 |
|
 |
|
|
|
O salão
de 1911 e o Hispano-Suiza H6,
atração da edição de 1919; no alto, o Citroën DS de 1955 |
|
|
|
 |
|
 |
|
|
|
O enorme
Mercedes 770 foi mostrado em 1930, época de festas de gala e
festivais de música |
|
|
|
 |
|
 |
|
|
|
O Grand
Palais, visto de fora em 1930, e os luxuosos automóveis da
Maybach no mesmo ano |
|
|
|
 |
|
 |
|
|
|
Técnica
avançada em 1934: o aerodinâmico Voisin 135 e o Citroën Traction
de tração dianteira |
|
|
|
 |
|
 |
|
|
|
O Lancia
Aprilia de 1938, também com inovações, e o exagero de linhas do
Delahaye 135 |
|
 |
|
 |
|
|
|
No
pós-guerra, carros econômicos para a Europa em reconstrução:
Citroën 2CV e Peugeot 203 |
|
 |
|
 |
|
|
|
Em 1949,
o primeiro Ferrari de rua -- o 166 Inter -- e o Mercedes 170, na
foto de seu estande |
|
As
"carruagens sem cavalos" ainda eram pouco numerosas na França quando, em
1895, o Automobile Club de France assumiu a tarefa de divulgar o
automóvel a uma maior parcela da população. Três anos mais tarde era
realizado o primeiro salão internacional de carros, bicicletas e
esporte. Para comprovar que se tratava de um automóvel funcional, cada
veículo exposto deveria antes percorrer por meios próprios o trajeto de
ida e volta entre Paris e Versalhes.
Naquela primeira edição, a Exposicion Internationale d'Automobiles
reuniu 220 expositores em uma área de mais de 6.000 metros quadrados. O
espaço logo deu lugar a outro mais adequado: em 1901 o Salão de Paris —
como se tornaria conhecido — ganhava o Grand Palais, que seria usado por
60 anos. Ainda assim faltou espaço para veículos pesados, que em 1906
passaram a ser mostrados na área externa. Após uma interrupção em 1909 o
evento retomou a periodicidade anual, mantida até a eclosão da Primeira
Guerra Mundial.
Após o conflito ele voltava a se realizar em outubro de 1919, pouco antes do
Salão de Londres, e trazia a novidade da área de avaliações para o
público — para a qual a Citroën destinou nada menos que 50 carros.
Fabricantes dos Estados Unidos também estavam presentes àquela edição,
que contou com 664 expositores e apresentou o luxuoso
Hispano-Suiza H6.
Na década seguinte, embora sem edições em 1920 e 1925, o salão reuniu
estandes luxuosos, festas de gala nas inaugurações e festivais de
música. Em 1929 já eram 1.339 expositores. No ano seguinte, o enorme
Mercedes-Benz 770 era um destaque.
Então vieram os efeitos da Grande Depressão, causada pela quebra da
bolsa de valores de Nova York, e o mercado sentiu. Naquela década eram
lançados no evento carros de grande importância histórica, como
Citroën Traction Avant e
Tatra T77 (1934). Outras novidades foram o
Renault Celtaquatre em 1933; o
aerodinâmico Voisin 135 Aérodyne no ano seguinte;
o excêntrico Delahaye 135 e
o Peugeot 402 em 1935;
Lancia Aprilia e Peugeot 302 um ano depois;
Renault Juvaquatre em 1937 e, no ano seguinte, o Delahaye 135 Figoni & Falaschi
cupê. Ao fim dos anos 30, a Segunda Guerra Mundial fez cessar todos os
salões do gênero.
Encerrado o conflito, o evento voltava a se realizar em outubro de 1946
— o primeiro na Europa — com uma curiosidade: em tempos de reconstrução
física e econômica do continente e escassez de matéria-prima como o aço,
o público em geral não podia comprar os automóveis expostos, a menos que
obtivessem uma autorização do governo. Mesmo assim, 810 mil visitantes
foram ao Grand Palais naqueles 10 dias.
A indústria ainda começava os projetos de novos carros, que chegariam em
quantidade apenas na edição de 1948, com o
2CV da Citroën, o 203 da
Peugeot e o Vedette da Ford francesa. Um
ano depois vinha o Ferrari 166 Inter,
primeiro modelo de rua da marca de Maranello; em 1951, o
Simca Aronde e o
Mercedes 220/300, o carro do chanceler alemão Adenauer; no ano
seguinte, as linhas elegantes do
Karmann-Ghia da Volkswagen
dominavam a cena.
Continua |