
Um tem a seu favor a marca de prestígio, mas qual desses SUVs médios e híbridos oferece mais pelo preço?
Texto e fotos: Fabrício Samahá
Quando o assunto é carro híbrido, a Toyota está na dianteira entre os fabricantes instalados no Brasil: oferece seis modelos com essa forma de propulsão, entre os da própria marca e os da divisão de luxo Lexus. Dois deles — o Toyota RAV4 e o Lexus NX — atuam no mesmo segmento de utilitários esporte médios e não se distanciam muito em preço, o que nos levou a formar um Desafio entre o “primo pobre” e o “primo rico”.
Ambos têm a mesma proposta de uso, porte semelhante e potência parecida — 222 cv na combinação dos motores do RAV4 e 200 para o NX. São importados do mesmo país, o Japão. Como é natural, o Lexus tem preço mais alto — mas não tanto assim quando sua versão de entrada, Dynamic, é comparada à opção superior SX do Toyota. O NX avaliado custava R$ 239 mil ou 11,7% mais que os R$ 214 mil do RAV4. Atendidos os quatro “Ps” dos comparativos do Best Cars, vejamos o que a marca de prestígio oferece por esse valor adicional, além da imagem de luxo.
Ambos têm traços ousados, mas o Lexus é arredondado e elegante, enquanto o Toyota busca ar valente com as formas retilíneas, até nas caixas de rodas
Estilo
Os dois adotam desenhos ousados e buscam aspecto robusto por meio de para-lamas abaulados e arestas, mas a semelhança termina aí. O NX segue padrões da Lexus como a grade dianteira em forma de carretel e recortes marcantes por todos os lados, dos faróis às lanternas traseiras. No RAV4 tudo é mais retilíneo e convencional, até mesmo as caixas de roda, a fim de sugerir valentia em vez de sofisticação. O resultado favorece o primeiro, apesar de já ter cinco anos no mercado nacional.
Acabamento e conveniência
Em que pese as formas mais refinadas, a nosso ver o Lexus não parecia mais requintado por dentro entre os carros avaliados por um motivo: o belo revestimento em couro bege do Toyota, que deixa seu interior muito agradável. No restante ambos são bem-acabados, com bancos revestidos em couro, painel que simula o mesmo material e plásticos de boa aparência.
Revestimento em bege valoriza o interior do RAV4, mas os dois são muito bem-acabados; no quadro do NX, o indicador de energia muda para conta-giros em modo Sport
Conveniências presentes nos dois incluem ar-condicionado automático de duas zonas, câmera traseira de manobras, chave presencial, freio de estacionamento com comando elétrico e retenção automática em paradas, monitor indireto de pressão dos pneus, sensores de estacionamento à frente e atrás, além de desenhos de portas que preservam as soleiras limpas para não sujar a barra da calça ao entrar e sair.
A central de áudio do Lexus usa um painel sensível ao toque no console para várias funções, o que torna o acionamento mais confortável, mas menos intuitivo
Vantagens do RAV4 são assistentes do facho dos faróis e para se manter na faixa da via, bancos dianteiros com ventilação, carregador de celular por indução, comando a distância para abrir e fechar vidros e teto, controlador de distância à frente (que não atua no tráfego lento), teto solar amplo com controle elétrico (até para o forro) e nada menos que cinco tomadas USB na cabine, ante duas do concorrente. A favor do NX temos ajuste elétrico também do banco do passageiro da frente, faixa degradê no para-brisa, molas a gás para manter o capô aberto e rebatimento elétrico dos retrovisores externos.
As centrais de áudio, com tela de 8 polegadas (NX) ou 7 pol (RAV4) e integração a celular por Android Auto e Apple Car Play, produzem som de alta qualidade. O Lexus usa um painel sensível ao toque no console para várias funções, o que permite a posição elevada da tela sem tornar o acionamento cansativo, mas acaba sendo menos intuitivo nesses tempos em que nos habituamos a tocar o comando visualizado. Pontos melhoráveis no NX são a escassez de espaços para objetos, a anacrônica (embora funcional) alavanca do controlador de velocidade, que no rival deu lugar a botões no volante; e os comandos de ar-condicionado, cujas luzes indicadoras desaparecem sob a luz solar.
NX: tela de 8 pol comandada por painel no console e ajuste elétrico do volante; como no rival, seletor de modos de condução e ar-condicionado de duas zonas
RAV4: tela de toque de 7 pol, carregador por indução, ventilação nos bancos, teto solar, memórias de ajuste, mais tomadas USB, controladores de distância e de faixa, porta-malas elétrico e modo de condução Trail
Posto do motorista
Os dois oferecem bancos bem definidos e com ajuste elétrico, embora apenas no RAV4 o apoio lombar seja regulável, e boa posição dos pedais e do volante (este com ajuste elétrico no Lexus). Os instrumentos do NX são interessantes: parecem um simples quadro analógico, mas o mostrador de uso de energia (comum ao RAV4) na verdade tem fundo digital, tornando-se um conta-giros ao acionar o modo de condução Sport — no outro modelo falta a informação de rotação. Os dois mostram como a energia está fluindo da bateria aos motores e vice-versa, a que o Toyota acrescenta um mostrador da distribuição de torque entre os eixos.
Os faróis equivalem-se em alto nível, pois usam leds em refletores elipsoidais de grande eficiência. Há faróis e luz traseira de neblina, luzes diurnas por leds e repetidores laterais das luzes de direção nos dois carros, que permitem bom campo visual, com colunas dianteiras de espessura razoável. Ótimos os retrovisores do NX, biconvexos em ambos os lados. Os do RAV4 poderiam ter perfil mais baixo.
Espaço interno é semelhante e muito bom nos dois, mas o RAV4 vence em capacidade de bagagem
Espaço interno
Semelhantes em tamanho, os dois SUVs acomodam os ocupantes da mesma maneira: com boas largura e altura para cinco adultos e ótimo espaço para pernas para os passageiros de trás, mas esse banco tem formato inadequado para três pessoas e encosto muito incômodo na posição central.
Porta-malas
O sistema híbrido não impede que o RAV4 ofereça ótima capacidade de bagagem, 580 litros. A do NX (475 litros) poderia ser maior em um SUV desse porte. O acionamento elétrico da tampa do Toyota (que pode ser comandado pelo movimento do pé sob o para-choque) é bastante conveniente, mesmo porque a porta do Lexus é pesada de fechar. Embora tenha encosto bipartido nos dois carros, o banco traseiro usa assento fixo, pois abaixo dele está a bateria de alta tensão.
Preços
NX | RAV4 | |
Sem opcionais | R$ 238.990 | R$ 213.990 |
Como avaliado | R$ 238.990 | R$ 213.990 |
Completo | R$ 238.990 | R$ 216.340 |
Preços sugeridos em 14/4/20 para São Paulo, SP; apenas o preço completo inclui pinturas especiais; menores preços em destaque |
Equipamentos de série e opcionais
• NX 300 H Dynamic – Ar-condicionado automático de duas zonas, assistente de saída em rampa, bancos revestidos em couro com ajuste elétrico dos dianteiros, bolsas infláveis laterais dianteiras, de joelhos do motorista e de cortina; câmera traseira de manobras, central de áudio com tela de 8 pol, toca-DVDs e integração a celular por Android Auto e Apple Car Play; chave presencial para acesso e partida, controlador de velocidade, controle eletrônico de estabilidade e tração, faróis automáticos de leds, faróis e luz traseira de neblina, freio de estacionamento com comando elétrico, limpador de para-brisa automático, retrovisor interno fotocrômico, rodas de alumínio de 18 pol, volante com ajuste elétrico em altura e distância.
• RAV4 SX – Ar-condicionado automático de duas zonas, assistentes de facho dos faróis e de manutenção na faixa, assistente de saída em rampa, bancos dianteiros com ventilação, bancos revestidos em couro com ajuste elétrico e memória no do motorista, bolsas infláveis laterais dianteiras, de joelhos do motorista e de cortina; câmera traseira de manobras, central de áudio com tela de 7 pol, toca-DVDs e integração a celular por Android Auto e Apple Car Play; carregador de celular por indução, chave presencial para acesso e partida, controlador de velocidade e distância à frente, controle eletrônico de estabilidade e tração, faróis automáticos de leds, faróis e luz traseira de neblina, freio de estacionamento com comando elétrico, limpador de para-brisa automático, monitor frontal com frenagem automática, retrovisor interno fotocrômico, rodas de alumínio de 18 pol, tampa traseira com acionamento elétrico, teto solar com controle elétrico, volante ajustável em altura e distância.
• Garantia – Quatro anos ou 100 mil km (NX) ou três anos sem limite de quilometragem (RAV4); 8 anos para bateria e sistema híbrido sem limite de quilometragem (ambos).
Motor a gasolina de 2,5 litros soma-se aos elétricos em ambos, mas com projetos e resultados diferentes; o Toyota é mais rápido e claramente mais econômico
Motor e desempenho
Pode-se supor que os dois carros compartilham o conjunto mecânico, pois usam motor a gasolina de 2,5 litros em sistema híbrido. Engano: na verdade, as unidades de quatro cilindros são diferentes, assim como o número de motores elétricos (dois no NX e três no RAV4) e o rendimento de cada um.
Quem somar as potências dos motores chegará a cerca de 300 cv por modelo, sugerindo SUVs de alto desempenho — engano novamente. Eles são ajustados para se complementarem, ou seja, os elétricos atuam mais nas condições em que o motor a combustão tem pouco torque a oferecer. Quando este funciona a pleno, os elétricos trabalham menos. Assim, a potência combinada fica em 200 cv no Lexus e 222 no Toyota, o que se traduz em boas respostas no uso urbano, mas apenas medianas — mais contidas no caso do NX — quando se busca, por exemplo, ganhar velocidade rapidamente em rodovia.
Na pista de testes a vantagem do RAV4 ficou clara, como ao acelerar de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos (ante 9,3 s) e retomar de 60 a 120 km/h em 8,4 s (contra 10 s). Onde o NX agrada mais é na suavidade do motor: o do Toyota, como o 1,8-litro de Prius e Corolla, tem uma operação áspera em certas condições.
Transmissão CVT dos dois carros permite seleção manual entre seis relações, mas usa alongamento gradual ao acelerar fundo para o melhor desempenho
As transmissões automáticas de variação contínua (CVT) permitem mudanças manuais entre seis marchas simuladas (só no NX há comandos no volante), para uma sonoridade mais esportiva e para produzir freio-motor ao desacelerar. Não é uma seleção exata da marcha, mas uma limitação: S5, por exemplo, só tira a sexta de ação. Nas acelerações a pleno é usado o alongamento gradual, como deve ser para melhor desempenho — não o arranjo que tem sido comum nas CVTs, com sua falsa sensação de potência.
Na pista de testes a vantagem do RAV4 ficou clara, como ao acelerar de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos ante 9,3 s; onde o NX agrada mais é na suavidade do motor
Ambos os carros obtêm tração integral quando o motor elétrico traseiro entra em ação, de modo automático, o que dispensa cardã e elimina perdas mecânicas, e oferecem modos de condução Normal, Sport, Eco (econômico) e EV (apenas elétrico). A agilidade varia bastante entre eles, pois Sport faz os motores elétricos atuarem mais que os outros modos. O RAV4 traz ainda o programa Trail, com parâmetros de tração, frenagem e controle de tração adequados ao uso fora de estrada. Vale notar que, com bateria de pequena capacidade (1,6 kWh), eles conseguem rodar em modo elétrico por pouco tempo — um quilômetro, se muito, como informado no manual — e só com uso bem leve de acelerador.
Consumo
Imaginou que o mais rápido RAV4 teria maior consumo? Errado: ele foi mais econômico de forma consistente nas três condições de medição, com destaque para os excelentes 20,3 km/l no trajeto urbano leve — melhores que qualquer carro pequeno. Pode-se atribuir sua vantagem sobre o NX à combinação de injeções direta e indireta (cada uma usada no momento mais apropriado), ao projeto mais moderno (que provavelmente usa mais os motores elétricos que o rival nas situações de tráfego mais comuns) e ao peso do carro, 145 kg mais baixo.
Com plataforma mais moderna, o Toyota usa calibração mais confortável na suspensão sem prejuízo da boa estabilidade; pneus têm a mesma medida do Lexus
Como em rodovia o motor a combustão trabalha com mais frequência, os resultados de ambos foram piores que em cidade. Em todas as medições, tomamos o cuidado de que a carga indicada da bateria ao fim fosse similar à do começo do teste.
Comportamento dinâmico
Apesar de usarem os mesmos conceitos de suspensão, os “primos” não compartilham a plataforma: a do RAV4 é a moderna TNGA comum ao novo Corolla, enquanto a da geração anterior do SUV serviu de base para o NX. Outro aspecto que os diferencia é a calibração de suspensão: firme no Lexus, para uma sensação mais dinâmica, e suave no Toyota, que oferece mais conforto de rodagem usando pneus de medida idêntica.
O NX revela maior controle de movimentos e da inclinação em curvas, o que não significa atitude esportiva: ao tomar curvas realmente rápido, o carro perde a compostura e o controle eletrônico de estabilidade é chamado a cortar potência bruscamente. Por isso, preferimos o acerto do RAV4, que praticamente o acompanha em curvas. Nos dois a absorção de impactos poderia melhorar (sobretudo no Lexus, que ainda controla mal a distensão em lombadas), mas a direção está bem calibrada e os freios são eficazes. Só estranhamos no RAV4 o ruído quando os freios são acionados, ou seja, quando a regeneração de energia não basta para desacelerar — não ocorreu no NX ou mesmo no Corolla híbrido.
Eficientes faróis de leds equipam os dois modelos, que são completos também em segurança passiva, com direito a bolsa inflável para os joelhos do motorista
Segurança passiva
Ambos estão muito bem dotados nesse quesito, com bolsas infláveis laterais dianteiras, de joelhos do motorista e de cortina, além dos recursos obrigatórios (encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos e fixações Isofix para cadeira infantil). O NX tem ainda uma bolsa inflável no assento do passageiro à frente, que complementa a do painel.
Custo-benefício
Custar 11,7% a mais não seria um problema para o NX 300 H, se ele apenas acrescentasse a marca de prestígio aos mesmos atributos do RAV4 — mas não é o que acontece. Primeiro porque, nessas versões mais próximas em preço, o Toyota vem com vários equipamentos a mais tanto de conforto quanto de assistência ao motorista. Segundo porque, tendo um projeto mais recente, o “primo pobre” conseguiu melhores resultados em desempenho, consumo e conforto de rodagem, além de oferecer mais espaço para bagagem.
A favor do Lexus, além do que o emblema na grade pode representar (cujo valor é muito pessoal), está apenas o estilo mais agradável. Não resta a menor dúvida: entre esses SUVs híbridos do mesmo grupo, o Toyota é aquele que oferece mais… e ainda custa menos.
Mais Avaliações
Nossas notas
NX | RAV4 | |
Estilo | 4 | 3 |
Acabamento e conveniência | 4 | 5 |
Posto do motorista | 4 | 4 |
Espaço interno | 4 | 4 |
Porta-malas | 4 | 5 |
Motor e desempenho | 3 | 4 |
Consumo | 4 | 5 |
Comportamento dinâmico | 3 | 4 |
Segurança passiva | 5 | 5 |
Custo-benefício | 3 | 4 |
Média | 3,8 | 4,3 |
Posição | 2º. | 1º. |
As notas vão de 1 a 5, sendo 5 a melhor; conheça nossa metodologia |
Desempenho e consumo
NX | RAV4 | |
Aceleração | ||
0 a 100 km/h | 9,3 s | 8,1 s |
0 a 120 km/h | 13,0 s | 11,2 s |
0 a 400 m | 16,7 s | 15,7 s |
Retomada | ||
60 a 100 km/h* | 5,9 s | 5,2 s |
60 a 120 km/h* | 10,0 s | 8,4 s |
80 a 120 km/h* | 7,3 s | 6,2 s |
Consumo | ||
Trajeto leve em cidade | 15,9 km/l | 20,3 km/l |
Trajeto exigente em cidade | 8,4 km/l | 11,2 km/l |
Trajeto em rodovia | 11,0 km/l | 13,7 km/l |
Testes com gasolina; *reduções automáticas; melhores resultados em negrito; conheça nossos métodos de medição |
Ficha técnica
NX | RAV4 | |
Motor | ||
Posição | transversal | transversal |
Cilindros | 4 em linha | 4 em linha |
Comando de válvulas | duplo no cabeçote | duplo no cabeçote |
Válvulas por cilindro | 4, variação de tempo | 4, variação de tempo |
Diâmetro e curso | 90 x 98 mm | 87,5 x 103,4 mm |
Cilindrada | 2.494 cm³ | 2.487 cm³ |
Taxa de compressão | 12,5:1 | 14:1 |
Alimentação | injeção multiponto sequencial (RAV4: também injeção direta) | |
Potência máxima | 155 cv a 5.700 rpm | 178 cv a 5.700 rpm |
Torque máximo | 21,4 m.kgf a 4.400 rpm | 22,5 m.kgf a 3.600 rpm |
Sistema híbrido | ||
Potência dos motores elétricos | 143 cv | 120 cv |
Torque dos motores elétricos | 27,5 m.kgf | 20,6 m.kgf |
Potência combinada (motores elétricos e a combustão) | 200 cv | 222 cv |
Capacidade da bateria | 1,6 kWh | 1,6 kWh |
Transmissão | ||
Tipo de caixa e marchas | automática de variação contínua | |
Tração | integral sob demanda | integral sob demanda |
Freios | ||
Dianteiros | a disco ventilado | a disco ventilado |
Traseiros | a disco | a disco |
Antitravamento (ABS) | sim | sim |
Direção | ||
Sistema | pinhão e cremalheira | pinhão e cremalheira |
Assistência | elétrica | elétrica |
Suspensão | ||
Dianteira | independente, McPherson, mola helicoidal | |
Traseira | independente, braços sobrepostos, mola helicoidal | |
Rodas | ||
Dimensões | 18 pol | 18 pol |
Pneus | 225/60 R 18 | 225/60 R 18 |
Dimensões | ||
Comprimento | 4,64 m | 4,60 m |
Largura | 1,845 m | 1,855 m |
Altura | 1,645 m | 1,685 m |
Entre-eixos | 2,66 m | 2,69 m |
Capacidades e peso | ||
Tanque de combustível | 56 l | 55 l |
Compartimento de bagagem | 475 l | 580 l |
Peso em ordem de marcha | 1.900 kg | 1.755 kg |
Desempenho e consumo | ||
Velocidade máxima | 180 km/h | 180 km/h |
Aceleração de 0 a 100 km/h | 9,2 s | 8,4 s |
Consumo em cidade | 12,6 km/l | 14,3 km/l |
Consumo em rodovia | 11,2 km/l | 12,8 km/l |
Dados dos fabricantes; ND = não disponível; consumo conforme padrões do Inmetro |