Novo Cayenne, no ponto P

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A segunda geração do maior de todos os Porsches chega ao Brasil e
mostra, sem rodeios, por que se tornou um sonho de consumo

Texto: Roberto Agresti - Fotos: divulgação

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Na esteira do sucesso do modelo de 2002, o novo Cayenne traz menos peso, mais potência e avanços tecnológicos em toda a parte mecânica

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Rodas de 21 pol e tomadas de ar maiores na frente diferenciam o Turbo, que recebe conteúdos adicionais e adiciona 100 cv ao motor 4,8-litros

Audi Q7, BMW X5 e Mercedes-Benz ML têm, em comum, mais do que apenas a nacionalidade de seus fabricantes. Todos eles têm no Cayenne, da também germânica Porsche, um fortíssimo rival. O grande utilitário esporte da marca de Stuttgart — que fez os mais arraigados fãs gritarem "heresia!" quando, no já distante ano de 2002, foi apresentado — rompeu com uma forte tradição da Porsche, a de fazer apenas carros esportivos. Mas à distância de quase uma década é impossível dizer que tal ruptura prejudicou a marca Porsche e que a opção de enveredar pelo concorrido ambiente dos SUVs foi errada, uma vez que a ação atraiu novos clientes e não afugentou nenhum dos antigos.

O Cayenne vende bem, tanto no exterior como aqui entre nós: foi responsável por 60% do total de vendas da marca no Brasil de 2003 até agosto passado. E é o líder entre seus adversários e compatriotas citados acima. Se você notou falta de um inglês assemelhado, não esperneie: apenas reproduzimos os dados do importador. A ausência deixa patente que os "alvos" considerados pelos alemães são apenas os citados. Ainda segundo o representante, de janeiro a agosto de 2010 o Cayenne vendeu mais do que o dobro do segundo colocado BMW X5, disparando na dianteira num embate que em 2009 viu o Porsche vender pouco mais, 357 Cayennes contra 340 X5.

Agora, a segunda geração do Cayenne, mostrada ao consumidor europeu em março no salão de Genebra, na Suíça, e que chegou às revendedoras no início de maio nos principais mercados mundiais, desembarca por aqui. Aliás, não por inteiro: a versão de entrada, o Cayenne dotado de motor V6, assim como o interessante Cayenne S Hybrid — que concilia ao V6 um motor elétrico — e o Cayenne Diesel, ficam de fora. Por enquanto, apenas o Cayenne S de aspiração natural e o Cayenne Turbo, ambos com unidade V8, pisam em nossas ruas e estradas.

A versão S, que tem preço sugerido de R$ 379 mil, já vem com quase tudo o que pode imaginar em um carro, como seis bolsas infláveis (frontais, laterais e cortinas), controle de estabilidade, bancos com ajuste elétrico, câmera traseira para orientar manobras, sistema de áudio Bose, teto solar, quinta porta com abertura e fechamento elétricos, faróis bi-xenônio e suspensão com controle eletrônico e ajuste de altura. No Turbo o valor passa a R$ 555 mil, que trazem — além do aumento de potência em 100 cv — aplicação de couro em todo o interior, quatro zonas de ajuste do ar-condicionado, bancos mais esportivos, rodas de 21 pol e sistema de áudio com toca-DVDs, toca-CDs para seis discos e sintonizador de TV.

Menos é mais   "Mais leve, mais econômico, mais dinâmico, mais seguro e mais confortável": é assim o texto que abre um caprichado livro contendo as mais importantes informações sobre o novo Cayenne. E uma análise rápida dos principais itens revela que o trabalho seguiu exatamente o rumo descrito na primeira página, o do aprimoramento de um produto que, desde o nascimento, recebeu importantes elogios, mas também críticas.

Se é indiscutível que o sucesso da marca Porsche se deve a um conjunto de fatores, entre os quais a excelência da engenharia e o consequente desempenho, ao criar o Cayenne — o maior dos Porsches de todos os tempos — a equipe acrescentou à marca um adjetivo importante: versatilidade. Contudo, a opção por aplicar-lhe todo o aparato de um veículo fora de estrada resultou em um utilitário muito pesado, um dos fatores que a atual consciência ambiental exigiu retrabalhar na nova geração. Continua

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Apesar das maiores dimensões, o segundo Cayenne transmite impressão de ser mais compacto, pelo uso de elementos de estilo típicos da marca

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Data de publicação: 23/9/10

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