Molduras de para-lamas em preto, suspensão mais alta e pneus maiores eram
elementos do Uno Way, disponível com o motor Fire Evo em suas duas cilindradas
“Jovial e gostoso de dirigir”
De acordo com a pesquisa realizada no Teste do Leitor, o Uno satisfaz a maioria de seus proprietários pela condução confortável e pelo estilo, que parece ter atingido em cheio seu principal público-alvo.
“Carro atual, estiloso, tem um ‘ar’ jovial. Motor moderno, com bons níveis de ruído e bem elástico. Já viajei com quatro adultos no carro e me surpreendi com a disposição do motor! Subi a Serra do Mar entre 90 e 100 km/h apenas mantendo o giro do motor, utilizando bem o câmbio. Confortável para motorista e passageiros. Sua suspensão é firme, nem dura e nem mole, elevada em relação aos concorrentes. Muito gostoso de dirigir, tanto na estrada quanto no caótico trânsito urbano. Bancos do passageiro e do motorista bem macios”, destaca Diogo Santiago Bomtorim, de Curitiba, PR, dono de um Uno Way 1,0 2012.
Quem também elogia é Guilherme Dias, de Londrina, PR: “Apesar de não ser um esportivo como o estilo mostra, a ideia casou bem com o carro. Estou muito satisfeito com o custo-benefício do Uno. As modificações na suspensão e no câmbio o deixaram mais ágil que um Uno comum. O dono só tem que lembrar que não é um Punto T-Jet e ser feliz. Até porque custa a metade, não?”. Ele tem um Sporting 1,4 2012.
Mesmo que o motor 1,4-litro com 88 cv não fosse esportivo, o visual com anexos
aerodinâmicos e rodas de 15 pol deixava o Uno Sporting ao gosto do público jovem
“Carro com visual supermoderno de linha única e diferente do que vemos nos concorrentes. Ótimo espaço interno para o porte do carro. Condução muito gostosa, excelente visibilidade, boa estabilidade, ágil no trânsito urbano, bom câmbio, direção precisa e freios eficientes. Para um modelo 1.0 a Fiat acertou em tudo, pois vamos querer mais o que de um carro popular?”, destaca Fábio Godinho Soares, que roda pelo Rio de Janeiro, RJ, a bordo de um Uno Vivace 1,0 2011.
“Ele é muito mal-construído: ruídos por todo lado e apertaram as portas, criando uma reentrância na moldura com um desnível absurdo”
Entre os aspectos negativos, merecem destaque o espaço interno e a visibilidade — curioso é que são itens sempre elogiados na primeira geração, o Mille. No mais, problemas com a qualidade dos materiais de acabamento interno e relações de marchas muito curtas nas versões 1,0-litro são outros pontos de reclamação dos proprietários.
“Acho que a quinta marcha poderia ser mais longa para permitir rodarmos a 120 km/h numa rotação mais baixa e com menor ruído. Espaço para os passageiros traseiros deveria ser maior. No retrovisor esquerdo, falta curso para regular conforme minha posição. A qualidade dos botões do ar-condicionado é duvidosa e a visibilidade fica comprometida por conta da grande largura da coluna frontal”, queixa-se Leandro Federsoni, de São Bernardo do Campo, SP, dono de um Uno Way 1,0 2011.
A cor laranja foi empregada em detalhes internos do Sporting e, como opção, ele podia
usá-la ainda mais; a suspensão vinha mais firme e baixa que nas demais versões
Alessandra Goulart Macan Gazzoni, de Araranguá, SC, é enfática: “O principal aspecto negativo é a economia de custo de produção em um veículo de entrada. Ao optar pela versão Attractive completa (pelo ótimo desconto oferecido), percebi detalhes injustificáveis, como as vedações simples das borrachas das portas (deixam poeira sobre a lataria das soleiras e pinga quando abre a porta se molhada) em vez de duplas como do antigo Palio ELX, falta de computador de bordo, encostos de braço das portas não ergonômicos, recirculador de ar que faz um leve zunido acima de 80 km/h. Faltou também a luz no porta-malas”. Ela possui um Uno Attractive 1,4 2011.
Outros aspectos negativos são destacados por Júlio César Chaves Câmara, de Salvador, BA, dono de um Uno Way 1,0 2011: “Apesar do projeto do carro ser bom, ele é muito mal-construído. Ruídos por todo lado, chapa do cárter que folga toda hora, tecido do banco desfiando. Para resolver um problema de infiltração nas portas, fizeram algo típico de oficina de esquina: apertaram as portas de todos os modelos produzidos, criando uma reentrância na moldura com um desnível absurdo. E o pior é que não resolveu o problema, agora estão colocando enchimento nas borrachas. O consumo não condiz com a potência do motor, é alto: mataram o que o antigo Uno tinha de melhor”.
Alguns problemas relatados merecem destaque, como os ocorridos no Uno Vivace 1,0 2011 de Patrícia Nogueira Santos, de Campinas, SP: “Ruídos internos: tubulações das saídas de ar rangendo muito, chave de seta com folga e vibrando muito, estalos no banco traseiro e portas traseiras batendo em piso irregular. Ficou uma péssima impressão quanto ao processo de montagem do veículo. O motor bate pino quando usa gasolina. Excessivo reflexo no quadro de instrumentos pelo acabamento da coluna de direção. Será que dono de carro popular é pouco exigente e não repara em nada? Pelo que dá de retorno, o carro é caro, pois é pouco equipado de série, sendo tudo opcional”.
Alterações em pneus, câmbio e injeção, além de um econômetro no painel (à direita),
buscavam reduzir o consumo do Uno Economy, mas a Fiat não informou seus números
Ainda foram relatados defeitos na caixa de direção hidráulica, barulhos nas pastilhas de freio, quebra do comando de direcionamento do ar, quebra do porta-objetos da porta, alarme de fábrica ineficiente, ruídos na suspensão, infiltração de água pelas portas dianteiras e quebra do acionamento interno do bocal do tanque.
O índice de satisfação dos donos com o Uno está bem situado em sua categoria. Com 62,5% de proprietários muito satisfeitos no Teste do Leitor, ele supera o Peugeot 207 (59,1%, incluindo hatch, SW e Passion), o Chevrolet Prisma (58,7%), o VW Gol com motor de 1,0 litro (54,5%), o Ford Ka (51,9% na atual geração) e o VW Fox 1,0-litro (33,3%), embora fique abaixo do Renault Sandero (72,1%). Esses são os modelos do segmento de pequenos que o Guia de Compra analisou em sua nova fase, desde o ano passado.
Já a rede de concessionárias da Fiat, com 34,4% de donos de Uno muito satisfeitos, fica em melhor condição que a da VW (25,6% na pesquisa do Gol e 21,6% na do Fox), mas abaixo das redes Renault (51,2%), Peugeot (45,5%), Ford (38,4%) e Chevrolet (36,7%).
Os modelos usados do novo Uno são boa compra para quem precisa de um carro recente e acessível, com baixo consumo e fácil revenda. Prefira unidades com mais opcionais incorporados, pois a diferença de valor no mercado de usados é pouca e o conforto vale a pena.
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Custos de manutenção
Concessionária | Mercado paralelo | |
Disco de freio (par) | R$ 205 | R$ 55 |
Pastilhas de freio dianteiras (par) | R$ 110 | R$ 75 |
Amortecedores (jogo de 4) | R$ 610 | R$ 640 |
Pneus (Pirelli Cinturato P4, 165/70 R 13, cada) | R$ 210 | |
Para-lama dianteiro (cada) | R$ 235 | R$ 180 |
Para-choque dianteiro | R$ 460 | R$ 115 |
Farol (cada) | R$ 330 | R$ 105 |
Mão de obra (hora) | R$ 170 | – |
Preços médios para Uno Vivace 1,0 Flex cinco-portas 2011, obtidos pelo Sistema Audatex (concessionária) e lojas de autopeças, em pesquisa em agosto de 2012; não envolvem instalação e pintura quando cabível |
Cotações de seguro
Custo médio | Franquia média | |
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Alto risco | R$ 7.960 | R$ 2.160 |
Médio risco | R$ 1.830 | R$ 2.020 |
Baixo risco | R$ 1.170 | R$ 1.870 |
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||
Alto risco | R$ 8.650 | R$ 2.160 |
Médio risco | R$ 1.995 | R$ 2.020 |
Baixo risco | R$ 1.290 | R$ 1.870 |
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||
Alto risco | R$ 8.880 | R$ 2.145 |
Médio risco | R$ 2.035 | R$ 2.000 |
Baixo risco | R$ 1.315 | R$ 1.855 |
Custos médios obtidos em pesquisa da Depto Corretora de Seguros em agosto de 2012; conheça os perfis |
Satisfação dos proprietários
Com o carro | Com as concessionárias | |
Muito satisfeito | 62,5% | 34,4% |
Parcialmente satisfeito | 31,3% | 31,3% |
Insatisfeito | 6,2% | 21,9% |
Não utilizo | – | 12,4% |
Estatística obtida no Teste do Leitor com 32 proprietários até agosto de 2012 |
Compare as versões
Motorização | Comb. | Potência | Torque | Veloc. máxima |
1,0 Flex | gas. | 73 cv | 9,5 m.kgf | 149 km/h |
álc. | 75 cv | 9,9 m.kgf | 151 km/h | |
1,4 Flex (Economy) | gas. | 85 cv | 12,4 m.kgf | 170 km/h |
álc. | 88 cv | 12,5 m.kgf | 172 km/h | |
1,4 Flex (Attractive) | gas. | 85 cv | 12,4 m.kgf | 170 km/h |
álc. | 88 cv | 12,5 m.kgf | 172 km/h | |
1,4 Flex (Way) | gas. | 85 cv | 12,4 m.kgf | 165 km/h |
álc. | 88 cv | 12,5 m.kgf | 167 km/h | |
1,4 Flex (Sporting) | gas. | 85 cv | 12,4 m.kgf | 170 km/h |
álc. | 88 cv | 12,5 m.kgf | 172 km/h | |
Motorização | Comb. | Acel. 0 a 100 km/h | Consumo em cidade | Consumo em estrada |
1,0 Flex | gas. | 16,8 s | 15,6 km/l | 20,1 km/l |
álc. | 15,8 s | 10,5 km/l | 12,9 km/l | |
1,4 Flex (Economy) | gas. | 11,1 s | ND | ND |
álc. | 10,8 s | ND | ND | |
1,4 Flex (Attractive) | gas. | 11,1 s | 14,7 km/l | 19,4 km/l |
álc. | 10,8 s | 10,3 km/l | 12,8 km/l | |
1,4 Flex (Way) | gas. | 11,8 s | 13,2 km/l | 17,7 km/l |
álc. | 11,5 s | 9,1 km/l | 12,2 km/l | |
1,4 Flex (Sporting) | gas. | 11,5 s | 13,2 km/l | 17,7 km/l |
álc. | 11,2 s | 9,1 km/l | 12,2 km/l | |
Dados do fabricante; ND = não disponível |