Versões ELX e HLX davam lugar a Attractive e Essence, na ordem. Adoção do motor E-Torq de 1,6 litro e 16 válvulas (115/117 cv) na Essence em lugar do 1,8. Vinha a edição Sporting com visual esportivo, suspensão mais firme e o motor 1,6 16V. O antigo EL ganhava opção do motor 1,4.
• 2012 – Lançamento do Grand Siena, derivado do segundo Palio, com maiores dimensões. O Siena original permanecia com os EL 1,0 e 1,4, que recebiam grade e volante novos (foto no alto).
• 2016 – Fim da produção do EL.
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação