Equilíbrio e motor TSI são pontos altos do VW Virtus

Partes da plataforma em laranja são diferentes entre o Virtus e o Polo; motor turbo de 1,0 litro e três cilindros, com até 128 cv e 20,4 m.kgf, não muda

 

Plataforma e motores repetem os do Polo

O Virtus é segundo sedã fabricado no Brasil sobre a plataforma MQB (já havia o Audi A3). A maior parte da estrutura da carroceria é formada por aços especiais, de alta e ultra-alta resistência, e o assoalho possui grande aplicação de aço conformado a quente, cerca de quatro vezes mais resistente que uma chapa de aço convencional. Isso colabora para reduzir o peso ao mesmo tempo em que melhora a segurança em colisões.

 

Na pista, constata-se que a versão Highline 200 TSI tem bom desempenho, aceleração agradável, boa estabilidade em curvas e potencial de frenagem compatível

 

Com três cilindros e 1,0 litro, o motor 200 TSI usa turbo e injeção direta para alcançar potência de 115 cv com gasolina e 128 cv com álcool e torque máximo de 20,4 m.kgf (com qualquer combustível) de 2.000 a 3.500 rpm, o que se traduz em bom desempenho: aceleração de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e velocidade máxima de 194 km/h (álcool). Já o MSI 1,6 tem quatro cilindros, variação do tempo de abertura das válvulas de admissão, bloco e cabeçote feitos de alumínio e partida a frio com preaquecimento de álcool. Embora com potência (110/117 cv) e torque (15,8/16,5 m.kgf) mais modestos que no TSI, é ele o Virtus mais rápido por causa da caixa manual: 0-100 em 9,8 s e 195 km/h de máxima (álcool).

As versões turbo têm freios a disco nas quatro rodas e todas recebem controle de tração. O carro vem de série com bolsas infláveis frontais e laterais dianteiras e sistema Isofix para fixação de cadeiras infantis. O TSI traz ainda controle eletrônico de estabilidade (opcional no MSI), assistência de partida em rampa, bloqueio eletrônico do diferencial, limpeza automática dos discos de freio e monitor da pressão dos pneus. Como no Polo e no Golf, o sistema de frenagem automática pós-colisão (opção nos TSI) freia o carro quando ele se envolve em uma batida, para reduzir a energia cinética residual e até mesmo evitar nova colisão sem o motorista no controle. Os pneus são 10 mm mais largos que os do Polo em cada configuração, exceto na de 17 pol.

 

Desempenho do motor TSI, operação da caixa automática de seis marchas e conforto de rodagem foram destaques do Virtus na avaliação em rua, rodovia e pista

 

O Virtus foi apresentado na pista da Fazenda Capuava, em Vinhedo, SP. Também foi possível dirigir por trajetos urbano e rodoviário até a cidade. Na pista, constata-se que a versão TSI tem bom desempenho, aceleração agradável, boa estabilidade em curvas e potencial de frenagem compatível com o desempenho. Os bancos seguram bem o condutor em curvas de velocidade. A visibilidade do mostrador configurável é muito boa e o espaço interior se mostrou bastante adequado — dos maiores da categoria —, assim como o ar-condicionado, submetido a forte calor no dia do teste. Os equipamentos internos são fáceis e intuitivos de usar.

 

 

Na condução por ruas e estradas, verificamos o bom trabalho da suspensão em pisos com imperfeições e na passagem por lombadas, embora pequenos impactos sejam mais transmitidos que o ideal. O motor de três cilindros não apresenta vibrações desagradáveis e tem um ronco gostoso de ouvir. Calibrada para economia, a caixa automática efetua mudanças em baixa rotação e obtém suavidade, mas pode assumir comportamento mais dinâmico no programa esportivo (S) ou mediante trocas manuais pelos comandos do volante.

O Polo Highline foi comparado pelo Best Cars a três concorrentes e saiu-se vencedor. O ótimo resultado pode se repetir com o Virtus, que acrescenta aos atributos do hatch um maior espaço interno e grande porta-malas. Resta aguardar a chegada do Cronos e do renovado City para saber, de fato, quais suas chances em um segmento que promete ficar movimentado.

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Ficha técnica

  Virtus MSI 1,6 Virtus Highline TSI 1,0
Motor
Posição transversal transversal
Cilindros 4 em linha 3 em linha
Comando de válvulas duplo no cabeçote duplo no cabeçote
Válvulas por cilindro 4, variação de tempo 4, variação de tempo
Diâmetro e curso 76,5 x 86,09 mm 74,5 x 76,4 mm
Cilindrada 1.598 cm³ 999 cm³
Taxa de compressão 11,5:1 10,5:1
Alimentação injeção multiponto sequencial injeção direta, turbocompressor, resfriador de ar
Potência máxima (gas./álc.) 110/117 cv a 5.750 rpm 116/128 cv a 5.500 rpm
Torque máximo (gas./álc.) 15,8/16,5 m.kgf a 4.000 rpm 20,4 m.kgf de 2.000 a 3.500 rpm
Transmissão
Tipo de caixa e marchas manual, 5 automática, 6
Tração dianteira dianteira
Freios
Dianteiros a disco ventilado a disco ventilado
Traseiros a tambor a disco
Antitravamento (ABS) sim sim
Direção
Sistema pinhão e cremalheira pinhão e cremalheira
Assistência elétrica elétrica
Suspensão
Dianteira independente, McPherson, mola helicoidal
Traseira eixo de torção, mola helicoidal
Rodas
Dimensões 6 x 15 pol 6 x 16 pol ou 6,5 x 17 pol
Pneus 195/65 R 15 205/55 R 16 ou 205/50 R 17
Dimensões
Comprimento 4,482 m 4,482 m
Largura 1,751 m 1,751 m
Altura 1,472 m 1,472 m
Entre-eixos 2,651 m 2,651 m
Capacidades e peso
Tanque de combustível 52 l 52 l
Compartimento de bagagem 521 l 521 l
Peso em ordem de marcha 1.134 kg 1.192 kg
Desempenho (gas./álc.)
Velocidade máxima 191/195 km/h 189/194 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 10,2/9,8 s 10,4/9,9 s
Consumo em cidade 11,9/8,2 km/l 11,2/7,8 km/l
Consumo em rodovia 13,8/9,5 km/l 14,6/10,2 km/l
Dados do fabricante; consumo conforme padrões do Inmetro

 

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