Renault Sandero CVT vai bem, mas não precisava subir

O “aventureiro” Stepway segue as mudanças visuais e agora oferece três níveis de acabamento; a versão Iconic supera R$ 73 mil, a mais cara de toda a linha

 

Ao volante do Sandero

Optamos por dirigir a versão que traz o maior número de novidades do Sandero, a Intense CVT, topo de linha antes do Stepway e do RS. E podemos afirmar que a nova transmissão caiu muito bem. A caixa X-Tronic de fabricação Jatco, a mesma usada em outros Renaults e Nissans, é suave e traz muita progressividade na tocada urbana. Em um trajeto de cerca de 50 quilômetros nas imediações de Campinas, SP, o Sandero portou-se bem em trechos de rodovia, estradas vicinais e trajetos urbanos leves.

 

 

O motor SCE de 1,6 litro e 118 cv (com álcool) revela desenvoltura. Não é preciso muito esforço para o carro avançar, apesar da sensação apagada nas retomadas e acelerações intensas. Ao pisar mais o carro progride sossegado, até que a rotação se estabilize num ponto ótimo de torque. Quando se acelera tudo ou se aplica o modo manual, com operação pela alavanca, a tradicional simulação de seis marchas permite nível maior de controle. Na toada urbana com pé leve, raramente o motor ultrapassa 2.000 rpm, trabalhando suave e com expectativa de consumo frugal.

 

Sandero RS mantém os faróis, mas muda na traseira e tem novas rodas e pinças vermelhas; com motor de 2,0 litros e 150 cv, é um dos raros esportivos nacionais

 

Mantiveram-se as boas e más coisas que já conhecemos do carro. O espaço interno é exemplar. Braços livres, cabeça espaçosa. A direção, que continua mais pesada em manobras que o desejado, transmite aos braços boa parte dos solavancos de pisos irregulares. Contudo, sentimos falta do Sandero suave e bem assentado de sempre. Essa história de elevar a suspensão de toda a linha CVT não caiu bem: perdeu-se um pouco de progressividade e de firmeza nas velocidades mais altas. Como a altura original já fazia desses carros quase “aventureiros”, se pudéssemos escolher, nossa versão CVT teria o bom acerto de suspensão de sempre.

 

O motor SCE revela desenvoltura e, na toada urbana com pé leve, raramente ultrapassa 2.000 rpm, trabalhando suave e com expectativa de consumo frugal

 

Os dois carros tiveram bons ajustes de rota, mostrando que a fabricante está antenada com o desejo do consumidor atual — mostrado pela transmissão automática e a suspensão elevada, em que pese as perdas dinâmicas da opção. Algumas coisas continuam como antes, mas o subtotal continua mostrando Sandero e Logan como opções versáteis e competitivas, com um largo leque de opções, custo-benefício interessante e, como maior dos diferenciais, um espaço invejável aliado a uma filosofia de robustez que é a cara do brasileiro.

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Ficha técnica

Motor
Posição transversal
Cilindros 4 em linha
Comando de válvulas duplo no cabeçote
Válvulas por cilindro 4, variação de tempo
Diâmetro e curso 78 x 83,6 mm
Cilindrada 1.597 cm³
Taxa de compressão 10,7:1
Alimentação injeção multiponto sequencial
Potência máxima (gas./álc.) 115/118 cv a 5.500 rpm
Torque máximo (gas./álc.) 16,0 m.kgf a 4.000 rpm
Transmissão
Tipo de caixa e marchas automática de variação contínua, simulação de 6 marchas
Tração dianteira
Freios
Dianteiros a disco ventilado
Traseiros a tambor
Antitravamento (ABS) sim
Direção
Sistema pinhão e cremalheira
Assistência eletro-hidráulica
Suspensão
Dianteira independente, McPherson
Traseira eixo de torção
Rodas
Dimensões 16 pol
Pneus 205/55 R 16
Dimensões
Comprimento 4,07 m
Largura 1,73 m
Altura 1,57 m
Entre-eixos 2,59 m
Capacidades e peso
Tanque de combustível 50 l
Compartimento de bagagem 320 l
Peso em ordem de marcha 1.140 kg
Desempenho e consumo (gas./álc.)
Velocidade máxima 174/177 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 11,0/11,0 s
Dados do fabricante para Sandero Intense CVT; consumo não disponível

 

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