Em maio de 1975 começava a produção do BMW Série 3, o modelo de maior volume de vendas da história da marca alemã. Nestes 40 anos o Série 3 passou por seis gerações e, embora tenha crescido em tamanho, sofisticação e variedade de carrocerias, manteve elementos cruciais como a tração traseira e a opção de motores de seis cilindros em linha, presentes desde a primeira geração. Conheça em síntese cada uma delas.
Primeira geração
Identificada como E21, surgia em 1975 para substituir o BMW “Nova Classe”, linha que incluiu o potente 2002 Turbo. Foi oferecida como sedã de duas portas e, em pequeno volume, como um conversível feito pela empresa Baur. Usava motores de quatro cilindros (1,6, 1,8 e 2,0 litros) e de seis cilindros em linha (2,0 e 2,3 litros). A versão mais potente, 323i, tinha potência de 145 cv.
Segunda geração
A série E30 aparecia em 1982 e teve uma ampla linha com cupê, sedã de quatro portas, perua de cinco portas e conversível. Os motores de quatro cilindros foram de 1,6 e 1,8 litro, e os de seis, de 2,0, 2,3, 2,5 e 2,7 litros a gasolina, além do 2,4 a diesel. Nessa geração aparecia o esportivo M3, com um quatro-cilindros de 2,0 litros e 192 cv, depois com 2,3 litros e 200 a 238 cv (potência esta da versão Evolution III). Outra novidade dessa fase foi a opção de tração integral.
Terceira geração
A linha E36 começava em 1990 e conquistou pelo estilo, além de adotar a suspensão traseira multibraço lançada pouco antes no roadster Z1. Além de cupê, sedã, perua e conversível, foi produzido o hatchback Compact, que não usava tal suspensão. Os motores compreendiam os quatro-cilindros de 1,6, 1,8 e 1,9 litro a gasolina (além do 1,7 a diesel) e os seis-em-linha de 2,0, 2,5, 2,8, 3,0 e 3,2 litros (além do 2,5 a diesel). Pela primeira vez o câmbio manual chegou a seis marchas, e o automático, a cinco. O M3 usava os seis de 3,0 e 3,2 litros com até 321 cv.
Quarta geração
Identificada como E46, evoluía o tema de estilo da anterior em 1998 com as mesmas versões de carroceria. Foi a primeira linha a usar o câmbio automatizado SMG, de embreagem única. Teve motores de 1,8, 1,9 e 2,0 litros com quatro cilindros (incluindo o 2,0 a diesel) e de 2,0, 2,2, 2,5, 2,8, 3,0 e 3,2 litros com seis cilindros (além do 2,9 a diesel). O M3 usava o 3,2 com 343 cv e oferecia uma versão CSL, de peso reduzido em 110 kg.
Quinta geração
Nessa fase, iniciada em 2004, a BMW diversificava os codinomes: E90 para o sedã, E91 para a perua, E92 para o cupê, E93 para o conversível. Não havia mais o Compact, que teve seu lugar ocupado pelo Série 1 no ano anterior. A linha de motores passava pelos quatro-cilindros de 1,6 e 2,0 litros (este também a diesel) e pelos seis-cilindros de 2,5 e 3,0 litros, incluindo versões biturbo a gasolina (até 326 cv) e a diesel (286 cv) com a maior cilindrada. O M3 ganhava um V8 de 4,0 litros e 420 cv, que subiam para 450 cv na variação GTS, e podia vir com câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas.
Sexta geração
Apresentada em 2011, a série compreendeu o sedã F30, a perua F31 e o hatch Gran Turismo F34. As demais carrocerias, cupê e conversível, assumiram a designação Série 4. Os motores de quatro cilindros eram de 1,6 e 2,0 litros (este também a diesel), enquanto os de seis ficavam com 3,0 litros para ambos os combustíveis, todos eles com turbo. Isso incluiu o M3, com 431 cv, e o híbrido Active Hybrid 3, que associava o 3,0 de 306 cv a um motor elétrico. O câmbio automático de todo Série 3 vinha com oito marchas, mantendo-se o dupla-embreagem de sete no M3.
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação