De série vinha com cinco marchas e havia opção da caixa automática, visando ao mercado da América do Norte. O Fuego — assim como outros Renaults — não vendia bem nos Estados Unidos, mas era muito apreciado no Canadá, onde as pessoas de origem francesa são um número importante na população. Para lá ia equipado com câmbio automático e o motor do Renault 20, de 2.164 cm³, comando no bloco e 91 cv a 4.000 rpm, com injeção Bosch L-Jetronic. E recebia pára-choques bem maiores e faróis circulares, que o descaracterizavam bastante. |
No mercado americano o Fuego recebia pára-choques salientes e faróis circulares, de estética discutível, e motor de 2,2 litros com apenas 91 cv |
Por dentro o Fuego oferecia quatro verdadeiros lugares, onde viajavam
com conforto pessoas adultas. O painel abrigava velocímetro,
conta-giros, marcadores de temperatura e de gasolina e amperímetro. O
volante de dois raios, com regulagem de altura e duas cores, combinava
com o conjunto. Os bancos dianteiros eram envolventes, com apoios
laterais e encostos para a cabeça, e os de trás espaçosos. |
Na Europa, o maior motor a gasolina oferecido foi o de 2,0 litros e 110 cv, cujo desempenho já agradava em cheio; mais tarde haveria um turbodiesel de mesma cilindrada |
Em
1983 entrava nas linhas de produção a versão topo de linha: o Fuego
recebia um motor turbo e atingia a maioridade. Ganhava condições de
atacar Alfetta GTV 2,0, Matra Murena S e
VW Scirocco GTX 16V, esportivos de renome. O motor de 1.565 cm³, com
comando no bloco (da mesma linha do 1,65-litro, mas com menor diâmetro
de cilindros), era equipado com um turbocompressor Garrett. A potência
subia para 132 cv a 5.500 rpm e o torque pulava para 20,4 m.kgf, quase
o dobro da versão mais tranqüila. A velocidade máxima passava a 205
km/h. Agora, sim, o fogo — tradução de seu nome espanhol — estava mais
quente. |
Identificada com clareza pela palavra Turbo nas laterais, a nova versão trazia um bom fôlego ao esportivo da Renault: 132 cv, torque de 20,4 m.kgf, máxima de 205 km/h |
Também chegava, para espanto de muitos em um esportivo, a versão turbodiesel. O motor, o mesmo do Renault 30, tinha 2.068 cm³ e potência de 85 cv a 4.250 rpm, suficiente para 165 km/h. Infelizmente não obteve os resultados esperados pela Renault — assim como o Fuego Turbo, que tinha ótimas características. O modelo francês teve a produção encerrada em 1985. Uma segunda geração chegou a ser estudada, com requintes técnicos como tração integral e outros motores turbo, mas o declínio do interesse pelos cupês levou ao abandono do projeto. Foi fabricado também na Argentina, onde fez sucesso, entre 1983 e 1993. Era equipado com o motor de 2,0 litros e 103 cv, com carburador, e oferecia câmbio automático opcional. E o mais curioso: sua reestilização coube a um estúdio californiano. |
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