Auto Livraria Best Cars
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos
No Result
View All Result
Auto Livraria Best Cars
No Result
View All Result
Home Informe-se Colunas Carro, Micro & Macro

O automóvel, o mundo do café e a revolução disruptiva

11/12/2018
in Carro, Micro & Macro

Como os cafeicultores, a indústria observa a concorrência e, na próxima onda de investimento, aposta no que dá certo

 

Existem coisas aparentemente tão afastadas entre si que as extremas semelhanças de que desfrutam nos passam desapercebidas. A indústria de automóveis e o mundo do café são um caso assim. Vou fazer uma comparação, começando pelo café, até em honra à minha família pelo lado alemão — depois de uma guerra em que a Dinamarca e a Prússia disputaram o Ducado de Schleich-Holstein, meu trisavô veio para o Brasil, estabelecendo-se como produtor, enquanto seu filho, igualmente alemão, e seu neto, o primeiro médico e o segundo comerciante, dedicaram-se também à exportação do produto, o que está nas mãos dos alemães até hoje.

Quando o café migrou do Vale do Paraíba para o Oeste Paulista, trocou a mão de obra escrava pela dos imigrantes e, mais do que isso, criou-se uma rotina destinada a acompanhar os avanços tecnológicos que perdura até hoje. Um cafeicultor profissional planta seu cafezal, espera três anos pela primeira colheita, colhe por cinco anos, faz a recepa, espera um ano para o cafeeiro refazer sua copa e voltar a produzir, colhe por mais cinco anos, decepa o cafeeiro, espera mais um ano para ele se recuperar, colhe por mais cinco anos e, finalmente, erradica o cafezal para recomeçar o ciclo. Recepar é cortar o caule a 1,6 metro e decepar é fazê-lo a 90 cm. Isso se deve a que o cafeeiro só dá café em ramas novas e a estabilização da copa, naturalmente, reduz em muito a produtividade.

 

Em vários casos de adoção de tecnologia pela GM, ela não foi inventora: na verdade, esperou a solução ficar madura para depois empregar

 

A Tesla adotou um oscilador que transforma a corrente contínua das baterias em alternada, usando-se motores síncronos

Existem variações desse ciclo, como a desbrota anual e o esqueletamento, que também visa adequar a forma da copa para um incidência solar equânime pela cobertura foliar, tal que os frutos amadureçam de forma tão homogênea quanto possível. Por que erradicar o cafezal? Principalmente para aproveitar a seleção genética, além do avanço nas práticas agrícolas, que se fizeram durante aqueles 20 anos, aumentando a produtividade, a resistência às doenças e a qualidade do fruto.

Foi erradicando cafezais em fim de vida útil que o espaçamento passou de 4 m x 4 m com um pé por cova, ou 625 pés/ha, para o mesmo espaçamento alternando entre dois pés e um pé por cova, ou 938 pés/ha, até chegar aos atuais 0,7 m x 3,8 m para colheita mecanizada, ou 2.631 pés/ha, já descontando os carreadores. Isso não significa que tudo tenha acontecido de forma sincronizada, nem no mesmo espaço. Cafés de montanha costumam ter espaçamento específico porque a mecanização é impossível, usando-se o plantio superadensado com até 5.000 pés/ha. Entre os cafeicultores há os arrojados que tentam as novidades e os conservadores, que ficam observando e, se der certo, copiam.

Pode-se dizer que o cafeicultor é a expressão viva das teorias de Joseph Schumpeter (1883-1950), que definiu a revolução disruptiva como sendo o abandono de um produto ou método de produção por outro totalmente inovador; daí para a frente, é melhoria contínua.

 


Auto Livraria

 

Esperar o amadurecimento

A indústria de automóveis, por muito conservadora que seja, age de forma semelhante. Quando minha mãe teve um Chevrolet de Luxe, precursor do Bel Air, eu ficava impressionado com a extrema semelhança que ele tinha com o Pontiac do mesmo ano. Eram o mesmo carro, só que o outro tinha uma faixa cromada que o cobria até à traseira. O mesmo acontecia com o Cadillac Fleetwood e o Pontiac Fastback. Essa plataforma só foi abandonada em 1958, quando a GM adotou, para todos os seus modelos norte-americanos, o chassi perimetral, que reduziu a altura dos veículos. Essa tecnologia foi empregada por toda a linha até 1976, quando se generalizou o monobloco. Note-se que em nenhum dos casos ela foi inventora: na verdade, ela esperou a tecnologia ficar madura para depois empregar.

Esses saltos tecnológicos não são nada abruptos. O Opel Kapitän de 1939 já era monobloco, o Oldsmobile Toronado 1966 já tinha tração dianteira e o Chevrolet Corvair foi uma experiência com motor traseiro e refrigeração a ar, que não deu certo, mas foi tentada. Assim como há os cafeicultores que insistem no plantio superadensado em locais montanhosos e de competitividade discutível, a indústria de automóveis também encontra os recalcitrantes — como o Morris Oxford, que ficou em produção de 1957 a 2014 na Índia como Hindustan Ambassador, sem falar na nossa Kombi.

 

Assim que houver consenso sobre sistemas de controle do carro elétrico, os estertores dos motores a combustão vão ficar mais evidentes: o último a sair apague a luz

 

O Opel Kapitän de 1939 já usava monobloco, mas nos EUA a GM seguiu com chassi em carros grandes até os anos 70

O mesmo está acontecendo agora com a adoção do carro elétrico, como demonstrou a variedade de modelos e tecnologias apresentadas no último Salão do Automóvel em São Paulo. Inúmeras tentativas têm sido feitas, mas de forma a não comprometer os resultados da empresa, até que uma tecnologia se estabeleça e todos a possam seguir, dando início a um novo ciclo de inovação baseada na melhoria contínua.

O que viabilizou os carros elétricos foram os sistemas eletrônicos de controle. Quando se usavam somente reostatos para controle da rotação dos motores de corrente contínua, faltava torque em baixa rotação. A primeira solução para isso veio com o PWM (pulse width modulation ou modulação de largura de pulso). Dessa forma, em vez de diminuir a tensão, o que aumentava a corrente para manter a potência, passou-se a imprimir uma sequência de pulsos de largura e frequência variáveis, sempre com tensão e corrente máxima.

A outra solução, adotada pela Tesla, foi o emprego de um oscilador que transforma a corrente contínua das baterias em alternada, usando-se motores síncronos, controlando-se a rotação via variação de tensão e frequência, sempre com a máxima corrente. Num veículo elétrico, o sistema de controle custa mais caro que o motor, mas não que as baterias, que chegam a 60% do valor do veículo. Se os sistemas de controle ainda não se tornaram padronizados, muito menos as baterias e seus métodos de carga. Assim que houver consenso, os estertores dos motores a combustão vão ficar mais evidentes, até que o último a sair apague a luz.

Isso significa que, a exemplo dos cafeicultores, a indústria de automóvel está observando o que a concorrência faz e, na próxima onda de investimento — que equivale à erradicação do cafezal —, vai apostar no que dá certo.

Coluna anterior

A coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars

 

Tags: Carro Micro e Macrocolunaselétrico

Related Posts

O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Brasil sem fabricantes de automóveis, doce ilusão

28/05/2021
Fora de estrada

Volvo traz XC40 elétrico de 408 cv ao Brasil por R$ 390 mil

18/05/2021
Volvo passa a vender só carros elétricos e híbridos no Brasil
Notícias

Volvo passa a vender só carros elétricos e híbridos no Brasil

18/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Indústria de automóveis e aporte de capital, uma luz no fim do túnel

14/05/2021
O Nobel de Economia e a indústria de automóveis
Carro, Micro & Macro

Álcool: da fazenda aos postos, a saga continua

30/04/2021

Novidades da Auto Livraria

0Km: revistas com Fiat, Alfa Romeo e Ferrari dos anos 90
Auto Livraria - Alfa Romeo e FNM

0Km: revistas com Fiat, Alfa Romeo e Ferrari dos anos 90

Fiat Coupé, Alfa Romeo 145, Ferrari F50 e mais na revista dedicada ao grupo - a partir de R$ 19

30/05/2025
Parati “quadrada”: revistas com a perua de apelo jovial da VW
Auto Livraria - Volkswagen

Parati “quadrada”: revistas com a perua de apelo jovial da VW

Quatro Rodas com versões LS, GLS, Surf e outras em testes, comparativos e histórias - a partir de R$ 19

27/05/2025

Quadros decorativos

XTZ, Ténéré, XT 660, Super Ténéré: as Yamahas de trilha em quadros
Auto Livraria - motos

XTZ, Ténéré, XT 660, Super Ténéré: as Yamahas de trilha em quadros

Quadros decorativos com a linha de uso misto com opções de 125 a 1.200 cm³ - a partir de R$...

26/05/2025
Toyota Bandeirante: quadros com propagandas e matérias do 4×4
Auto Livraria - Toyota

Toyota Bandeirante: quadros com propagandas e matérias do 4×4

Quadros com publicidades e matérias de revistas das décadas de 1960 a 1990 - a partir de R$ 59

22/05/2025

Destaques em revistas

Quatro Rodas 1990 a 1994: Omega, XR3, Uno Turbo, os importados
Revista Quatro Rodas

Quatro Rodas 1990 a 1994: Omega, XR3, Uno Turbo, os importados

Revistas com o período da abertura das importações e nacionais de uma grande época - a partir de R$ 15

22/05/2025
Oficina Mecânica: técnica, preparação e testes – 1995 a 2001
Revista Oficina Mecânica

Oficina Mecânica: técnica, preparação e testes – 1995 a 2001

Edições com testes de nacionais e importados, dicas de mecânica e "veneno" - a partir de R$ 19

20/05/2025
  • Canal no Whatsapp
  • Instagram
  • Política de privacidade
No Result
View All Result
  • Catálogos
    • Alfa Romeo e FNM
    • BMW
    • Chevrolet / GM
    • DKW-Vemag
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Outras marcas
  • Livros
  • Manuais
  • Quadros
    • Alfa Romeo e FNM
    • Audi
    • BMW
    • Chevrolet
    • Chrysler, Dodge e Jeep
    • DKW-Vemag
    • Ferrari
    • Fiat
    • Ford
    • Honda (automóveis)
    • Honda (motos)
    • Land Rover
    • Mercedes-Benz
    • Mitsubishi
    • Porsche
    • Scania
    • Simca
    • Toyota
    • Volkswagen
    • Volvo
    • Willys-Overland
    • Yamaha
    • Outras marcas
    • Outras motos
    • Outros caminhões
  • Revistas
    • Auto Esporte
    • Motor 3
    • Oficina Mecânica
    • Quatro Rodas
    • Outras revistas nacionais
    • Revistas importadas
  • Avaliações
    • Avaliações
    • Comparativos
    • Guias de Compra
    • Os melhores nos testes
  • Passado
  • Arquivo
    • Colunas
    • Consultório Técnico
    • Curiosidades
    • Notícias
    • Supercarros
    • Técnica
    • Teste do Leitor – carros
    • Teste do Leitor – motos
  • Escreva-nos

Consentimento de cookies

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Clique em Aceitar para concordar com as condições ou Negar para não aceitar.

Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
Compre pelo Whatsapp