Auto Livraria Best Cars
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos
No Result
View All Result
Auto Livraria Best Cars
No Result
View All Result
Home Informe-se Colunas Carro, Micro & Macro

Automobilismo: o kart e o futebol de várzea

17/10/2017
in Carro, Micro & Macro

Carro Micro e Macro

Com o patrocínio concentrado nas categorias de elite, o Brasil perde a oportunidade de novos talentos ao volante

 

Durante muitos anos participei de um esporte a cavalo e cheguei bem alto nas competições. Minhas opiniões estavam sempre em choque com as dos que queriam elitizar o esporte e, infelizmente, foram elas que venceram: hoje a modalidade conta com uns gatos pingados somente, não dando empregos nem pondo a competir os melhores independentemente da capacidade financeira. Nas reuniões de que participava, defendia que as regras do campeonato deveriam privilegiar as provas locais e de baixo custo porque elas seriam a mina que, se bem garimpada, traria à mostra os grandes talentos.

Alguns opositores diziam que regras de campeonato não são marketing. Como não? Então não são elas que arrebanham público? Será que o que estamos vendo no automobilismo nacional não guarda extrema semelhança como que temos visto no futebol brasileiro? Quem vende bolas, uniformes e chuteiras, o futebol de várzea ou a seleção nacional? Por que um motorista comum não pode simplesmente brincar de automobilismo, senão em frente a um computador?

 

Pode haver pilotos talentosos escondidos em tratoristas, taxistas ou vendedores externos, que não podem mostrar suas habilidades porque o esporte elitizou-se

 

Largada de karts da categoria Stock 125: competição faz sucesso no interior do País (foto: Claudio Planet Kart)
Largada de karts da categoria Stock 125: competição faz sucesso no interior do País (foto: Claudio Planet Kart)

Em minhas andanças profissionais pelo interior, observei que o kart é cultuado em cidades de menos de 20 mil habitantes em estados como o Mato Grosso. Profissionais de renda média, como tratoristas, competem com macacões imitando os usados na Fórmula 1. Noutra feita voei para Araguaína, TO, com uma delegação de competidores infantis de kart e, pela minha conversa, um pai de participante perguntou: “Mas como é que você vai cobrir a prova sendo cego?”. Tive de explicar que eu nem mesmo compareceria à prova, que estava indo a trabalho para uma fazenda.

A experiência do Mato Grosso era mais parecida com o futebol de várzea, enquanto a do Tocantins mais lembrava uma escolinha de futebol, hoje tão comuns na capital. A primeira experiência era espontânea, a segunda controlada, até federada. Lembrei-me então de um campeonato que revelou jogadores fantásticos de futebol entre os extintos office-boys. Eram jogos de futebol de salão, na hora do almoço, em quadras improvisadas no centro de São Paulo. Chamava-se futeboys. Assim, pode haver pilotos talentosos escondidos por trás de tratoristas, taxistas — como Danny Sullivan — ou vendedores externos, que não podem mostrar suas habilidades porque o esporte elitizou-se.

Enquanto isso, os autódromos e kartódromos ficam às moscas acumulando déficits que, fatalmente, os levarão à bancarrota — daí derivar seu uso para espetáculos como Lollapalooza. Isso acontece por inúmeros motivos. Um deles, o desinteresse dos jovens pelos automóveis, tanto que nem carteira de habilitação tiram. Outro, que os carros se sofisticaram tanto que ficou quase impossível preparar um numa oficina de fundo de quintal, em que o proprietário, o piloto e o preparador são uma só pessoa. Ainda, porque a mídia concentrou-se no topo da pirâmide e acarretou para lá todo o patrocínio.

 

 

Direito de arena e recebíveis

A mídia fez algo muito pior: transformou as transmissões, mais notadamente o direito de arena, numa fonte do que o mercado financeiro chama de recebíveis. Hoje, esses valores são adiantados aos clubes de futebol, às equipes de Stock Car, até mesmo da Fórmula Truck, enquanto as modalidades mais acessíveis às pessoas comuns ficam à margem, sem meios para se manterem competitivas.

Já ouvi organizadores argumentarem que pilotos produzidos em laboratório, como Sebastian Vettel e Lewis Hamilton, não são fruto das categorias inferiores, muito menos do kartismo. Afirma-se que são resultado de muito treino específico em ambiente controlado para maximizar velocidade de reflexos, concentração e conformação física altamente especializados para brilhar na Fórmula 1, ao passo que a maioria dos competidores são os que trazem dinheiro para as equipes. Pode ser, só que eles não foram escolhidos na maternidade. Em algum lugar eles chamaram a atenção e então foram pinçados.

 

O alcance das transmissões determina a verba dos patrocinadores a campeonatos e equipes: aquilo que não aparece não atrai recursos

 

A Fórmula Uno dos anos 90, uma das categorias de custos acessíveis que não existem mais
A Fórmula Uno dos anos 90, uma das categorias de custos acessíveis que não existem mais

Como funciona essa estória de recebíveis? Assim como times de futebol, mas em muito menor escala, as equipes recebem pelo direito de arena ou direito de imagem, dependendo do contrato e das regras que regem o campeonato. Parte desse valor vai para a organização, parte é distribuída entre as equipes. Ocorre que tanto a primeira quanto a segunda não podem esperar as transmissões para receberem esses valores, que são mais ou menos fixos dependendo dos contratos de patrocínio.

Os documentos gerados ficam na categoria de recebíveis e acabam, via emissoras, indo parar em fundos de investimento, enquanto os valores, deduzidos os juros, são adiantados para cobrirem as despesas operacionais. Então, tudo passa a depender financeiramente de quem mostra, porque é o alcance das transmissões que determina a verba que os patrocinadores destinam aos campeonatos e às equipes. Não é de se surpreender que aquilo que não aparece não atrai recursos e todos eles concentrem-se nas competições de topo.

Pôr toda a culpa nas emissoras também é injusto: o circo da Fórmula 1, com seus prêmios de largada e verbas em função da classificação do ano anterior, faz isso mundialmente. Não é somente no Brasil que as categorias de base estão sofrendo, é no mundo inteiro. Nos Estados Unidos, graças à alta renda e ao símbolo de liberdade que o carro ainda representa, há inúmeras categorias e muitas delas acessíveis. Mesmo assim, a queda de arrecadação com competições é um fenômeno mundial. No Brasil, categorias simpáticas que usavam carros como Chevrolet Corsa, Fiat Uno e Palio e Ford Fiesta simplesmente desapareceram e, com essa elitização, as oficinas ao redor dos autódromos, se não fecharam, já não têm o mesmo movimento.

Será que isso tem solução? Ao ver do colunista, não nos moldes tradicionais, porque tudo tem seu momento histórico e o automobilismo não foge à regra. É possível transformar o esporte em um negócio acessível de prestação de serviços, talvez com o aluguel de automóveis para que pessoas habilitadas em categorias possam participar de provas com investimento mínimo. Não seria um modelo parecido com as pistas de kart em recinto fechado, porque os autódromos serviriam também para competições oficiais e teriam de se manter homologados. Seria algo capaz de mantê-los ativos pelo ano todo, fossem privatizados ou públicos.

P.S.: Esta semana completo um ano como colunista do Best Cars. Estou muito feliz por poder compartilhar coisas que sei, outras que pesquiso e muitas que gostaria de saber, e aprender com os leitores do site. Muito obrigado pela paciência.

Coluna anterior

A coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars

 

Tags: automobilismoCarro Micro e Macrocolunascompetição

Related Posts

Peugeot: dos ralis a Le Mans, a trajetória de sucesso em competições
Auto Livraria - Peugeot

Peugeot: dos ralis a Le Mans, a trajetória de sucesso em competições

08/05/2024
30 anos sem Ayrton Senna: revistas com o grande campeão
Auto Livraria - automobilismo

30 anos sem Ayrton Senna: revistas com o grande campeão

24/04/2024
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Brasil sem fabricantes de automóveis, doce ilusão

28/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Indústria de automóveis e aporte de capital, uma luz no fim do túnel

14/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Álcool: da fazenda aos postos, a saga continua

30/04/2021

Novidades da Auto Livraria

Silverado e Grand Blazer: catálogos com os utilitários da Chevrolet
Auto Livraria - Chevrolet

Silverado e Grand Blazer: catálogos com os utilitários da Chevrolet

Prospectos e pôster originais da picape e do SUV com motores de seis cilindros - a partir de R$ 149

05/06/2025
Police Cars: livro com centenas de carros de polícia americanos
Livros multimarca

Police Cars: livro com centenas de carros de polícia americanos

Mais de 200 páginas com automóveis e utilitários de corporações policiais - R$ 199

03/06/2025

Quadros decorativos

Scania: quadros decorativos com caminhões e ônibus antigos
Auto Livraria - Scania

Scania: quadros decorativos com caminhões e ônibus antigos

Quadros dos pesados em propagandas originais, matérias de revistas e páginas de livro - a partir de R$ 49

02/06/2025
XTZ, Ténéré, XT 660, Super Ténéré: as Yamahas de trilha em quadros
Auto Livraria - motos

XTZ, Ténéré, XT 660, Super Ténéré: as Yamahas de trilha em quadros

Quadros decorativos com a linha de uso misto com opções de 125 a 1.200 cm³ - a partir de R$...

26/05/2025

Destaques em revistas

Quatro Rodas 1990 a 1994: Omega, XR3, Uno Turbo, os importados
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas 1990 a 1994: Omega, XR3, Uno Turbo, os importados

Revistas com o período da abertura das importações e nacionais de uma grande época - a partir de R$ 15

22/05/2025
Oficina Mecânica: técnica, preparação e testes – 1995 a 2001
Revista Oficina Mecânica

Oficina Mecânica: técnica, preparação e testes – 1995 a 2001

Edições com testes de nacionais e importados, dicas de mecânica e "veneno" - a partir de R$ 19

20/05/2025
  • Canal no Whatsapp
  • Instagram
  • Política de privacidade
No Result
View All Result
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos

Consentimento de cookies

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Clique em Aceitar para concordar com as condições ou Negar para não aceitar.

Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
Compre pelo Whatsapp