Comandos de câmbio no volante equipam ambas as versões; a tela central serve a áudio,
vídeo, navegação e informações; acionamento da tampa traseira pode ser motorizado
Pode-se encontrar boa posição de dirigir facilmente, por meio de botões de fácil acesso, e na nova geração o volante tem regulagem também em distância. No centro do painel do GT, uma tela sensível ao toque de sete polegadas serve aos sistemas de áudio (com conexões USB, auxiliar, para Ipod e para cartão SD), vídeo (com toca-DVDs e televisão digital), telefone pela interface Bluetooth, navegação e à câmera traseira. A tela traz ainda o sistema de informações dinâmicas, que apresenta as acelerações longitudinal e lateral, bússola, inclinação frontal e altitude, simulando mostradores analógicos.
A eletrônica atua para manter o Outlander nas mãos do motorista, mesmo abusando das curvas, e corrige a trajetória com eficiência e rapidez
Quase dirige sozinho
Os dois motores, mantidos do Outlander anterior, contam com o sistema Mivec de variação do tempo de abertura das válvulas. O de 2,0 litros, duplo comando e 16 válvulas desenvolve potência de 160 cv e torque de 20,1 m.kgf, índices que passam a 240 cv e 31 m.kgf no V6 de 3,0 litros, comando único por bancada e 24 válvulas. Tanto a caixa CVT da versão de quatro cilindros quanto a automática do V6 permitem mudanças manuais com comandos no volante, caso em que a primeira delas simula seis marchas por meio de pontos de parada do mecanismo de variação.
A tração integral, exclusiva do GT, usa um diferencial central de acoplamento eletromagnético e opera em três modos selecionados por um botão no console: 4WD Eco, apenas com tração dianteira; 4WD Auto, com tração nas quatro rodas e distribuição eletrônica automática de torque conforme as condições do terreno; e 4WD Lock, que bloqueia a repartição em metade para cada eixo. Como na geração anterior, a suspensão é independente nas quatro rodas com sistema multibraço na traseira. As rodas de 18 pol usam pneus 225/55 e a direção tem assistência elétrica.
Utilitário esporte em autódromo: combinação estranha, mas o Outlander revelou
comportamento surpreendente e bom desempenho com motor V6 de 240 cv
A apresentação do novo Outlander foi no já cultuado autódromo Velo Cittá, em Mogi Guaçu, SP, de propriedade da Mitsubishi. Pena que a única versão disponível para avaliação fosse a de topo, a V6 com pacote opcional, deixando a imprensa sem contato com a opção que responderá por maior fatia das vendas. Seguindo a tendência dos automóveis de luxo, ele oferece um grande pacote eletrônico que transforma o carro em algo altamente perdoável e quase à prova de erros.
Botão de partida acionado e o motor revela índices de vibração e ruído muito baixos, típicos de um bom automóvel. Autódromos não são o palco ideal para avaliação de carros de rua, sobretudo um utilitário esporte, e por isso o teste foi complementado com viagem em rodovia um pequeno trecho fora de estrada. A vantagem de uma pista fechada é poder simular situações extremas que seriam perigosas no ambiente normal, como “calcar” o pé nos freios com toda a força a 100 km/h e sentir como o ABS reage. Apesar da violência, o carro parou de forma totalmente equilibrada.
Para um veículo de grandes dimensões, com 208 mm de vão livre do solo e peso de 1.570 kg, seria esperada uma grande rolagem da carroceria nas curvas, mas novamente a eletrônica atua para manter o Outlander nas mãos do motorista, mesmo abusando das curvas. A hora de encarar um desvio entre cones (slalom) a 120 km/h trouxe apreensão, mas seguimos o que o instrutor pediu. O resultado é que na iminência de derrapar o sistema eletrônico atuou e corrigiu a trajetória, com eficiência e rapidez.
Controlador de distância e freios automáticos trouxeram confiança no teste em rodovia;
o trecho fora de estrada indicou eficiência do ABS e do controle de tração do Mitsubishi
A sensação de segurança ficou ainda mais evidente quando saímos do autódromo e entramos na estrada. Com o controlador de velocidade e distância acionado, quando o veículo da frente freou o Outlander acompanhou-o, sozinho. Basta sair de trás do veículo mais lento para que o controle coloque o carro de novo na velocidade programada, sendo capaz de detectar o que acontece até 200 metros à frente. O motor V6 tem funcionamento muito linear e silencioso e, a 120 km/h na sexta marcha, o conta-giros revela apenas 2.000 rpm. No trecho de terra, mais uma vez, a eletrônica fez as honras: o controle de tração e o ABS atuaram de maneira ideal no piso de baixa aderência, Também foi o momento de testar a assistência em rampa.
Como era de se esperar de um carro de R$ 140 mil, o conforto do interior e o amplo uso da eletrônica fazem do Outlander um forte concorrente na categoria, que inclui Hyundai Santa Fe, Kia Sorento e Ford Edge, entre outros, enquanto à versão de 2,0 litros cabe enfrentar o populoso segmento de Chevrolet Captiva, Honda CR-V, Hyundai IX35, Land Rover Freelander, Kia Sportage, Volkswagen Tiguan e Toyota RAV4.
Ficha técnica
Motor | |
Posição | transversal |
Cilindros | 6 em V |
Comando de válvulas | nos cabeçotes |
Válvulas por cilindro | 4, variação de tempo |
Diâmetro e curso | 87,6 x 82,8 mm |
Cilindrada | 2.998 cm³ |
Taxa de compressão | 10,5:1 |
Alimentação | injeção multiponto sequencial |
Potência máxima | 240 cv a 6.250 rpm |
Torque máximo | 31,0 m.kgf a 3.750 rpm |
Transmissão | |
Tipo de câmbio e marchas | automático / 6 |
Tração | integral |
Freios | |
Dianteiros | a disco ventilado |
Traseiros | a disco |
Antitravamento (ABS) | sim |
Direção | |
Sistema | pinhão e cremalheira |
Assistência | elétrica |
Suspensão | |
Dianteira | independente, McPherson, mola helicoidal |
Traseira | independente, multibraço, mola helicoidal |
Rodas | |
Dimensões | 7 x 18 pol |
Pneus | 225/55 R 18 |
Dimensões | |
Comprimento | 4,655 m |
Largura | 1,80 m |
Altura | 1,68 m |
Entre-eixos | 2,67 m |
Capacidades e peso | |
Tanque de combustível | 60 l |
Compartimento de bagagem | ND |
Peso em ordem de marcha | 1.570 kg |
Dados do fabricante; desempenho e consumo não informados; ND = não disponível |