1996
Ano de lançamentos marcantes. O Vectra de segunda geração esbanjava atualidade no estilo e trazia suspensão traseira multibraço e controle de tração. O Fiat Palio aparecia em abril com versões de três e cinco portas; um mês depois chegava o Ford Fiesta brasileiro. O Tipo era o primeiro nacional com bolsa inflável em fevereiro — vencendo a corrida com o Vectra, pioneiro nas duas bolsas frontais. Encerrava-se o uso de propulsores VW pela Ford e o de mecânica Ford pela VW: o Gol 1,0 adotava um motor atual da própria marca. A S10 ganhava cabines estendida e dupla, e a Blazer, motor V6 de 4,3 litros e caixa automática. Saíam de produção Monza, Suprema, Uno (exceto Mille), Versailles e Royale, Pampa, Pointer, picapes Chevrolet série 20 (davam lugar à Silverado argentina) e de novo o Fusca.
1997
Seis meses depois dos europeus, já tínhamos em março o Ford Ka, com desenho inovador e motor antigo. GM e Fiat lançavam no mesmo mês as peruas Corsa Wagon e Palio Weekend, esta com bolsa inflável de série para o motorista na versão superior. A VW mostrava a segunda geração da Saveiro e a Honda iniciava a produção nacional do Civic. Havia novidades mecânicas no Gol (primeiro motor 1,0 16V), Parati (versão GTI 2,0 16V) e S10 (motor V6 4,3). A Kombi vinha com teto elevado, porta corrediça e motor a injeção. A GM tirava de linha o Corsa GSi, e a VW, o Logus.
1998
Dois destaques: em abril o Fiat Marea, sedã e perua com inédito motor de cinco cilindros e 2,0 litros, seguidos mais tarde pela versão Turbo de 182 cv, motor mais potente em carro nacional; em setembro o Chevrolet Astra nacional, só um ano depois do alemão. Também estreavam o Toyota Corolla brasileiro (outubro) e muitas picapes: as leves Ford Courier e Fiat Strada, a média Dodge Dakota e a grande Ford F-250, sucessora da F-1000. Ainda, S10 e Blazer tinham nova frente e tração integral. Alguns ganhavam desempenho, como o Vectra com motores de 2,2 litros em maio; outros perdiam, caso do Corsa Sedan e do Siena de 1,0 litro — que recorria a uma inédita caixa manual de seis marchas. Tempra, Kadett e Omega saíam de produção.
1999
Começava o tempo das minivans com a Scénic (março), primeiro Renault fabricado em São José dos Pinhais, PR. Na mesma cidade a VW começava a fazer o Golf e o Audi A3, incluindo versões 1,8 turbo. Outras estreias eram o Mercedes-Benz Classe A feito em Juiz de Fora, MG, com pacote de segurança que incluía o primeiro controle eletrônico de estabilidade, e o Land Rover Defender montado pela Karmann Ghia. O Gol era reestilizado e o Clio tornava-se nacional. Na Fiat, a criatividade levava à Palio Adventure e à Strada de cabine estendida; lançava também o hatch Brava (que substituía o Tipo), a Weekend com motor 1,0 e o Palio com embreagem automática. O Astra ganhava versão sedã, a Mitsubishi mudava a L200 e a Dakota R/T 5,2 era o único oito-cilindros nacional desde 1983.
2000
O Chevrolet Celta chegava em setembro com acabamento pobre e não tão barato como se previa. No mesmo mês o Palio era remodelado e ganhava motor Fire de 1,0 litro. O Civic passava à segunda geração nacional, S10 e Blazer ganhavam reestilização e novos motores (2,4 a gasolina e 2,8 turbodiesel), era renovada a Saveiro e surgia o Clio Sedan. Gol e Parati traziam o primeiro motor 1,0-litro turbo entre os nacionais. A GM passava a fazer aqui a picape grande Silverado, que desde 1997 vinha da Argentina, mas pararia no ano seguinte. Depois de mais de 40 anos a Toyota tirava de linha o jipe Bandeirante.
2001
A classe das minivans ganhava importante reforço com a Scénic reestilizada em março e Chevrolet Zafira e Citroën Xsara Picasso (outra marca inédita a produzir aqui) em abril. Da mesma fábrica desta última em Porto Real, RJ, saía o Peugeot 206. A Fiat lançava o furgão de passageiros Doblò e renovava a Strada, o Ka XR com motor 1,6 vinha como um “foguete de bolso” e a Chrysler saía do Brasil pela terceira vez, ao encerrar a produção do Dakota depois de uma breve série com cabine dupla.
2002
Ano de forte renovação, sobretudo entre os pequenos: novas gerações quase ao mesmo tempo para Corsa (hatch e sedã em abril) e VW Polo (o inédito hatch em abril, o sedã em outubro) em abril e Fiesta em maio, incluindo o peculiar 1,0-litro com compressor. Outras chegadas importantes: novo Corolla em junho, bem mais amplo e bonito, passo decisivo para se tornar líder da categoria; Chevrolet Meriva em agosto e Fiat Stilo em setembro, com versão Abarth de 167 cv. O Celta ganhava cinco portas, o Corsa sedã antigo era renomeado Classic e a Quantum deixava o mercado.
2003
O Ford Ecosport aparecia em fevereiro para tornar os utilitários esporte mais acessíveis. Os pequenos mantinham o ritmo: em abril vinha o Honda Fit, primeiro no País com caixa de variação contínua (CVT); em maio o Citroën C3 e em outubro o VW Fox. Foi o ano da chegada do motor flexível em combustível, começando em março pelo Gol. A linha Palio adotava motor 1,8 da GM, a VW lançava a série limitada Golf VR6 de seis cilindros e 2,8 litros (o mais potente nacional) e estreava a picape Chevrolet Montana, da linha Corsa. A Mitsubishi redesenhava a L200 (chamada de Sport) e passava a fabricar aqui o Pajero TR4 (antes iO); a Nissan fazia o mesmo com a picape Frontier e o utilitário XTerra. Palio e Clio eram remodelados, o Civic tinha nova frente e a Ford F-250 recebia cabine dupla.
2004
A Toyota lançava a Fielder, perua da linha Corolla, e o Fiesta aparecia como sedã. De resto, ano restrito a versões, mudanças de estilo e mecânica: desenho polêmico no Fiat Mille em fevereiro, atualizações de Siena e Palio Weekend em março, Strada em junho. O Ecosport recebia tração integral e o Fox vinha com cinco portas.
2005
A Fiat lançava em agosto a minivan Idea, e a GM, o Vectra de terceira geração em outubro. Em fevereiro a Peugeot trazia a perua 206 SW. O VW Crossfox, em março, conferia ao Fox um jeito fora de estrada. A família Gol era reestilizada e ficava mais simples na série G4. O Fit adotava motor 1,5 e a Kombi recebia o 1,4 “a água”, pondo fim à longa história do boxer “a ar”. Em contrapartida, Marea e Xsara Picasso ganhavam unidades 1,6 para redução de preço. O Palio 1.8R parecia um sucessor para o Uno 1.5R/1.6R. Encerravam-se as produções do Classe A e do Defender.
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