A cidade-luz recebe o automóvel

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Realizado desde 1898, o Salão de Paris reveza-se com o de
Frankfurt como principal palco para os lançamentos da Europa

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

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O salão de 1911 e o Hispano-Suiza H6, atração da edição de 1919; no alto, o Citroën DS de 1955
     
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O enorme Mercedes 770 foi mostrado em 1930, época de festas de gala e festivais de música
     
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O Grand Palais, visto de fora em 1930, e os luxuosos automóveis da Maybach no mesmo ano
     
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Técnica avançada em 1934: o aerodinâmico Voisin 135 e o Citroën Traction de tração dianteira
     
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O Lancia Aprilia de 1938, também com inovações, e o exagero de linhas do Delahaye 135
 
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No pós-guerra, carros econômicos para a Europa em reconstrução: Citroën 2CV e Peugeot 203
 
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Em 1949, o primeiro Ferrari de rua -- o 166 Inter -- e o Mercedes 170, na foto de seu estande

As "carruagens sem cavalos" ainda eram pouco numerosas na França quando, em 1895, o Automobile Club de France assumiu a tarefa de divulgar o automóvel a uma maior parcela da população. Três anos mais tarde era realizado o primeiro salão internacional de carros, bicicletas e esporte. Para comprovar que se tratava de um automóvel funcional, cada veículo exposto deveria antes percorrer por meios próprios o trajeto de ida e volta entre Paris e Versalhes.

Naquela primeira edição, a Exposicion Internationale d'Automobiles reuniu 220 expositores em uma área de mais de 6.000 metros quadrados. O espaço logo deu lugar a outro mais adequado: em 1901 o Salão de Paris — como se tornaria conhecido — ganhava o Grand Palais, que seria usado por 60 anos. Ainda assim faltou espaço para veículos pesados, que em 1906 passaram a ser mostrados na área externa. Após uma interrupção em 1909 o evento retomou a periodicidade anual, mantida até a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

Após o conflito ele voltava a se realizar em outubro de 1919, pouco antes do Salão de Londres, e trazia a novidade da área de avaliações para o público — para a qual a Citroën destinou nada menos que 50 carros. Fabricantes dos Estados Unidos também estavam presentes àquela edição, que contou com 664 expositores e apresentou o luxuoso Hispano-Suiza H6. Na década seguinte, embora sem edições em 1920 e 1925, o salão reuniu estandes luxuosos, festas de gala nas inaugurações e festivais de música. Em 1929 já eram 1.339 expositores. No ano seguinte, o enorme Mercedes-Benz 770 era um destaque.

Então vieram os efeitos da Grande Depressão, causada pela quebra da bolsa de valores de Nova York, e o mercado sentiu. Naquela década eram lançados no evento carros de grande importância histórica, como Citroën Traction Avant e Tatra T77 (1934). Outras novidades foram o Renault Celtaquatre em 1933; o aerodinâmico Voisin 135 Aérodyne no ano seguinte; o excêntrico Delahaye 135 e o Peugeot 402 em 1935; Lancia Aprilia e Peugeot 302 um ano depois; Renault Juvaquatre em 1937 e, no ano seguinte, o Delahaye 135 Figoni & Falaschi cupê. Ao fim dos anos 30, a Segunda Guerra Mundial fez cessar todos os salões do gênero.

Encerrado o conflito, o evento voltava a se realizar em outubro de 1946 — o primeiro na Europa — com uma curiosidade: em tempos de reconstrução física e econômica do continente e escassez de matéria-prima como o aço, o público em geral não podia comprar os automóveis expostos, a menos que obtivessem uma autorização do governo. Mesmo assim, 810 mil visitantes foram ao Grand Palais naqueles 10 dias.

A indústria ainda começava os projetos de novos carros, que chegariam em quantidade apenas na edição de 1948, com o 2CV da Citroën, o 203 da Peugeot e o Vedette da Ford francesa. Um ano depois vinha o Ferrari 166 Inter, primeiro modelo de rua da marca de Maranello; em 1951, o Simca Aronde e o Mercedes 220/300, o carro do chanceler alemão Adenauer; no ano seguinte, as linhas elegantes do Karmann-Ghia da Volkswagen dominavam a cena. Continua

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Data de publicação: 28/9/10

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