Passageiros de trás ganharam espaço, assim como a bagagem: 505 litros
Para conhecer a novidade fizemos uma rápida avaliação em variado cardápio de situações: área urbana, curvas de serra, estrada de terra e rodovia de alta velocidade. Primeiro saímos com a versão SDrive 20i, que deixa claras algumas mudanças importantes. O habitáculo está mais alto e mais comprido e, por isso, apesar de as dimensões externas continuarem reduzidas, o X1 cresceu muito por dentro.
No X1 25i é sensível a maior capacidade de empurrar praticamente a mesma massa com o alto torque de 35,7 m.kgf
Com o motor em funcionamento, a resposta foi o já esperado silêncio, mas ao acelerar fundo ele ganha um som agradável. A avaliação começou por uma estrada sinuosa, com curvas de raios variáveis em descida, subida, de todo tipo. Foi possível notar que o X1 tem uma resposta pronta, em especial quando usamos a transmissão na opção manual, com trocas pelos comandos do tipo borboleta que acompanham o volante.
Pode-se aproveitar bem a potência e a caixa aceita reduções mesmo em alta rotação, perto de 5.000 rpm, o que não se vê todo dia. Em manual, as trocas ascendentes esperam até cerca de 6.500 rpm. Percebe-se que as rodas dianteiras se mantêm bem direcionadas e, mesmo no limite de aderência, é possível sentir os pneus (225/50 R 18) buscando tração. O comportamento dinâmico é equilibrado como um carro bem desenvolvido… ainda que de tração dianteira.
Desempenho é bom em ambas as versões, mas o 25i entusiasma, com a vantagem de transmitir a potência a todas as rodas
No trecho de terra é que se percebe a grande diferença: a tração faz os pneus dianteiros patinarem mais nas acelerações mais fortes, fazendo intervir o controle de tração. No uso “civilizado” ele se comporta como um utilitário esporte qualquer, que recebe bem o piso ruim e até encara as pedreiras. No trecho de rodovia larga e bem pavimentada ficaram à mostra o conforto de rodagem, o baixo nível de ruídos e vibrações e os comandos fáceis de operar. Marcamos a rotação de 2.000 rpm para a velocidade de 120 km/h em oitava marcha.
Mais potência, tração integral
Em seguida foi a vez de assumir o posto do X1 XDrive 25i Sport, com motor mais potente e tração integral. Como o percurso foi invertido, começamos pelo asfalto e logo de cara é sensível a maior capacidade de empurrar praticamente a mesma massa. Com o alto torque de 35,7 m.kgf disponível desde cedo, as acelerações são claramente mais vigorosas, mantendo-se as 2.000 rpm a 120 km/h.
Interna e externamente, as versões são praticamente idênticas. O que as diferencia são um logotipo nas portas e as rodas de 19 polegadas com pneus 225/45 no mais potente. Em termos de condução, porém, a grande diferença foi percebida no trecho de terra, no qual o XDrive fez jus à vocação fora de estrada. Já não patinava as rodas dianteiras nem nas subidas, tampouco transferia a sensação de perda de tração para o volante, o que para o motorista passa uma impressão maior de segurança. Percebe-se uma maior transferência das irregularidades do solo por conta do perfil mais baixo dos pneus.
Comportamento agrada no asfalto e na terra; comandos de marchas no volante e freio de estacionamento elétrico vêm em todo X1
O mesmo se repetiu no trecho sinuoso: com a tração integral é possível atacar as curvas com mais confiança, mesmo com pneus da mesma largura, pois o carro se mantém estável ao despejar potência nas saídas. Em termos de condução esportiva, nada supera a tração integral em um carro alto e pesado.
Em suma, o X1 com nova configuração de motor e tração se aproximou mais de um veículo de uso misto e se afastou do projeto original, quase de perua com vocação para sair do asfalto. Aliás, toda a campanha publicitária será centrada nessa característica de versatilidade. A meta é brigar com o Audi Q3 e manter os bons números de vendas do modelo, que chegou a 17 mil unidades no Brasil e 740 mil em todo o mundo.
Ficha técnica
X1 20i | X1 25i | |
Motor | ||
Posição | transversal | |
Cilindros | 4 em linha | |
Comando de válvulas | duplo no cabeçote | |
Válvulas por cilindro | 4, variação de tempo | |
Diâmetro e curso | 82 x 94,6 mm | |
Cilindrada | 1.998 cm³ | |
Taxa de compressão | 10:1 | |
Alimentação | injeção direta, turbocompressor, resfriador de ar | |
Potência máxima | 192 cv de 5.000 a 6.250 rpm | 231 cv de 5.000 a 6.250 rpm |
Torque máximo | 28,5 m.kgf de 1.250 a 4.500 rpm | 35,7 m.kgf de 1.250 a 4.500 rpm |
Transmissão | ||
Tipo de caixa e marchas | automática, 8 | |
Tração | dianteira | integral |
Freios | ||
Dianteiros | a disco ventilado | |
Traseiros | a disco ventilado | |
Antitravamento (ABS) | sim | |
Direção | ||
Sistema | pinhão e cremalheira | |
Assistência | elétrica | |
Suspensão | ||
Dianteira | independente, McPherson, mola helicoidal | |
Traseira | independente, multibraço, mola helicoidal | |
Rodas | ||
Dimensões | 18 pol | 19 pol |
Pneus | 225/50 R 18 | 225/45 R 19 |
Dimensões | ||
Comprimento | 4,454 m | |
Largura | 1,821 m | |
Altura | 1,598 m | |
Entre-eixos | 2,67 m | |
Capacidades e peso | ||
Tanque de combustível | 61 l | |
Compartimento de bagagem | 505 l | |
Peso em ordem de marcha | 1.485 kg | 1.540 kg |
Desempenho | ||
Velocidade máxima | 225 km/h | 235 km/h |
Aceleração de 0 a 100 km/h | 7,7 s | 6,5 s |
Dados do fabricante; consumo não disponível |