De minicarros a modelos de luxo, conheça mais projetos de automóveis que a indústria não colocou nas ruas
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação e CARWP
Em quatro matérias anteriores, conhecemos projetos da indústria nacional que não chegaram à produção, assim como carros que tiveram os planos de importação cancelados (veja as partes 1, 2, 3 e 4). Mas o assunto é extenso e por isso chegamos à quinta parte da série, com modelos como os Mínis da GM e da Puma, o Saci da Willys e um sucessor para o Ford Del Rey. Se preferir, assista ao vídeo com o mesmo conteúdo e mais imagens.
Chevrolet míni
“Mini GM fará 15 km/l”, anunciava uma revista nacional em 1974. O projeto vinha da Opel alemã, que também fazia o Chevette. Ele previa um carro do tamanho do Fiat Uno de hoje, com três portas, motor transversal de até 1,0 litro e tração dianteira, que chegaria ao Brasil em 1976. Assim como o Ford Míni-Corcel, o projeto não vingou — nem na Europa.
Chevrolet minivan
Você já viu aqui o projeto 1750 da GM, um sedã que foi cancelado e deu lugar ao Omega. Os planos do fim dos anos 80 também previam uma minivan no Brasil com a mesma plataforma, linhas arredondadas e tração dianteira. Assim como o sedã, seria exportada para os Estados Unidos, só que a GM local perdeu a concorrência para fazer os dois. Lá foram lançadas a Lumina APV (foto) e suas versões Pontiac e Oldsmobile.
Dodge Dakota
A Dodge fez a picape Dakota no Paraná de 1998 a 2001. Com a união entre Fiat e Chrysler, em 2009, voltou-se a falar na venda da Dakota por aqui, na nova geração norte-americana. A picape de motor V8 foi até fotografada em testes pela Fiat. Não deu em nada.
Fiat Tipo
O nome Tipo voltou à linha Fiat em 2015 em um sedã europeu, seguido por perua e hatch. A construção simples o fazia boa opção para o Brasil, como sucessor do Bravo e do Linea. Vários previram sua chegada e carros com disfarces foram flagrados. Ele não veio e, como consolação, recebemos Argo e Cronos.
Ford Omega II
Não estranhe o nome de carro da Chevrolet: Omega era o projeto do primeiro Ford Del Rey e, assim, essa proposta só poderia ser o Omega II. O estudo de 1985 foi inspirado pelos europeus Sierra e Scorpio, mas previa o motor nacional de 2,3 litros, do antigo Maverick, em posição transversal. Foram feitos testes de aerodinâmica com sedã de dois formatos de frente, perua e picape, estas para suceder a Belina e a Pampa. Iniciada a associação com a Volkswagen na Autolatina (1987) e cancelado o projeto, a Ford partiu para o Versailles, um Santana com poucas alterações, que seria lançado em 1991. Mas muito do estilo do Omega II foi aproveitado em 1989 no primeiro Verona, o sedã do Escort.
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