
Carros versáteis como o 2CV
sempre são alvo de transformações para os diversos fins. A
francesa M. Foureau fez nos anos 80 este curioso 2CV Aska, um
meio-termo entre conversível e bugue. Tinha capota de lona,
traseira de linhas retas com o estepe exposto, pára-lamas mais
altos e apenas duas portas, que mantinham a moldura das janelas.
Outra opção francesa de conversível, neste caso com quatro
lugares e desenho mais próximo do carro original, era a da Leman.

O jornalista e fotografo
inglês Tony Howarth, inconformado com a fragilidade dos carros
comuns em condições severas de piso, desenvolveu três unidades
do que chamou de Africar: uma perua, um picape leve e um carro
de três eixos. Usavam chassi e carroceria de madeira, com grande
entreeixos (2,75 metros), e motor de 2CV. Construídos na
Inglaterra em 1986, os carros rodaram até o Círculo Polar Ártico
e de volta ao Equador. Apesar de obter interessados, a empresa
formada por Howarth nunca produziu carros para venda. Anos
depois, Bob Williams, da inglesa Special Vehicle Conversion,
produziu em pequena quantidade um modelo similar denominado
Bedouin.
Da Inglaterra veio o Lomax, um roadster no mais perfeito estilo
inglês, com a mecânica do 2CV e estepe à mostra à direita da
carroceria. Na Alemanha, a Die Ente da cidade de Munster
fabricava versões conversíveis de dois e quatro lugares e
picape. A Franzmann fez um conversível com quatro portas. |

A também alemã Hoffman fez nos
anos 90 este conversível simpático, o 2CV Cabriolet, com apenas
dois lugares e capota de lona. Rodas especiais com pneus de
faixa branca, traseira toda redesenhada e acabamento luxuoso
davam aspecto diferente ao pequeno Citroën. Ela ofereceu ainda o
2CV X-Large (extragrande), com a carroceria original ou
conversível, acrescida de pára-lamas e rodas bem mais largos.
E na cidade de Bremen foram feitas versões artesanais muito
interessantes nos anos 80. A empresa Der Entenmacher produziu o
2CV Landaulet, um cupê para duas pessoas muito caprichado. Tinha
capota de lona clara quando a carroceria era escura, pneus com
faixa branca e estepe preso ao porta-malas, para dar um ar retrô.
Os motores originais Citroën eram modificados para chegar a até
80 cv.

No último Salão de
Paris, para celebrar os 60 anos do 2CV, a Citroën encomendou um
acabamento especial a Hermès, que trabalhou em um Séecial
de 1989. O carro recebeu revestimento em couro nos bancos (em
dois tons, cinza e bege), portas, volante, pára-sol, pomo de
câmbio e até retrovisor. O requinte nos detalhes faz um
inusitado contraste com a proposta de simplicidade do carrinho.
Colaborou Fabrício Samahá |