Fiat Bravo: bons equipamentos com pouco desembolso

 

 
Detalhes de estilo mais esportivos diferenciavam o Bravo TJet, versão de topo do hatch
da Fiat, que trazia motor turbo de 1,4 litro e 16 válvulas com 152 cv e até 23 m.kgf

 

Um dos proprietários muito satisfeitos é José Emerson Padilha de Melo, de Maceió, AL, dono de um Bravo Essence Dualogic 2012: “Design moderno, equilibrado. O acabamento é muito bom, com bons materiais. O porta-malas é o maior da categoria, porém à custa de um menor espaço no banco traseiro sem que isso diminua o conforto de quem anda atrás. O conforto ao rodar é bom. O motor é bem dimensionado e econômico. Optei pelo Bravo por ter tido experiências muito boas com Unos e Palios, além de ser o mais atualizado”.

“Um carro que desperta uma paixão instantânea, principalmente ao entrar no carro. O acabamento é primoroso, sem rebarbas e feito com materiais de alta qualidade. O carro em si tem um motor adequado, mas pelo seu peso deveria ter um pouco mais de potência. O ESP deveria estar disponível na versão Absolute. Estou satisfeito”, relata o apaixonado, mas racional Stéfano Maviega, de Campinas, SP, dono de um Bravo Absolute Dualogic 2012.

 

 
O interior mudava pouco no TJet, mas o conteúdo de série era superior; a mecânica
incluía câmbio de seis marchas, suspensão mais firme e controle de estabilidade

 

Outro dono muito satisfeito é Matheus Morandi de Almeida, que roda por Belo Horizonte, MG, a bordo de seu Bravo TJet 2012: “É impressionante como um mesmo carro pode ser tão diferente de uma versão para outra. Esqueça tudo que você leu sobre a versão aspirada. O TJet é um carro para entusiastas! Motor potente e econômico, suspensão afinadíssima, acabamento muito bom, posição de dirigir muito confortável e esportiva, direção precisa e direta, rápido e divertido. Comprei o carro com todos os opcionais, que tornam o carro ainda mais agradável e estiloso. Acho o desenho maravilhoso, atemporal e muito bem resolvido. O motor sobe de giro com rapidez e é suave, e o câmbio mantém o motor sempre na rotação perfeita. É impossível acionar o Overbooster e não soltar palavrões misturados com risadas! Garante muita diversão ao volante”.

Daniel, de Porto Alegre, RS, tem um Bravo Sporting 2013 e também elogia seu hatchback: “Desenho muito charmoso, elegante e esportivo na medida certa. O acabamento interno é muito bom. A sensação é de muita estabilidade, mesmo em altas velocidades. O conforto da direção elétrica supermacia é destaque. Gosto muito do ronco do motor, um tanto esportivo, mas sem ser muito chamativo. O carro traz visual mais esportivo sem custar muito mais. No entanto, acho que faltam mais itens de segurança (ESP e mais bolsas infláveis)”.

 

“O TJet é um carro para entusiastas! Motor potente e econômico, suspensão afinadíssima, acabamento muito bom, direção precisa e direta”, diz o leitor

 

O Bravo também possui proprietários que se arrependem de o terem comprado. Isabel Cristina, de Alfenas, MG, tem um Sporting Dualogic 2013 e com apenas 1.000 km rodados já não estava satisfeita: “O câmbio Dualogic é lento nas trocas de marchas, confuso e deveria ter uma posição de freio, como o P nos automáticos. A Fiat deveria desistir desse câmbio e partir para o verdadeiro automático. Meu carro saiu de fábrica com ar-condicionado que não esfria e com um barulho na suspensão dianteira, que foi diagnosticado como defeito no amortecedor. Falta controle de qualidade na Fiat. Como um carro sai assim? Estou decepcionada e, se pudesse voltar atrás, não compraria”.

Os defeitos relatados por seus proprietários foram vários. Os mais importantes foram problemas elétricos (vidros e travas que não obedecem a comandos de acionamento, problemas com os alto-falantes, nos lavadores dos faróis e do para-brisa e até mesmo panes que chegam a parar o carro), ruído ao frear com o carro dando marcha à ré, falhas na vedação do teto solar, direção travada com o carro em movimento, ruídos nas portas traseiras, falta de eficiência do ar-condicionado, infiltração de água nos faróis, alertas de avarias nas bolsas infláveis, câmbio Dualogic com funcionamento irregular e sistema de áudio lento para a leitura de pendrives.

 

 

 
Último a chegar, o Bravo Sporting combinou o motor E-Torq, com opção pelo câmbio
Dualogic, a um visual externo e interno esportivo e à mesma suspensão do TJet

 

A rede de concessionárias Fiat é criticada pelos donos. Rodrigo Galon de Lima, de Francisco Beltrão, PR, que tem um Bravo Essence 2012, relata: “A felicidade foi para o buraco… O pós-venda da Fiat é ruim, demoram seis meses para resolver problemas e a fábrica alega que não tem peças básicas, como uma manopla do câmbio, retrovisor, guarnição do reservatório de água do limpador, botão de encaixe do carpete… Todos itens que vieram com defeito de fábrica. A Fiat está deixando acontecer como no Tipo e Marea, que tiveram a imagem queimada pela falta de assistência. Não compre!”.

 

 

Camila Souza, de Brasília, DF, tinha um Absolute 2011 e lamenta: “Apresentou diversos problemas como avarias dos airbags. Levei inúmeras vezes à concessionária e não foi resolvido. O sistema elétrico apresentava inúmeros problemas. Cansei do carro e acabei vendendo. Além disso, em função do atendimento precário da rede autorizada, desisti da marca”.

A incidência de problemas faz com que o índice de satisfação dos donos de Bravo seja apenas razoável: 67,5% dos participantes do Teste do Leitor declaram-se muito satisfeitos com o carro, resultado inferior aos de Hyundai I30 (90,9%), Nissan Tiida (87,5%) e Ford Focus (76,6%, incluindo sedã), mas melhor que o do Chevrolet Vectra hatch (62,8%). A rede de concessionárias da Fiat mereceu a mesma avaliação de 40% dos proprietários, contra 58% da Nissan, 50% da Ford e da GM e 31,8% da Hyundai (os índices foram computados para cada Guia de Compra e podem não refletir a situação atual).

 

Custos de manutenção

Concessionária Mercado paralelo
Discos de freio (par) R$ 270 R$ 160
Pastilhas de freio dianteiras (jogo) R$ 320 R$ 70
Amortecedores (jogo de 4) R$ 940 R$ 1.000
Pneus (Goodyear Eagle Excellence, 215/45 R 17, cada) R$ 610
Para-lama dianteiro (cada) R$ 600 R$ 330
Para-choque dianteiro R$ 710 R$ 390
Farol (cada) R$ 790 R$ 280
Mão de obra (hora) R$ 170
Preços médios para Bravo Absolute 1,75 16V Flex 2012 obtidos pelo Sistema Audatex (concessionária) e lojas de autopeças, em pesquisa em abril de 2013; não envolvem instalação e pintura quando cabível

 

Cotações de seguro

Custo médio Franquia média
  • Bravo Absolute Dualogic 1,75 16V Flex 2012
Perfil de alto risco R$ 10.700 R$ 2.925
Perfil de médio risco R$ 3.065 R$ 2.685
Perfil de baixo risco R$ 1.675 R$ 2.490
  • Bravo TJet 1,4 16V 2012
Perfil de alto risco R$ 12.295 R$ 3.770
Perfil de médio risco R$ 4.125 R$ 3.500
Perfil de baixo risco R$ 2.070 R$ 3.270
Custos médios obtidos em pesquisa da Depto Corretora de Seguros em abr/13; conheça os perfis

 

Satisfação dos proprietários

Com o carro Com as concessionárias
Muito satisfeitos 67,5% 40%
Parcialmente satisfeitos 15% 37,5%
Insatisfeitos 17,5 20%
Não utilizam 2,5%
Estatística obtida no Teste do Leitor com 40 proprietários até abr/13

 

Compare as versões

Versão Faixa de preço Anos-modelo disponíveis
Bravo Essence 1,75 16V Flex R$ 42.400 a R$ 48.900 2011 a 2013
Bravo Essence Dualogic 1,75 16V Flex R$ 44.100 a R$ 51.500 2011 a 2013
Bravo Absolute 1,75 16V Flex R$ 45.000 a R$ 49.700 2011 e 2012
Bravo Absolute Dualogic 1,75 16V Flex R$ 48.200 a R$ 55.900 2011 a 2013
Bravo Sporting 1,75 16V Flex R$ 53.900 2013
Bravo Sporting Dualogic 1,75 16V Flex R$ 54.200 2013
Bravo TJet 1,4 16V gasolina R$ 51.400 a R$ 61.000 2011 a 2013
Preços fornecidos pela FIPE e válidos para abr/13
Versão Comb. Potência Torque Vel. máxima 0 a 100 km/h Cons. cidade Cons. estrada
Motor 1,75 16V Flex gas. 130 cv 18,4 m.kgf 191 km/h 10,3 s 11,3 km/l 16,1 km/l
álc. 132 cv 18,9 m.kgf 193 km/h 9,9 s 7,9 km/l 11,2 km/l
Motor 1,4 16V turbo gas. 152 cv 21,1 / 23,0 m.kgf* 206 km/h 8,7 s ND ND
Dados do fabricante; ND= não disponível; *Overbooster acionado

 

 

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