O C4 hatch traz equipamentos de sobra e, apesar de alguns
defeitos sérios, obtém um alto índice de proprietários satisfeitos
Texto: Luiz Fernando Wernz – Fotos: Fabrício Samahá e divulgação
O segmento dos hatchbacks médios de cinco portas é um dos mais disputados em nosso mercado desde o fim dos anos 90. Ainda assim, a Citroën deu-se ao luxo de passar seis longos anos sem um representante na categoria, desde o fim da importação do Xsara, em 2003, até 2009 — jejum quebrado apenas em parte com a importação do C4 VTR de três portas da França, iniciada em 2006. Na época tínhamos à disposição modelos como Chevrolet Astra, Fiat Stilo, o primeiro Ford Focus, Peugeot 307 e Volkswagen Golf, todos já com bons anos de mercado.
Assim, a chegada do C4 VTR foi uma revolução. Suas linhas vincadas e bem marcadas, com destaque para o corte da traseira, não passavam despercebidas. Foi dado à aerodinâmica um cuidado especial, apresentando o melhor Cx da classe, de apenas 0,28. Os grandes faróis, o vidro traseiro dividido em duas partes, o painel com mostrador digital central e o volante de cubo fixo com diversos comandos eram características ousadas, que envelheciam seus concorrentes. Mas, se o impacto quanto ao estilo e às soluções internas foi um choque de modernidade, o conjunto mecânico do carro não surpreendia.
Com três portas e desenho peculiar na traseira, o VTR era o primeiro C4 a chegar ao
Brasil, em 2006; o motor de 2,0 litros a gasolina com 143 cv vinha com câmbio manual
Enquanto a unidade exposta no Salão de São Paulo de 2004 era equipada com um motor de 2,0 litros e 16 válvulas com potência de 180 cv, a versão que desembarcou por aqui em definitivo era bem mais comedida, com 143 cv, menos arrojada e esportiva que a carroceria que o envolvia. O câmbio manual era o único oferecido no VTR.
Com estilo mais conservador, a versão de cinco portas não teve o mesmo impacto que a de três, mas mantinha farto conteúdo a preço competitivo
De série, o novo hatch vinha muito bem equipado, com destaque para os recursos de segurança: seis bolsas infláveis (frontais, laterais dianteiras e cortinas), controle eletrônico de estabilidade e de tração, freios com sistema antitravamento (ABS) e assistência adicional em emergência (AFU), ar-condicionado automático com duas zonas de ajuste, limitador e controlador de velocidade, faróis e limpador de para-brisa com acionamento automático, volante com ajuste de altura e distância, sensores de estacionamento traseiros, computador de bordo e rádio/CD com MP3. Os únicos opcionais eram bancos revestidos em couro e faróis autodirecionais com lâmpadas de xenônio.
A versão VTR foi a única disponível até março de 2009, quando a Citroën passou a importar da Argentina o C4 hatch de cinco portas — produzido na mesma fábrica que, desde 2007, nos fornecia o sedã C4 Pallas. Com estilo mais conservador, a versão não teve o mesmo impacto que a de três portas, mas a Citroën mantinha o foco de oferecer farto conteúdo de equipamentos por um preço competitivo. O C4 VTR, apesar de seu estilo impactante (ou por causa dele?), não teve grande volume de vendas e deixava de ser importado em julho seguinte.
Volante com cubo central fixo, painel digital no centro e bancos bem envolventes
chamavam atenção dentro desse Citroën, cujo desempenho não era expoente
O C4 de cinco portas era oferecido em duas versões. A GLX já vinha com freios a disco nas quatro rodas com ABS e AFU, bolsas infláveis frontais, rádio/CD com MP3 e controles no volante, computador de bordo, ar-condicionado com ventilação forçada para o banco traseiro, porta-luvas refrigerado, banco do motorista com regulagem de altura, volante ajustável em altura e distância, ajuste elétrico dos faróis, controlador e limitador de velocidade, controle elétrico dos vidros com função um-toque para todos, travamento das portas a distância e cintos de três pontos para os cinco ocupantes. O único opcional disponível eram rodas de 16 pol com pneus 205/55.
O C4 GLX tinha motor 1,6 16V flexível em combustível, com 110/113 cv (gasolina e álcool, na ordem), mas também podia ter o motor 2,0 16V, agora flexível e com 143/151 cv. Com este motor, as rodas de 16 pol vinham de série e o carro podia receber também câmbio automático de quatro marchas com opção de trocas sequenciais.
A versão de topo era a Exclusive, só oferecida com motor 2,0 16V e com ambos os câmbios. Além do pacote oferecido pelo GLX, trazia bancos e volante revestidos em couro, bolsas infláveis laterais e de cortina, sensores de estacionamento traseiros, interface Bluetooth com comando no volante, ar-condicionado automático de duas zonas, retrovisor interno fotocrômico, faróis e limpador de para-brisa automáticos e difusor de perfume ambiente. Como opcional era oferecido o pacote Tecnologique, que compreendia controle de estabilidade, faróis de xenônio direcionais, banco do motorista com regulagem elétrica, retrovisores externos com rebatimento elétrico, alarme e sensores de estacionamento dianteiros.
Com a estreia do cinco-portas argentino passavam a existir três carrocerias para o C4 no
Brasil, incluindo o sedã Pallas, mas o VTR três-portas logo deixaria de ser importado
Em agosto de 2010 a Citroën apresentava a linha 2011 do C4 com a chegada da versão Exclusive Sport. Oferecida apenas com motor 2,0 e câmbio manual, incluía faróis de xenônio autodirecionais, controle de estabilidade e sensores de estacionamento dianteiros de série. Apesar do sufixo adotado, não havia nenhum elemento esportivo diferenciado. O GLX 1,6 passava a ter as rodas de alumínio de 16 pol de série, faróis de neblina e perfumador de ambiente. Com motor 2,0, a versão passava a ser oferecida somente com câmbio automático e adicionava ar-condicionado automático de duas zonas, retrovisor fotocrômico, faróis e limpador automáticos. Em janeiro de 2011, toda a linha passava a ter garantia de três anos.
A série especial Solaris, lançada em março de 2012, era a primeira edição limitada do C4 e sua primeira versão no Brasil com teto solar. Baseada na versão Exclusive 2,0 16V, com câmbio manual ou automático, tinha um teto solar que se deslocava por fora da carroceria, com cortina corrediça integrada, acionamento elétrico com função um-toque e fechamento automático ao retirar a chave da ignição. Por fim, em maio de 2013 a Citroën lançou a série especial Rock You de 700 unidades. Seu atrativo estava no sistema de áudio, que incluía um subwoofer amplificado de oito polegadas. Por fora a edição trazia o logotipo Rock You na tampa traseira e em nada mais se diferenciava do GLX 1,6.
“Confortável e agradável de dirigir”
De acordo com a pesquisa feita no Teste do Leitor, o C4 agrada a seus proprietários sobretudo pelo conforto ao rodar, os equipamentos de série, o desempenho com motor de 2,0 litros e a elegância de suas linhas.
“Desenho moderno, bastante elegante e muitos itens de segurança. É muito confortável e agradável de dirigir. Na estrada oferece ótimo desempenho e estabilidade, principalmente nas curvas. Motor muito silencioso, com ótima potência e excelente consumo de combustível. O câmbio automático é bastante suave nas trocas das marchas e o sistema de freios ABS é seguro e eficiente. Bonito volante, painel central fixo e comandos bem posicionados. O acabamento interno apresenta boa qualidade. Quando pensar em trocá-lo, será por um de igual modelo”, elogia Ronaldo Godinho, de Niterói, RJ, proprietário de um C4 GLX 2,0 automático 2011.
As linhas do cinco-portas eram mais discretas, mas o interior mantinha o desenho
ousado; a versão GLX, nas fotos, trazia bons equipamentos de conforto de série
O leitor Daniel, de São Paulo, tem um C4 VTR 2007 e também elogia seu carro: “Seu design até hoje é muito moderno, chama muito atenção por onde passa. A posição de dirigir é excelente, o carro traz uma sensação de segurança plena. O consumo é muito bom para um carro 2.0 16V, ficando em torno de 10 km/l em circuito misto cidade/estrada. Estou plenamente satisfeito. Ótimo custo-benefício, pois é completo de tudo. É um excelente negócio… O mais legal é ver esse pessoal se gabando de estar com um Veloster e o VTR ‘empurrá-lo’ muito fácil!”.
“É um carrão, em quase todos os sentidos. Os itens de série dão show na concorrência. Tem um rodar macio, confortável (apesar de a suspensão ser bem barulhenta, bate seco) e em asfalto bom não anda, flutua. O motorzão de 151 cv não nega fôlego e, o consumo, depois dos 10.000 km, fica bem interessante considerando a potência. Os bancos são muito aconchegantes e a posição de dirigir é muito boa! A qualidade de construção impressiona e o acabamento é um show a parte. Não há, hoje, concorrentes que ofereçam o que C4 oferece. Cumpre o que promete. É robusto, estiloso e cada ano se torna mais confiável”, relata Jouber Jesus Madureira, de Belo Horizonte, MG, que tem um C4 Exclusive Sport 2,0 2010.
Dono de um C4 GLX 1,6 2009, Renato Levenhagen, de São Paulo, SP, também destaca atributos: “O conjunto é muito bom e seguro. Confortável para quem dirige, visibilidade ótima e frenagem precisa. Seguro baixo e o ótimo acerto do câmbio dá a ele muita agilidade. Vai ser difícil trocar algum dia o volante de miolo fixo e o velocímetro digital central, pela segurança e comodidade”.
Próxima parte |
Por fora as duas opções de C4 eram praticamente iguais, até nas rodas de alumínio
de 16 pol, mas o Exclusive vinha com motor de 2,0 litros de série e maior conteúdo
As maiores queixas dos proprietários do C4 recaem à calibração e à fragilidade da suspensão, ao consumo, à vedação acústica e ao espaço interno — itens semelhantes, com exceção do último, às reclamações mais comuns dos donos de C4 Pallas, avaliado no Guia de Compra em 2011.
“Suspensão traseira realmente dura. É comum o carro bater seco em buracos ou ruas esburacadas. A falta de ajuste de altura dos cintos de segurança torna inviável o ajuste para pessoas de baixa estatura. Faltam comando interno para abertura do tanque de combustível e alarme de série. Incomodam o alarme de cinto e do modo de economia de energia, impossíveis de serem desligados. Ao desligar o carro, o som não fica ligado por mais de 10 minutos”, reclama Daniel Lenzi, de Criciúma, SC, dono de um C4 VTR 2008.
Quem também faz críticas é Rogério Gomes Benevenuto, de São Paulo, SP, que tem um C4 GLX 1,6 2010: “Posso ter ‘dado azar’, mas o C4 perde para todos os seus rivais. Parece uma carroça! O painel e os bancos fazem barulho o tempo inteiro, o console é mal encaixado, o nível de ruído interno é imenso. Não cabem, com conforto, nem quatro pessoas de estatura média. As lâmpadas são descartáveis e o consumo é ruim! É incrível como um motorzinho 1.6 consome tanto!”.
Bancos de couro, mais bolsas infláveis e itens automáticos faziam parte do pacote da versão
de topo; o câmbio automático de quatro marchas, opcional, permitia mudanças manuais
André Soares roda por São Paulo com um C4 GLX 1,6 2011 e também não está muito satisfeito com seu carro: “O câmbio tem relações um tanto curtas, talvez para mover a massa do carro. Na estrada, a 120 km/h, fica em quase 4.000 rpm! Poderia ter uma quinta marcha mais longa para preservar o consumo. Seus engates apresentam certa aspereza, o espaço traseiro não comporta com muito conforto dois adultos. Hoje em dia é inadmissível um carro de mais de R$ 50.000 vir sem entrada USB no som”.
“Os itens de série dão show na concorrência. Tem um rodar macio, confortável, e o motorzão de 151 cv não nega fôlego”, diz um dos donos
Entre os defeitos apresentados pelo C4, os mais recorrentes referem-se a queimas frequentes de lâmpadas, falhas de acabamento, de alinhamento e de pintura da carroceria. O C4 GLX 2,0 2010 de Mariano Alberto Hexsel, de Jaraguá do Sul, SC, apresentou esses defeitos: “Frequente queima de lâmpadas, problema no câmbio automático (consertado pela concessionária gratuitamente, apesar de o carro estar fora do prazo de garantia), o alinhamento das portas já veio de fábrica mal feito e nunca foi corrigido. Descascou um cromado do botão do freio de mão”.
Ricardo Azevedo, de Piracicaba, SP, desabafa sobre seu C4 2011: “O carro tem defeitos desde que tirei da concessionária! Só para arrumar o barulho do vidro, foi seis ou sete vezes e só na última vez melhorou um pouco. Só não vendo o carro porque seria jogar dinheiro fora. A Citroën nunca vai emplacar, pois seus carros são ruins e as concessionárias não têm qualquer padrão de qualidade”.
Lançado para 2011, o Exclusive Sport vinha só com caixa manual e acrescentava
faróis de xenônio e controle de estabilidade, que no Exclusive eram opcionais
Um defeito grave apresentado no Citroën C4, comum ao relatado no Guia de Compra do C4 Pallas, é o do câmbio automático que trava na terceira marcha. Foi o que aconteceu com o GLX 2,0 2010 de Ricardo França Mendanha, de Ipatinga, MG: “Ocorreram alguns episódios de travamento do câmbio em terceira marcha, principalmente pela manhã, com motor frio. A concessionária não considera como defeito, sendo proposta uma possível troca das eletroválvulas. Encaro isso como uma limitação da caixa. A frequência da ocorrência é de uma vez mensal em média, nunca em alta velocidade”.
O C4 hatch era o último integrante da família C4 que faltava ser avaliado no Guia de Compra e, como nos anteriores — das minivans C4 Picasso e Grand Picasso e do sedã C4 Pallas —, vale a recomendação de não deixar a bateria desligada por muito tempo, como no caso de o proprietário desejar preservá-la ao passar um longo período parado. Alguns parâmetros, como regulagens da injeção eletrônica e código do transponder da chave, entre outros, podem ser bloqueados, o que requer uma reprogramação que apenas concessionárias Citroën podem executar.
Apesar das falhas apontadas, o nível de satisfação dos donos de C4 é bastante bom, seja em sua categoria, seja no contexto geral do Teste do Leitor: 86% dos proprietários participantes dizem-se muito satisfeitos com o modelo, índice pouco abaixo dos obtidos por Hyundai I30 (90,9%) e Nissan Tiida (87,5%), mas superior aos de Ford Focus (76,6%, incluindo sedã), Fiat Bravo (67,5%) e Chevrolet Vectra (62,8%), os outros hatches médios que passaram pela atual fase do Guia de Compra. Contudo, o percentual de clientes muito satisfeitos com a rede de concessionárias Citroën é baixo (32,5%), pior que os de Nissan (58%), Ford e GM (50%) e Fiat (40%). Supera apenas, por margem discreta, o da Hyundai (31,8%). Os índices foram computados para cada Guia de Compra e podem não refletir a situação atual.
Edições especiais: a Solaris, um Exclusive com teto solar que corria por fora; e
Rock You, derivada do GLX 1,6 e dotada de alto-falante de subgraves no porta-malas
Caso tenha interesse numa unidade usada do C4, verifique se o veículo passou pelas convocações promovidos para o modelo. Uma ocorreu em maio de 2011 para a versão VTR, para substituição do chicote da tampa do porta-malas; o outro, em junho de 2012, visava a corrigir a vedação e evitar a infiltração de água no compartimento do motor dos veículos fabricados entre julho de 2008 e dezembro de 2011.
Assim como o C4 Pallas, o C4 hatch é uma opção para quem procura um veículo completo desde a versão básica e com baixo custo de compra, mas o interessado deve estar ciente de sua liquidez de mercado abaixo da média e dos defeitos mais comuns apresentados.
Veja opiniões dos donos | Opine sobre seu carro |
Custos de manutenção
Concessionária | Mercado paralelo | |
Disco de freio (par) | R$ 280 | R$ 170 |
Pastilhas de freio dianteiras (par) | R$ 255 | R$ 60 |
Amortecedores (jogo de 4) | R$ 1.465 | R$ 1.175 |
Pneus (Michelin Energy, 205/55 R 16, cada) | R$ 540 | |
Para-lama dianteiro (cada) | R$ 495 | R$ 285 |
Para-choque dianteiro | R$ 1.245 | R$ 340 |
Farol (cada) | R$ 750 | R$ 345 |
Mão de obra (hora) | R$ 170 | – |
Preços médios para C4 GLX 1,6 16V Flex 2012 obtidos pelo Sistema Audatex (concessionária) e lojas de autopeças, em pesquisa em junho de 2013; não envolvem instalação e pintura quando cabível |
Cotações de seguro
Custo médio | Franquia média | |
|
||
Alto risco | R$ 11.205 | R$ 2.245 |
Médio risco | R$ 5.275 | R$ 2.245 |
Baixo risco | R$ 2.377 | R$ 2.245 |
|
||
Alto risco | R$ 10.950 | R$ 3.600 |
Médio risco | R$ 2.240 | R$ 3.320 |
Baixo risco | R$ 1.315 | R$ 3.085 |
|
||
Alto risco | R$ 14.590 | R$ 3.600 |
Médio risco | R$ 2.685 | R$ 3.320 |
Baixo risco | R$ 1.470 | R$ 3.085 |
Custos médios obtidos em pesquisa da Depto Corretora de Seguros em jun/13; conheça os perfis |
Satisfação dos proprietários
Com o carro | Com as concessionárias | |
Muito satisfeitos | 86% | 32,5% |
Parcialmente satisfeitos | 7% | 41,9% |
Insatisfeitos | 7% | 18,6% |
Não utilizam | – | 7% |
Estatística obtida no Teste do Leitor com 43 proprietários até jun/13 |
Compare as versões
Versão | Faixa de preço | Anos-modelo disponíveis |
C4 VTR 2,0 16V | R$ 24.595 a R$ 36.770 | 2006 a 2009 |
C4 GLX 1,6 16V Flex manual | R$ 31.140 a R$ 44.400 | 2009 a 2013 |
C4 GLX 2,0 16V Flex manual | R$ 34.890 | 2010 |
C4 GLX 2,0 16V Flex automático | R$ 33.480 a R$ 51.080 | 2009 a 2013 |
C4 Exclusive e Solaris 2,0 16V Flex manual | R$ 37.850 a R$ 50.750 | 2009 a 2013 |
C4 Exclusive e Solaris 2,0 16V Flex automático | R$ 41.665 a R$ 59.825 | 2009 a 2013 |
Preços fornecidos pela FIPE e válidos para jun/13 | ||
Versão | Combustível | Potência | Torque |
C4 VTR 2,0 16V gasolina | gas. | 143 cv | 20,4 m.kgf |
C4 1,6 16V Flex manual | gas. | 110 cv | 14,5 m.kgf |
álc. | 113 cv | 15,8 m.kgf | |
C4 2,0 16V Flex manual | gas. | 143 cv | 20,4 m.kgf |
álc. | 151 cv | 21,6 m.kgf | |
C4 2,0 16V Flex automático | gas. | 143 cv | 20,4 m.kgf |
álc. | 151 cv | 21,6 m.kgf | |
Dados do fabricante; desempenho e consumo não disponíveis |