Novo Nissan Versa soma belo estilo e conjunto competente

• 

• 

• 

Bancos do Exclusive podem vir em cinza claro; central de áudio de duas versões tem tela de 7 pol e integração a celular

Em aparato de segurança o Versa melhorou muito, já que o anterior estava um tanto defasado diante da concorrência. Desde a versão de entrada o novo carro traz controle eletrônico de estabilidade e tração, bolsas infláveis laterais dianteiras e de cortina e alerta para uso do cinto por todos os ocupantes. No Exclusive há alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência, alerta de tráfego cruzado traseiro (que previne colisões e atropelamentos nas manobras de ré), câmeras de 360 graus com detector de objetos em movimento e monitoramento de ponto cego nas laterais.

Há também um alerta que pode evitar esquecer objetos — ou animais ou mesmo crianças — no banco traseiro. Se o motorista abre e, na sequência, fecha uma das portas traseiras ou o porta-malas antes de sair com o carro, ao chegar ao destino, caso não volte a abrir a porta, o carro emite três toques curtos de buzina e uma mensagem no painel. O porta-malas abriga 482 litros (bons, mas menos que os 521 do Virtus), mais 22 que no anterior, e guarda um estepe temporário. A engenharia alega que as grandes alças da tampa foram afastadas para atrapalharem o menos possível, deixando o vão útil mais largo, alto e funcional.

• 

• 

• 

• 

Instrumentos têm parte digital multifunção como no Kicks; alerta de ponto cego nos retrovisores; duas tomadas USB atrás

Ao volante do novo Versa

Tivemos contato breve com o novo Versa em um circuito fechado de autódromo particular, o Haras Tuiuti, no interior de São Paulo, sem situações reais de uso como ruas e estradas. O conhecido conjunto formado pelo motor 1,6 de 114 cv e a caixa CVT, que também equipa o Kicks, está apenas adequado a um sedã que pesa 1.137 kg. A transmissão simula marchas quando se acelera mais a fundo, o que elimina a sensação de deslizamento tão comum nas CVTs.

A suspensão mais firme traz um excelente equilíbrio dinâmico, mesmo nas curvas mais fechadas, e a direção direta busca uma condução mais voltada ao prazer

Com uma calibração de acelerador voltada ao desempenho, a sensação de agilidade do motor é adequada, embora o desempenho máximo seja um tanto mais modesto que o de motores turbo como o do Volkswagen Virtus. Não há como selecionar marchas, nem mesmo via alavanca. Um botão Sport (escondido embaixo do pomo da alavanca) e a opção reduzida mantêm as relações das polias num patamar de rotações mais elevadas do motor.

• 

• 

• 

• 

Motor de 114 cv com transmissão CVT é apenas adequado, mas estabilidade convenceu; porta-malas aumentou para 482 litros

Ao acelerar, o ruído é comedido, sinal de que o trabalho de isolamento foi bem-sucedido. A suspensão calibrada levemente a firme traz um excelente equilíbrio dinâmico: mesmo nas curvas mais fechadas e com topografia desfavorável do Haras Tuiuti, é preciso empolgação para provocar algum subesterço. A direção leve e direta, aliada ao volante de diâmetro menor que o usual em sedãs, traz uma condução mais voltada ao prazer que na geração anterior. Os freios são adequados, mesmo com discos apenas nas rodas dianteiras. Pena não haver piso irregular para avaliar o conforto da suspensão, que adota no Brasil — entre outros ajustes — buchas e batentes em poliuretano para maior robustez.

O Versa antigo há tempos dava sinais de incapacidade frente a atualizações do segmento, como o citado Virtus, o Chevrolet Onix Plus, o Fiat Cronos e o Hyundai HB20S. A importação da nova geração do México traz a necessária competitividade à Nissan com um produto que, pelo primeiro contato, tem boas condições de ganhar espaço na categoria. O senão fica para a única opção de motor, algo limitada diante das versões turbo dos adversários.

Mais Avaliações