Seu motor tinha seis cilindros em linha e 2.103 cm³, alimentado por dois carburadores SU. A potência era de 74 cv a 4.200 rpm. A caixa de quatro marchas era oferecida com roda-livre ou sobremarcha e a tração era traseira. Atingia 132 km/h, suficientes para a época. Os freios dianteiros tinham assistência parcial hidráulica, mas os de trás eram acionados por cabos. Um de seus concorrentes diretos era o Citroën Traction 15 CV, também com seis cilindros. |
O interior confortável do P4: acabamento requintado, painel de madeira e boas acomodações para até seis pessoas nos bancos inteiriços |
Em
1950 a Rover, uma das pioneiras nas pesquisas sobre turbinas
em automóveis (antes mesmo da Chrysler com seu
Turbine), construía o Jet1 ou T3, sigla para terceiro protótipo.
Tratava-se de um P4 roadster com duas portas, carroceria de
plástico reforçado com fibra-de-vidro e um pára-brisa baixíssimo.
Tinha tração nas quatro rodas e o motor desenvolvia 110 cv, para velocidade máxima de 177 km/h. Pouco tempo
depois, numa versão com 230 cv, chegaria numa auto-estrada da Bélgica
a 245,73 km/h. Hoje está exposto no Museu de Ciência de Londres. E
serviu de inspiração para que um pequeno construtor fabricasse um
simpático roadster em escala reduzida. |
O protótipo Jet1, derivado do sedã, era um roadster com propulsão a turbina e 110 cv, capaz de chegar a 177 km/h -- em 1950 |
Por dentro o painel, com instrumentação retangular, cedia lugar ao de
mostradores circulares, bem mais moderno e bonito. A alavanca de
câmbio estava mais longa e posicionada mais à frente, para não
incomodar um possível terceiro passageiro. O mais interessante era uma
gaveta abaixo da tampa do porta-luvas que continha um pequeno jogo de
ferramentas práticas. Genial e charmoso. |
A versão 105 S, de 1957, estreava um motor de 2,6 litros e 105 cv, que podia receber câmbio automático no caso da 105 R |
Em 1960 ganhava freios Girling a disco na dianteira e um novo motor de seis cilindros com 123 cv. Chegava aos 165 km/h e o 0-100 km/h era feito em 14 segundos. Por questões de custo, as portas e capô passavam a ser feitos em chapas de aço estampado, o que o deixava mais pesado: 1.590 kg. Seus concorrentes na época eram o Citroën DS 19, o Ford/Simca Vedette, o Austin A99 Westminster, o Jaguar Mark II, o Mercedes-Benz 220 S e o Opel Kapitän. Em maio de 1964, após 130.500 unidades produzidas, o P4 saía de produção. Junto com o Land, impulsionou a Rover no pós-guerra. A marca completou há pouco 100 anos produzindo carros e é a única empresa de automóveis em série, totalmente inglesa, que resistiu aos tempos. |
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