Sem mudanças estruturais, francesa criou intervenções para caracterizar o automóvel como atrativo sobre o modelo conhecido
O 408 traz a nova identificação familiar da marca, com o capô indo até a grade frontal, com barras horizontais cromadas, acolhendo a imagem do leão, secular caracterizadora da marca. Mantendo o uso do grupo óptico como elemento de decoração, no caso tornando-os mais afilados e com moldura cromada, criando uma extensão da grade frontal. Luzes diurnas em leds como assinatura luminosa. Para-choques reformulados na dianteira e traseira.
Na outra vertente de implementar o conteúdo, veículo tem ar-condicionado de duas zonas, central multimídia com espelhamento de celular e link My Peugeot, seis bolsas infláveis, controle de estabilidade. Câmera de ré, equipamento já mandatório em produto deste padrão e nível de mercado, está na versão Griffe, topo de linha. Mecânica conhecida, motor 2,0-litros de 143/151 cv na versão Allure e, na versão Griffe, 1,6-litro com turbocompressor, injeção direta e 166/173 cv, ambos com transmissão automática de seis marchas. Allure por R$ 76 mil, Griffe a R$ 87 mil.
Volkswagen se reinventa
Enfrentando problemas causados por emissões superiores ao limite legal, cobranças, multas, ações diversas, Volkswagen tenta se entender interna e externamente. Iniciou processo de catarse, com afastamento e dispensa de diretores e funcionários com algum vínculo ao problema, busca dos caminhos e agentes internos.
Conseguiu desenvolver solução para corrigir as emissões dos motores, submetendo-a a autoridades norte-americanas e alemães, contendo o custo a 10 euros para cada uma das 11 milhões de unidades. No âmbito Interno, entendimento e ações comuns de áreas e departamentos buscando colaboração em busca de resultados para superar os problemas e recuperar imagem e confiança. No Brasil, providências iguais e ações para se reaproximar dos consumidores. Primeira delas, mudança do pouco inteligível slogan Das Auto — o carro. Terá frase nacional, de comunicação mais fácil e menos imperial.
Roda a Roda
Foco – Renascer da marca mantém imagem de sedã com desempenho. O trevo de quatro folhas, o Quadrifoglio, integra tradição — usa-o desde 1923, quando Ugo Savacci, piloto Alfa, pintou-o em seu carro e venceu a Targa Florio.
Coragem – Daimler AG, nome da secular marca abrigando a Mercedes-Benz, proposta corajosa nos EUA: produzir nova linha de transmissões automáticas para caminhões pesados e um novo motor diesel.
Tradição – Quer mudar o mercado, onde preferência de motoristas de caminhões pesados é por câmbios secos, caixas de marcha sem sincronização. E, na compra, especificam caminhões, câmbio, diferencial, motor, para a marca configurar o produto. Lá, diesel Cummins lidera.
Pacote – Ideia é produzir tudo em casa, incluindo motor e transmissão, nas beiradas de Detroit, na Detroit Diesel — talvez a empresa que mais mudou de donos, sempre lembrada pelos motores de alta rotação e ruído peculiar, descontinuados pela Penske, dona anterior —, e agregar tudo nos caminhões Freighliner, Daimler.
Enfim – Carros elétricos são, no usual, trapizongas em estilo. Detroit Electric Holding, holandesa na Inglaterra, é exceção. Faz roadster com linhas esportivas, 1.080 kg, 285 cv, 249 km/h como final. Ganho tecnológico, densidade energética, 140 W/kg, autonomia de 290 km e recarga em 4 horas. Vendas, só Europa e Ásia.
Argumento – Tradição vende automóveis, e Fiat acordou com japonesa Mazda dividir produção de pequeno conversível MX-5, rebatizando-o 124 Spider. Motor Fiat 1,4 Multiair, 140 cv na Europa, 160 cv nos EUA.
Macri – Eleição de Maurício Macri à presidência da Argentina traz alento para a indústria nacional. Macri é do ramo, e a família teve fábrica de automóveis. Desdobramentos do convívio, é contra o modelo bolivariano, metástase a partir da Venezuela; pedirá sua exclusão do Mercosul por não cumprir cláusula de transparência.
Aqui – Internamente sua eleição mostrou a inutilidade da assessoria internacional interna da Presidência da República, apostando e apoiando o derrotado kirshneirismo. A promessa de articulação com a União Europeia e blocos econômicos pode colocar o Brasil a reboque da Argentina.
Versão – Renault fez versão decorada do seu Duster para reagir ao ataque de Honda HR-V e Jeep Renegade. Usou a imagem de desafio e resistência do Rally Dakar: adesivos, rodas pretas de 16 pol. Interior mantém sistema Media Nav Evolution com acesso a mídias sociais. R$ 71.480 versão 1,6 a R$ 83.980 para 2,0 4×4.
Mico – Anúncio do sítio Mercadolibre.com.ar coloca à venda Duster apresentado pela Renault, como preparado pelo mago Oreste Berta, para disputar o Rally Dakar. Entretanto, proprietário esclarece, documentação e mecânica é de picape VW Amarok com casca de Duster. Que mico.
Jogo duro – Maior picape no mercado, a mexicana Ram 2500 chega ao país revista e melhorada, muito implementada em serviço, em especial pelo aumento de potencia a 330 cv, torque de 104 m.kgf no motor Cummins, diesel, seis cilindros, 6,7 litros, transmitidos por câmbio automático de seis marchas, capacidade de reboque de 7.750 kg.
Faz – Tração 4×4, macho man como nunca, rodas 18 pol, opção atualmente inédita de pintura em duas cores, aprimoramentos e equipamentos. Custa, sem concorrente, R$ 250 mil. Exige Carteira de Habilitação C.
Promoção – Black Friday, sexta-feira de preços promocionais, engatinhando no Brasil, foi aproveitada pela Volkswagen na semana inteira, vendendo Gol a preço de nota fiscal de fábrica e financiamento a taxa Zero. Mantém sua campanha enfatizando construção e valor de revenda.
Prática – Resultados práticos da gestão de Philipp Schimer e da corajosa contratação de Roberto Leoncini à Scania são novas versões de produtos, desenvolvidas no Brasil após ouvir revendedores e usuários.
Jogo duro 2 – Semipesados 3030 e 3026 têm novos chassis reforçados, configuração 8×2; 2730 6×4 para construção civil e operações fora de estrada; e 1729 coletor de lixo com opção de transmissão automática. Uso de quatro eixos de fábrica, aplicou mecanismo capaz de elevar dois quando com carga menor.
Conforto – Bosch testa sistema de embreagem com acionamento eletrônico. É o E-Clutch. Dispensa uso do pedal de embreagem e a mudança de marchas é feita pela alavanca. Tem roda-livre, como nos DKW-Vemags — quando o acelerador é solto, o motor cai em marcha-lenta. Preço definirá sucesso como substituto de câmbio automático ou automatizado.
Tecnologia – Shell amplia linha de produtos à base de óleo básico gerado por natural: Helix Ultra SN 5W20, SN 5W30 e ECT C2/C3 0W30, estes para motores diesel. Diz, característica antifricção reduz consumo em até 2,6%.
Varejo – Pósitron, marca de alarmes para automóveis, será vendido em gôndolas de lojas e supermercados. Ideia é aproximar cliente do equipamento, acompanhado de um cartão, e com este fazer contato com a empresa e ter indicado o instalador mais próximo. Valores de cobertura a partir de R$ 59,90.
Cultura – Única editora brasileira com consistente agenda de lançamentos sobre automóveis, a Alaúde tem novo livro na praça: AC Cobra – A verdadeira história por trás da lenda. Rinsey Mills conta a história da união intercontinental, a fórmula de colocar motores de grande cilindrada em carros leves, como ocorreu com a proposta do texano Carroll Shelby à britânica AC.
História – Referência esportiva e, cinquenta anos após, um dos produtos mais difundidos e replicados mundialmente. Livro traz muitos dados históricos e lista os chassis de quase todas as 1.000 unidades produzidas. 160 páginas, R$ 80.
Questão – Vídeo na Internet, com filmagens e fotos, levanta dúvida se a morte de Ayrton Senna, Ímola, 1994, ocorreu após a batida no guard-rail ou antes. Ou, se o acidente o matou, ou se estava morto e daí o acidente.
Gente – Juliana Lopes Nunes, engenheira, promoção. Coordenadora geral da CGIT, Coordenação Geral de Infraestrutura do Trânsito, Denatran. Merecido. É do ramo e do órgão. / Gelson Zardo, administrador, MBA pela FGV, promoção. Diretor Geral da Volare, divisão de ônibus da Marcopolo, incluindo gestão sobre a fábrica em São Mateus, ES.
A vida da Árvore da Vida
Finalidade básica, melhorar as condições de vida e redução da pobreza da comunidade, revitalizando espaços, fomentando o desenvolvimento comunitário, gerando trabalho, provocando o empreendedorismo, a educação. Não se resume a repassar recursos, mas de induzir, instigar, promover, apoiar. A soma de ações e gentes melhora o entorno e a vida da comunidade, fundada em três pontos: fortalecimento da comunidade, mobilizando lideranças para atuar como protagonistas; ações socioeducativas, experiências de arte e cultura, canto, percussão, oficinas esportivas, capacitando educadores da rede pública; e geração de trabalho e renda, como a Cooperárvore, cooperativa formada por mulheres da comunidade para aproveitar materiais reaproveitados da produção de automóveis Fiat ou doados por terceiros. A Cooperativa promove renda para o sustento da família, sem se afastar do acompanhamento dos filhos.
Até 2014 o projeto havia beneficiado 20 mil pessoas. Marco Antonio Lage, diretor da FCA, responsável pela implantação e coordenação do projeto, escreveu livro a respeito, O Mundo Pode Ser Melhor. Conta casos e mostra que pode ser aplicado em várias escalas. Coisa boa, a Renault pediu treinamento e replica em Curitiba, PR.
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A coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars