Bons faróis nos dois, luzes diurnas apenas no Onix; suspensão obtém bom resultado no Argo Trekking, mas perde em comportamento e falta controle de estabilidade
Comportamento dinâmico
A proposta “aventureira” do Trekking impõe algumas diferenças, pois a altura de rodagem aumenta 40 mm em relação ao Argo Precision e os pneus são 205/60 R 15 de uso misto (o Onix usa 195/55 R 16 para asfalto). Esses elementos dão-lhe grande aptidão para os obstáculos do dia a dia, como valetas, lombadas e buracos, e para trafegar em estradas de terra e cascalho, mesmo esburacadas, com bom conforto e sensação de robustez — a Fiat, quando quer, faz absorção de irregularidades de primeira linha. Essa absorção pode melhorar no Chevrolet, sobretudo na traseira um tanto firme.
O preço a pagar pelo pacote Trekking é certa perda em estabilidade, com menor precisão e mais inclinação de carroceria em curvas. Sem ser um esportivo, o Onix fica mais “à mão” nas curvas rápidas e ainda oferece controle eletrônico de estabilidade, item que a Fiat deveria aplicar a essa versão. Os dois carros estão bem acertados em freios e direção — esta poderia ficar um pouco mais firme no Onix em alta velocidade.
Segurança passiva
O Argo Trekking deixa a desejar também em proteção dos ocupantes, por oferecer apenas as bolsas infláveis frontais exigidas por lei — o Onix traz de série as laterais dianteiras e de cortina. É inaceitável a Fiat não oferecer tais bolsas como opção diante da atual realidade do mercado. Como agora é obrigatório, ambos têm encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes e fixação Isofix para cadeira infantil.
Com opcionais para se aproximar em conteúdo do Onix, o Argo perde a vantagem em preço e fica para trás em desempenho, comportamento e segurança
Custo-benefício
Apesar de custar R$ 5,5 mil ou 7% a menos que o Onix quando eles não têm opcionais, o Argo perde muito em conteúdo — é necessário acrescentar todos os itens disponíveis para equilibrar a relação de equipamentos. Esse aumento de preço em quase R$ 8 mil (sem incluir pintura) abre espaço para o Chevrolet também receber seu pacote de opcionais, que o deixa apenas 1% mais caro que o Fiat, ambos na configuração mais equipada possível. É assim que estavam os carros testados.
Nessa condição, o Onix ainda oferece mais recursos exclusivos e deixa de fora menos itens que só o rival possui. No restante dos atributos (veja as notas abaixo) temos vantagens do modelo da GM em motor/desempenho, consumo, comportamento dinâmico e segurança passiva, ante a vitória do Fiat apenas em posto do motorista. Não ficou dúvida: mesmo que para certas aplicações — como uso leve fora de estrada — o Argo Trekking tenha mais a oferecer, o conjunto do Onix Premier é superior por praticamente o mesmo preço.
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Nossas notas
Onix | Argo | |
Estilo | 4 | 4 |
Acabamento e conveniência | 4 | 4 |
Posto do motorista | 3 | 4 |
Espaço interno | 3 | 3 |
Porta-malas | 3 | 3 |
Motor e desempenho | 4 | 3 |
Consumo | 4 | 3 |
Comportamento dinâmico | 4 | 3 |
Segurança passiva | 5 | 3 |
Custo-benefício | 4 | 3 |
Média | 3,8 | 3,3 |
Posição | 1º. | 2º. |
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