Se o desempenho não impressionava, o conforto de rodagem certamente sim, em uma época em que a maioria dos carros ainda usava eixo rígido na frente. A suspensão McPherson era tão interessante, inclusive pela simplicidade, que muitos fabricantes passaram a desenvolver sistemas algo semelhantes, ainda que a Ford detivesse a patente do projeto. Os pneus do Consul eram 5,90-13, e os do Zephyr, 6,40-13; em ambos o câmbio tinha três marchas e a tração era traseira. Em 1954 era lançado o Zodiac, versão mais luxuosa do Zephyr, identificada pela pintura em dois tons, pneus com faixas brancas, faróis auxiliares e revestimento dos bancos em couro. |
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Na segunda geração os carros ficavam maiores, assim como os motores de quatro e seis cilindros, que tinham os mesmos diâmetro e curso de pistões |
Os
concorrentes no mercado europeu eram os franceses
Peugeot 403, Simca Aronde e
Renault Frégate; os alemães
Opel Rekord e
Ford Taunus; o sueco
Volvo P121/122 Amazon e o italiano Fiat
1500. A esse tempo os sedãs já eram transformados em conversíveis,
pela empresa de carrocerias Car Bodies, de Coventrey, e em perua pela
Abbott. O modelo aberto incluía comando elétrico parcial da capota,
apenas para a seção acima dos bancos dianteiros, sendo o restante
aberto manualmente. |
O Zodiac era o modelo mais luxuoso da linha, com as dimensões e o motor do Zephyr, associados a um interior mais requintado |
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As
versões perua e conversível continuavam disponíveis, com carrocerias
de empresas independentes da Ford. Em 1959 o teto era rebaixado e a
área de vidros acrescia, atendendo aos pedidos de uma linha mais
moderna e elegante, e o painel era remodelado. No ano seguinte
chegavam os freios dianteiros a disco com servo-assistência, que
passavam a vir de série em 1961. Além dos câmbios manuais de três e
quatro marchas, havia opção do automático de três. |
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Aposta malsucedida: o Consul de 1961, com vidro traseiro "ao contrário" e quatro faróis, não agradou e saiu de linha em apenas dois anos -- mas o nome retornaria na década seguinte |
O fracasso do estilo levou a Ford a retirar esse Consul de produção rapidamente, já em 1963, permanecendo o Zephyr, com desenho bem mais discreto e motor de quatro cilindros. O nome Consul reapareceria de 1972 a 1975, nas versões mais simples do Ford Granada, de aspecto bem mais atual (e que serviu de inspiração para o Del Rey brasileiro). Esses modelos, contudo, têm pouca importância em relação à geração de 1950, que trouxe importantes inovações técnicas à Ford. |
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