Auto Livraria Best Cars
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos
No Result
View All Result
Auto Livraria Best Cars
No Result
View All Result
Home Informe-se Colunas Carro, Micro & Macro

Mas, o petróleo não ia acabar?

07/03/2017
in Carro, Micro & Macro

Carro Micro e Macro

Alguns conceitos econômicos explicam por que o “ouro negro” não terminará, apesar das crises desde os anos 70

 

O fim do petróleo tem sido uma espada pairando sobre a cabeça da civilização ocidental desde o fim da década de 1960. Geralmente, quando se trata da crise do petróleo e sua fatal extinção, parte-se do boicote ocorrido por ocasião da Guerra do Yom Kipur em 1973. Mas a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) já existia desde 1960, quando as empresas distribuidoras, como cartel, pagavam US$ 0,50 pelo barril de 159 litros.

Ao longo dos anos seguintes o preço subiu para US$ 1,30. Em 1971, quando o presidente dos Estados Unidos Richard Nixon (1969-1974) disse que o dólar não valia mais ouro, o preço subiu para US$ 3,00. Então veio a guerra, durante a qual os árabes dividiram os países entre inimigos, neutros e amigos. Os inimigos não recebiam nada, os neutros compravam a preço do mercado de ocasião (spot) e os amigos, incluindo o Brasil, recebiam a preço equivalente a 70% do mercado spot. O preço subiu sozinho até US$ 14,00.

 

A lei da oferta e da demanda não é tão simples: os economistas dizem que, quanto maior o preço, mais o produtor quer vender e menos o consumidor quer comprar

 

Foi no segundo choque, em 1979, que a OPEP inteira majorou os preços para US$ 39,00. Foi a consciência de que um dia a festa acabaria, os emires voltariam a ser meros mercadores sem espaço no mundo moderno. Mas o petróleo não acabou e o preço caiu. Hoje, considerando a inflação, o barril custa o mesmo que em 1968. Vivemos como se a crise nunca tivesse existido. São as questões ambientais que nos estão levando ao uso da eletricidade nos automóveis, não a falta de petróleo. O que aconteceu?

É preciso saber onde está o petróleo, o que é caro e incerto (foto: IGE Unicamp)
É preciso saber onde está o petróleo, o que é caro e incerto (foto: IGE Unicamp)

A lei da oferta e da demanda não é tão simples quanto se pensa. Os economistas dizem que, quanto maior o preço, mais o produtor quer vender e menos o consumidor quer comprar. Um gênio do fim do século XIX, o inglês Alfred Marshal (1842-1924), explicou que os produtos não se comportam da mesma forma perante a variação dos preços, em um efeito chamado de elasticidade, que afeta tanto a oferta quanto a demanda. Se o preço da borracha subir, por exemplo, o produtor plantará mais — mas só a produzirá dali a seis anos. Embora ele tenha reagido ao estímulo do preço, os efeitos são retardados.

Em outros casos, como o petróleo, é preciso saber onde ele está, o que é caro e incerto. Assim, dizemos que há produtos de baixa elasticidade entre preço e a oferta. Pelo lado dos consumidores, acontece algo em espelho: ninguém vai salgar mais a comida porque o sal está barato, nem vai deixar de usá-lo por ter encarecido. Com o petróleo é semelhante: os carros já estão na rua e as pessoas precisam do combustível de uma forma ou de outra. A coisa é muito mais complexa do que isso, mas por enquanto esse conceito basta. O petróleo é, portanto, inelástico dos dois lados e a OPEP, que nasceu de um confronto com outro cartel, sabia disso e aproveitou o momento.

Ocorre que o preço foi além do limite suportável — quanto maior o preço, maior a elasticidade. Por um lado, o consumo caiu e, por outro, incentivaram-se concorrentes já conhecidos como o álcool carburante.

 

 

Reservas: naturais e criadas

Aqui abro um parêntese para um relato apavorante. Meu pai, que nasceu em 1908 e já contava com 47 anos quando eu nasci, estudou engenharia de minas em Ouro Preto, MG, e civil na atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, o preço do ouro disparou e a Anglo American, dona das minas do Morro Velho e da Passagem em Mariana, resolveu reativar galerias. Meu pai e um idoso ex-escravo foram vistoriar as escoras, então de madeira podre, ameaçando ruir. Depois de alguns quilômetros por baixo da terra, a lanterna apagou.

Meu pai pediu ao outro que voltasse sozinho porque ele conhecia o caminho, conseguisse novas pilhas para então ir buscá-lo — tinha medo de esbarrar em algo. Nas trevas, as baratas saíram de seus esconderijos e subiram no meu pai, cobrindo-o todo. Ele não se arriscava a debater-se para não provocar um desmoronamento. Foram quatro horas de profundo terror até que, com o retorno do velho minerador e sua lanterna, as baratas fugissem. Essa história serve para ilustrar o conceito de reserva.

Fisicamente, para os geólogos, as reservas se dividem em medidas, estimadas e inferidas. Medidas são as palpáveis; as estimadas são as quantidades previstas a partir das condições geológicas, acrescidas à estatística a partir das amostras; e as inferidas baseiam-se basicamente nas condições geológicas. Os economistas veem as reservas como naturais e criadas. As naturais subdividem-se entre operacionais, quando viáveis ao preço atual, e ocultas, quando — apesar de conhecidas — não compensam economicamente.

 

As reservas naturais subdividem-se entre operacionais, quando viáveis ao preço atual, e ocultas, quando não compensam economicamente

 

Isso aconteceu com a exploração do petróleo em jazidas submarinas a partir do Golfo do México e do Mar do Norte, o que enriqueceu a Noruega e sustentou a renascença da Inglaterra como potência, sem contar, naturalmente, o Brasil. Em outras palavras, as reservas operacionais mais que decuplicaram no período e, como os agentes econômicos vivem das expectativas, os cartéis enfraqueceram-se e o preço caiu vertiginosamente.

Há ainda as reservas criadas. O reaproveitamento das latinhas de alumínio é uma reserva criada, porque compete diretamente com a mineração, que passa a ocorrer somente quando o preço compensar. Mas não são somente as latinhas: durante a Guerra os alemães usaram gasolina sintética produzida a partir do carvão e da água, o que equivaleu, no período, a criar reserva de hidrocarbonetos. Há também o folhelho pirobetuminoso, também conhecido por xisto, que contém hidrocarbonetos residuais que podem ser aproveitados a partir de solventes numa técnica chamada arrasto. Recentemente, surgiram o álcool de segunda geração e o diesel de cana entre outras fontes de combustível.

Assim, podemos dormir tranquilos porque o petróleo não vai acabar, apesar de não renovável numa escala humana. No entanto, os combustíveis nunca mais serão baratos, a despeito da abundância. É que justamente sua inelasticidade é aproveitada pelos governos ávidos por arrecadar. No mundo inteiro os impostos sobre eles são altíssimos e o diesel é mais caro que a gasolina, em grande parte dos países, porque se parte do princípio de que o aumento de eficiência deve ser compartilhado pela sociedade.

Some-se a isso o custo ambiental de continuar queimando seja lá o que for. Queimar não passa de uma oxidação acelerada, a ponto de liberar energia, e isso tira da atmosfera o oxigênio de que precisamos para continuar vivos. Que venha a eletricidade — mas não das termoelétricas, com as quais o custo ambiental continuará alto.

Coluna anterior

A coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars

 

Tags: Carro Micro e Macrocolunascombustivel

Related Posts

O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Brasil sem fabricantes de automóveis, doce ilusão

28/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Indústria de automóveis e aporte de capital, uma luz no fim do túnel

14/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Álcool: da fazenda aos postos, a saga continua

30/04/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Fábricas ou montadoras: afinal, o que faz a indústria de automóveis?

16/04/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Indústria de automóveis: será que Trump vai deixar saudades?

01/04/2021

Novidades da Auto Livraria

0Km: revistas com Fiat, Alfa Romeo e Ferrari dos anos 90
Auto Livraria - Alfa Romeo e FNM

0Km: revistas com Fiat, Alfa Romeo e Ferrari dos anos 90

Fiat Coupé, Alfa Romeo 145, Ferrari F50 e mais na revista dedicada ao grupo - a partir de R$ 19

30/05/2025
Parati “quadrada”: revistas com a perua de apelo jovial da VW
Auto Livraria - Volkswagen

Parati “quadrada”: revistas com a perua de apelo jovial da VW

Quatro Rodas com versões LS, GLS, Surf e outras em testes, comparativos e histórias - a partir de R$ 19

27/05/2025

Quadros decorativos

XTZ, Ténéré, XT 660, Super Ténéré: as Yamahas de trilha em quadros
Auto Livraria - motos

XTZ, Ténéré, XT 660, Super Ténéré: as Yamahas de trilha em quadros

Quadros decorativos com a linha de uso misto com opções de 125 a 1.200 cm³ - a partir de R$...

26/05/2025
Toyota Bandeirante: quadros com propagandas e matérias do 4×4
Auto Livraria - Toyota

Toyota Bandeirante: quadros com propagandas e matérias do 4×4

Quadros com publicidades e matérias de revistas das décadas de 1960 a 1990 - a partir de R$ 59

22/05/2025

Destaques em revistas

Quatro Rodas 1990 a 1994: Omega, XR3, Uno Turbo, os importados
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas 1990 a 1994: Omega, XR3, Uno Turbo, os importados

Revistas com o período da abertura das importações e nacionais de uma grande época - a partir de R$ 15

22/05/2025
Oficina Mecânica: técnica, preparação e testes – 1995 a 2001
Revista Oficina Mecânica

Oficina Mecânica: técnica, preparação e testes – 1995 a 2001

Edições com testes de nacionais e importados, dicas de mecânica e "veneno" - a partir de R$ 19

20/05/2025
  • Canal no Whatsapp
  • Instagram
  • Política de privacidade
No Result
View All Result
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos

Consentimento de cookies

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Clique em Aceitar para concordar com as condições ou Negar para não aceitar.

Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
Compre pelo Whatsapp