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Home Informe-se Colunas Motite

Vai um café? O que está por trás das café racers

12/04/2016
in Motite

Motite

Nascida há meio século entre os ingleses, a tendência voltou entre os que buscam uma moto diferente das que rodam por aí

 

A ideia surgiu na Inglaterra nos anos 60. Os ingleses tiravam rachas de motos entre um bar e outro, a pretexto de tomar café, mas como conhecemos bem os ingleses duvido que fosse só uma simples infusão da cafeína arábica. Tinha mais combustível naquelas xícaras do que no tanque das motos!

Para conseguir competir, os motociclistas preparavam as motos, especialmente as das marcas britânicas Norton, BSA e Triumph, com o que tinham à disposição: guidão baixo e só. Além disso, retiravam tudo que fosse desnecessário e representasse massa extra, como para-lamas, suporte de placa, espelhos retrovisores — e ainda trocavam o banco espaçoso e pesado por uma espuma pouco maior que um mouse pad. Pronto, nascia o conceito café racer (ou café racing, como preferir, ou simplesmente CR), que fez sucesso naquela década e agora voltou com tudo.

 

Percebe-se claramente uma volta ao que era bom do passado, tanto na moda como na indústria e no estilo de carros e motos

 

Para muitos, o motivo do retorno é que as motos atuais perderam o charme. O que temos hoje circulando pelas ruas são veículos tão cheios de plástico, sem personalidade, que parecem Transformers de duas rodas. Vimos a época das linhas arredondadas, depois a fase das linhas retas, mais tarde nenhum cromado, então colocaram apliques cromados… mas no fundo todas têm a mesma cara.

Uma Honda CB 500F dos anos 70, customizada como café racer
Uma Honda CB 500F dos anos 70, customizada como café racer

Só que as pessoas são diferentes e precisam ser diferentes — senão, o mundo seria uma chatice sem fronteiras. Há cerca de 10 anos, alguns motociclistas inconformados com a mesmice que assolava os departamentos de projetos começaram a resgatar modas do passado. É a tal onda vintage.

Parece que o excesso de brinquedos eletrônicos e plástico injetado pode ter agradado à geração Playstation, mas não pegou todo mundo. Percebe-se claramente uma volta ao que era bom do passado, tanto na moda como na indústria e, certamente, também no estilo de carros e motos. Veja o relançamento do Fiat 500, do Mini, do Fusca. Nas motos, a Triumph tratou de fazer renascer a Bonneville com o mesmo desenho — e até cores — da versão antiga e a Ducati foi na onda com a Scrambler, também inspirada no modelo dos anos 60. Sem falar na Harley-Davidson, que tem cara de vintage desde que nasceu.

Além disso, algumas pessoas queriam comprar uma moto, mas sem ficar com “cara de motoqueiro”. Não é preciso ser especialista para perceber que a imagem da moto e dos motociclistas está seriamente arranhada: moto virou sinônimo de problema para os engenheiros de tráfego e para a secretaria de Segurança. Motociclistas se acidentam, bandidos usam motos para cometer crimes — e pronto, está feita a desgraça. Por isso muitos motociclistas estão buscando forma de se diferenciar dessa categoria de “cachorros loucos”.

 

Faça você mesmo

As fábricas apenas vieram atrás da tendência. Cada vez mais pessoas não se contentavam com a mesmice dos produtos e foram buscar inspiração para se destacar na multidão. Começaram a surgir as café racer caseiras, acompanhadas de outros estilos como bratt, bobber e mais meia dúzia de tendências, que ficam para comentarmos em outra coluna.

O guidão baixo, estilo Tomaselli, é item obrigatório nas motos desse estilo
O guidão baixo, estilo Tomaselli, é item obrigatório nas motos desse estilo

Na falta de uma moto estilo café racer pronta de fábrica — apenas a Triumph oferece a Thruxton —, alguns mecânicos com ou sem experiência estão fazendo suas próprias CR. Algumas vezes partem de motos novas, outras de motos com até 30 anos de uso. Segundo esses aficionados, nem sempre a moto de origem está em bom estado, mas não importa: pelo contrário, quanto pior estiver, melhor. O plano é “levantar” uma moto que estava encostada e transformá-la em uma nova café racer.

A receita é exatamente a mesma dos originais ingleses: aliviar tudo o que for desnecessário e deixar tão rústica quanto possível. Um dos itens que toda CR deve ter são semiguidões baixos, tipo Tomaselli (surgida em 1930, foi uma das primeiras marcas de acessórios para motos esportivas e seu nome virou sinônimo de guidão fixado à suspensão), embora também seja permitido o guidão “morceguinho”, que dá praticamente o mesmo efeito, mas é fixado na mesa superior.

Uma CR legítima também precisa ter um banco monoposto com rabeta. Nada de garupa! De preferência essa rabeta deve ser revestida com o mesmo couro do banco. A fórmula original não aceita para-lama dianteiro, mas por obrigatoriedade da legislação, que seja de lata ou alumínio, jamais de plástico. Para-lama traseiro, nem pensar: só o suficiente para instalar o suporte da placa de licença e mais nada. Alguns também retiram as laterais e no lugar colocam aquelas placas com numeração das motos de corrida (number plates).

 

 

Segurança em questão

Só que não para por aí. Como a ideia é deixar a moto mais parecida possível com as inglesas dos anos 60, alguns trocam os pneus atuais por outros de desenho mais antigo. E aí começam os problemas… Como moto é um veículo que depende de apenas dois pontos de apoio, o equilíbrio e a estabilidade são diretamente ligados a esses dois pontos. Se um deles falhar, babau.

Por isso não me agrada ver que alguns transformadores usam pneus traseiros na roda dianteira, para deixar com aspecto mais parecido ao das originais inglesas. Pneu traseiro é desenhado sem a mesma capacidade de drenagem de água, pois em geral percorre o caminho já aberto pelo dianteiro. Há os que vão mais longe: tiram o freio a disco dianteiro e substituem por um freio a tambor retirado de alguma moto antiga.

 

Não há como transportar uma moto de 40 anos para os dias de hoje e querer pilotá-la como se fosse uma esportiva atual

 

Claro que a ideia da café racer atual não é tirar racha — nem daria —, mas sim desfilar. Embora hoje em dia uma moto simples de 250 ou 300 cm³ tenha pneus e freios muito melhores que as motos 500 inglesas dos anos 60, não é por isso que faça sentido “piorar” uma moto para ela ficar mais parecida com as originais.

Uma Triumph Thruxton: freios a tambor, suspensões e pneus de outros tempos
Uma Triumph Thruxton: freios a tambor, suspensões e pneus de outros tempos

Recentemente, em um dia de treinos no autódromo de Interlagos, vi um piloto com uma Honda CB 500 Four dos anos 70 transformada em CR andando na pista junto com foguetes que passam de 290 km/h. Justamente quando estava atrás dele, vi-o seguindo reto na curva da Junção, quase destruindo a moto de coleção. Não chegou a cair, mas encheu a moto de grama e brita. Quando paramos nos boxes fui conversar com o piloto, que confessou: “Deitei na curva como se estivesse com uma moto atual, mas raspou até a carcaça do motor e segui reto!”.

É óbvio que isso acontece porque motos dos anos 70 eram pilotadas por pilotos dos anos 70. Não há como transportar uma moto de 40 anos para os dias de hoje e querer pilotá-la como se fosse uma esportiva atual. Lembre que os pilotos dos 70 não usavam raspadores de joelho em seus macacões de couro… Essa é uma importante questão que a geração de customizadores e clientes precisa lembrar: se vai mexer em itens como pneus e freios em uma moto mais moderna para ficar com cara de antiga, lembre-se de usá-la como se fosse uma moto antiga!

Quando se fala em customização de moto, existe de tudo: desde mecânicos bissextos que compram uma moto em ferro-velho para devolvê-la à vida, até verdadeiros artistas que compram modelos atuais para deixar com visual clássico. Entre esses artistas, já temos no Brasil alguns com padrão internacional. Hoje pode-se fazer em São Paulo um tanque de gasolina, para-lamas, rabeta e até carenagem de alumínio laminado. Outros preferem manter a moto original e apenas incluir os itens ao estilo café racer, preservando as formas da época.

Só mais um ponto que merece atenção: o escapamento. Nos anos 60 a preocupação com saúde e meio ambiente era bem diferente de hoje — e a legislação também. Por isso, acho um tanto fora de moda e até condenável o uso de escapamento direto, sem silenciador. Sim, o estilo CR pede um ronco mais “nervoso”, mas é perfeitamente possível “engrossar” a voz de uma moto sem ficar fora da lei, mantendo um silenciador.

Afinal, não faz o menor sentido gastar uma grana para resgatar o passado, criar uma obra de arte em forma de moto e se diferenciar dos “cachorros loucos” na aparência, mas na atitude agir da mesma forma que os piores deles. A sociedade evoluiu muito nesse meio século e não há mais espaço para veículos barulhentos. Curta seu café em silêncio!

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Geraldo Tite Simões é jornalista e instrutor de pilotagem dos cursos Abtrans e Speed Master

A coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars

 

Tags: colunasMotitemotos

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