SUVs da Porsche e da BMW, Audi popular, Kia esportivo e até uma Zafira da Subaru causaram surpresa ao estrear
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação
Quem esperava um Volkswagen luxuoso de 12 cilindros? E um Mercedes-Benz popular com motor traseiro? Ou mesmo um superjipe da Lamborghini? São carros que causaram surpresa, mas vieram preencher segmentos ainda não explorados pelas fábricas. Às vezes eles são bem recebidos; em outras, são rejeitados por não combinarem com a imagem da marca. Vamos conhecer outros casos. Se preferir, assista ao vídeo com o mesmo conteúdo e mais imagens.
Alfa Romeo Dauphine
A Alfa Romeo sempre foi conhecida por modelos velozes e esportivos, mas também fez um carro lento e inadequado para curvas rápidas: a versão italiana do Dauphine, pequeno sedã da Renault que a Willys fez no Brasil. A parceria durou de 1959 a 1966 (na foto a versão Ondine).
Audi 50
Nos anos 70 a Audi não tinha a imagem luxuosa de hoje. Mesmo assim, foi surpresa lançar em 1974 o pequeno 50, com motor de 1,1 litro. Não parecia mais um Volkswagen? Com certeza: em dois meses ele se tornava o primeiro Polo. O 50 acabou em 1978, mas a série Polo segue firme depois de 45 anos.
BMW X5
A Mercedes-Benz aderir aos utilitários esporte com o Classe M, em 1997, não causou tanta surpresa: já existia o jipão de luxo Classe G. Já a BMW não havia feito nada parecido até o X5, em 1999. Os puristas reclamaram, mas perceberam que ele estendia as tradições da marca a um novo segmento. Desde então a série rendeu X1, X2, X3, X4, X6, X7…
Cadillac Catera
A Cadillac, divisão de luxo da GM, buscava um sedã nos anos 90 para competir com europeus como BMW e Mercedes. Encontrou a solução no Opel Omega alemão, que foi revisto para se tornar o Catera em 1997. Pelo menos parecia a solução… O carro era pesado, não andava bem e falhou em conquistar clientes das alemãs.
Fiat Freemont
A compra da Chrysler pela Fiat rendeu um fruto inesperado em 2011: o Freemont, SUV para até sete pessoas. Essa versão do Dodge Journey nada tinha da marca italiana, a não ser os emblemas, mas atendeu a um segmento que a Fiat brasileira não explorava e teve alguma aceitação. Curiosamente, o convívio entre Dodge e Fiat que houve no Brasil não se repetiu na Europa, onde o Journey havia saído do mercado em 2010.
Kia Elan
Nos anos 90, a Kia estava associada a carros populares e utilitários. Quando a Lotus inglesa deixou de fazer o roadster Elan, em 1995, os sul-coreanos compraram os direitos e recomeçaram a produção. O Kia Elan durou até 1999.
Porsche Cayenne
Poucos carros irritaram tanto os fiéis à marca quanto o Cayenne. O SUV era tudo que um Porsche nunca foi: grande, alto, com cinco portas, versão a diesel e 2.300 kg. Para piorar, a geração inicial de 2003 tinha um estilo bem estranho. Por outro lado, respeitava suas tradições de desempenho e atendia aos clientes que, sem ele, comprariam SUVs de outras marcas. Seu sucesso deu origem a um irmão menor, o Macan.
Subaru Traviq
O que esse emblema da Subaru está fazendo em uma Zafira? Os japoneses ganharam a minivan da Opel (que no Brasil foi Chevrolet) em 1999 por uma parceria com a GM. A Traviq era feita na Tailândia e não seguia as tradições Subaru, como motor boxer e tração integral. Só durou três anos e vendeu pouco.
Volkswagen Routan
Apesar da tradição da Kombi e suas sucessoras, a Volkswagen recorreu à Chrysler para ter uma minivan ao gosto dos norte-americanos. Nascia em 2008 a Routan, derivada da Dodge Grand Caravan e feita no Canadá. Por que alguém a compraria em vez da Dodge original? Poucos se interessaram e essa estranha Volkswagen logo saiu de linha.
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