Sem sistema de áudio e mais simples nos revestimentos, o DX aparecia como
versão mais em conta; bolsas infláveis frontais permaneciam itens de série
“O tamanho do carro e o conforto proporcionado são excelentes. A economia (com gasolina, média de 11 km/l em uso misto cidade/estrada) e as belas linhas também são elogiáveis, além dos três anos de garantia. Também destaco o amplo espaço no banco traseiro e a ergonomia nos comandos — os do som e do piloto automático no volante são sensacionais”, enumera Joni Roberto Maron, de Porto Alegre, RS, também dono de um City EX automático 2010.
Outro proprietário muito satisfeito é Renato Sobrinho Meneses Dantas, de Belo Horizonte, MG: “O motor e a transmissão automática movimentam o City numa boa. Não é arisco, mas dá conta do recado. A 120 km/h está em apenas 2.500 rpm. No trânsito, o City transmite para o habitáculo mais ondulações do asfalto em comparação com o Polo sedã. Mas o principal ponto positivo é a confiança que os automóveis da Honda transmitem ao proprietário”. Seu carro é um LX automático 2010.
Em que pese as qualidades, o Honda City foi o primeiro caso do Guia de Compra em que o grau de satisfação com a rede de concessionárias foi superior ao dos proprietários com o carro. Isso aponta um bom serviço da rede de assistência, mas também uma relação custo-benefício pouco vantajosa e a ocorrência de pontos negativos relevantes.
O modelo 2013 trouxe as únicas mudanças do City até agora: retoques na
aparência, novos itens de série e aumento do tanque de combustível
“O barulho das rodas, barulho do motor gritando a 3.000 rpm (a 100 km/h já é muito alto), não ser possível subir os vidros pelo alarme, o plástico duro das portas, a suspensão muito dura e a sensação de flutuação em alta velocidade em linha reta são os pontos críticos do carro. A Honda errou feio ao economizar em materiais fonoabsorventes. O motor em si, é muito bom para um 1.5. Não é a toa que o City não seja vendido na Europa nem nos EUA: seria um fracasso descomunal. Se quer um carro para cidade, serve. Para estrada, fuja dele, a não ser que não se importe em ter como companhia o urrar de um leão ou andar a menos de 100 km/h”, desabafa Armando dos Santos Maia, do Rio de Janeiro, RJ, dono de um City LX manual 2010.
Milton Ferrari Filho roda por Cachoeiro de Itapemirim, ES, com outro LX manual 2010 e não está satisfeito: “O carro não consegue esconder que é um projeto adaptado. Algumas coisas são ridiculamente malfeitas: a ergonomia é horrível; para reclinar o banco do motorista tem que fazer contorcionismos. A suspensão não é confortável e nem dá estabilidade, chegando facilmente no fim do curso. Além disso, tem comportamento perigoso em curvas mais rápidas. O passageiro do banco traseiro esbarra a cabeça no teto e o acabamento, em alguns aspectos, é digno de um carro chinês. Usaram tecido nos forros das portas e apoio de braço, mas sem espuma entre o tecido e o plástico. A tampa do porta-malas, sem revestimento algum, parece com a de um popular de quinta categoria”.
Outro que lamenta vários aspectos é Eduardo Sabedotti Breda, de Curitiba, PR, sobre o City EX automático 2010 de sua esposa. “Como tenho um Siena ELX 1.4, fica fácil comparar os carros. O City não vale o preço cobrado. É ridículo não ter luz no porta-luvas ou nas teclas dos vidros; os vidros não sobem automaticamente; o ABS só vem na versão EX e os faróis de neblina só na EXL. Os faróis são sofríveis. Pneus de série 55 deixam o carro muito duro, inadequado para as ruas. O consumo é ruim com câmbio automático, que parece não conversar com o motor. Troca demais de marcha, gira muito alto em subidas. Esperava muito mais. Uma série de detalhes fazem o comprador sentir-se lesado pelo preço”.
Para-choques, grade e lanternas traseiras foram alterados; com a extinção da
versão EXL, a EX (fotos) ganhou bancos de couro e marchas no volante
Um ponto a favor do City é a baixa ocorrência de defeitos: nenhum assumiu proporções relevantes entre os leitores que opinaram. Alguns itens relatados são ruídos no banco traseiro e na chave das luzes de direção, suspensão ruidosa e perda de potência com falhas intermitentes.
Contudo, os aspectos negativos apontados deixam esse Honda com um dos piores índices de satisfação registrados no Guia de Compra desde a nova fase da seção. Apenas 47,4% dos donos dizem-se muito satisfeitos, contra 90,9% no Hyundai I-30, 90,5% no Renault Fluence, 85% no Fiat Linea, 84,6% no Kia Cerato, 82,6% no Nissan Sentra, 76,6% no Ford Focus (hatch e sedã) e 70,8% no Chevrolet Vectra sedã. Embora alguns desses carros sejam maiores que o City, todos oferecem ou ofereciam versões em faixas de preço compatíveis com as dele.
Já a rede de concessionárias Honda obteve muita satisfação de 68,4% dos participantes, percentual mais alto que as redes que atendem a Fluence (52,4%), Focus (50%), Cerato (48,1%), Sentra (42,7%), Vectra (39,7%) e I-30 (31,8%), embora inferior à do Linea (72,5%). Apesar das deficiências, o City é um carro bem aceito e com alta liquidez de mercado, o que pode ser um elemento decisivo para muitos que estudam sua compra.
Veja opiniões de proprietários | Opine sobre seu carro |
Custos de manutenção
Concessionária | Mercado paralelo | |
Disco de freio (par) | R$ 390 | R$ 160 |
Pastilhas de freio dianteiras (par) | R$ 265 | R$ 65 |
Amortecedores (jogo de 4) | R$ 1.050 | R$ 925 |
Pneus (Pirelli Cinturato P4, 175/65 R 15, cada) | R$ 300 | |
Para-lama dianteiro (cada) | R$ 390 | R$ 300 |
Para-choque dianteiro | R$ 805 | R$ 175 |
Farol (cada) | R$ 810 | R$ 250 |
Mão de obra (hora) | R$ 160 | – |
Preços médios para City LX automático 2010 obtidos pelo Sistema Audatex (concessionária) e lojas de autopeças em pesquisa em nov/12; não envolvem instalação e pintura quando cabível |
Cotações de seguro
Custo médio | Franquia média | |
|
||
Perfil de alto risco | R$ 13.410 | R$ 3.325 |
Perfil de médio risco | R$ 2.270 | R$ 3.100 |
Perfil de baixo risco | R$ 1.420 | R$ 2.870 |
Custos médios obtidos em pesquisa da Depto Corretora de Seguros em nov/12; conheça os perfis |
Satisfação dos proprietários
Com o carro | Com as concessionárias | |
Muito satisfeitos | 47,4% | 68,4% |
Parcialmente satisfeitos | 42,1% | 31,6% |
Insatisfeitos | 10,5% | 0% |
Não utilizam | – | 0% |
Estatística obtida no Teste do Leitor com 19 proprietários até nov/12 |
Compare as versões
Versão | Faixa de preço | Anos-modelo disponíveis |
City LX 1,5 Flex 16V manual | R$ 39.580 a R$ 46.135 | 2010 a 2013 |
City LX 1,5 Flex 16V aut. | R$ 42.710 a R$ 49.560 | 2010 a 2013 |
City EX 1,5 Flex 16V manual | R$ 42.230 a R$ 50.610 | 2010 a 2013 |
City EX 1,5 Flex 16V aut. | R$ 44.810 a R$ 55.265 | 2010 a 2013 |
City EXL 1,5 Flex 16V manual | R$ 44.784 a R$ 47.100 | 2010 e 2011 |
City EXL 1,5 Flex 16V aut. | R$ 48.855 a R$ 55.460 | 2010 a 2012 |
City DX 1,5 Flex 16V manual | R$ 40.370 a R$ 44.740 | 2011 a 2013 |
City DX 1,5 Flex 16V aut. | R$ 43.450 a R$ 44.935 | 2011 e 2012 |
Preços fornecidos pela FIPE e válidos para nov/12 | ||
Combustível | Potência | Torque |
Gas. | 115 cv | 14,8 m.kgf |
Álc. | 116 cv | 14,8 m.kgf |
Dados do fabricante, válidos para todas as versões |