Molduras largas, faróis em profusão, teto de vinil e até “rabos de peixe” fizeram sucesso, mas caíram em desuso
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação
No vestuário existem tendências que chegam com força, mas logo são esquecidas enquanto outras modas aparecem. Com os carros também é assim. Soluções de estilo surgiram e se espalharam pelo mercado, no Brasil ou lá fora, para saírem de cena em alguns anos. Vamos relembrar algumas? Se preferir, assista ao vídeo com mais imagens.
“Rabos de peixe”
O Cadillac 1948 lançou os para-lamas traseiros com aletas, que ganharam o apelido de “rabos de peixe”. Nos anos 50 Detroit espalhou essa ideia por todas as marcas, chegando ao ápice no Eldorado 1959 (acima) da mesma marca: tinham mais de um metro de altura. Europeus como Fiat 2100, Mercedes-Benz Fintail e Peugeot 404 seguiram a moda, mas nos anos 60 as aletas diminuíram até acabar.
“Saia e blusa”
Era a pintura da carroceria em dois tons, em geral mais claro em cima, comum na década de 1960 também em carros nacionais. Até a Kombi oferecia (na foto um modelo alemão). A solução voltou nos anos 80 no Opala e no Monza da Chevrolet. Hoje alguns têm teto e colunas em preto ou outra cor contrastante, sem incluir o capô.
Faróis escamoteáveis
Faróis ocultos por mecanismo manual existiam no Cord norte-americano de 1936, seguido pelo sistema elétrico do De Soto, mas foi nos anos 70 que os faróis escamoteáveis se espalharam. Eram mais comuns em esportivos (na foto o Chevrolet Corvette 1990), pois ajudavam na aerodinâmica, só que custavam mais, vibravam e podiam travar fechados. Nos anos 90 foram saindo de cena. O Corvette de 2004 foi um dos últimos a usar.
Faixas pretas
Nos anos 70, faixas pretas no capô e nas laterais indicavam um esportivo de verdade… ou não. Também estavam em carros de pouca potência, esportivos de araque. Tivemos aqui em Chevrolet Chevette GP e Opala SS (foto), Fiat 147 Rallye e Ford Corcel GT. Nos anos 80 o Fiat Uno 1.5R voltou com faixas e até tampa traseira em preto.
Teto de vinil
Para um ar sofisticado, o teto revestido com vinil era a opção certa. Opala, Dodge Dart e Ford Landau (acima) foram alguns com esse adorno. No Comodoro cupê apenas a parte traseira do teto era revestida, o teto Las Vegas. Antes mesmo dos discos, o vinil no teto sumiu nos anos 80.
Próxima parte