Depois do Ford Fusion, mais um sedã médio-grande deixa o mercado brasileiro: o Volkswagen Passat, que não está mais sendo importado — segundo confirmou a marca alemã — pela desvalorização do real frente ao euro. O modelo chegou ao Brasil por importação oficial em 1994, na terceira geração alemã reestilizada (código B4), embora algumas unidades do anterior B3 tenham vindo por empresa independentes. Ele passou por três grandes reformulações até chegar ao modelo que estava à venda por aqui desde 2016.
Confira um breve histórico da carreira do Passat importado no Brasil:
• 1994 – Lançamento do sedã e da perua Variant (acima) com motores de 2,0 litros (114 cv) e 2,8 litros (VR6 de 174 cv), com opção de transmissão automática de quatro marchas. O motor vinha em posição transversal, adotada em 1988. Com a estreia da quarta geração B5 na Europa e a alta do Imposto de Importação, o carro passou algum tempo sem vir.
• 1998 – Chegada da geração B5 (acima), de linhas mais arredondadas e ótima aerodinâmica (Cx 0,27), agora com motor longitudinal e plataforma compartilhada com os Audis A4 e A6. A suspensão dianteira passava de McPherson para um arranjo de braços sobrepostos, chamado de Five-Link, e a caixa automática era de cinco marchas com modo manual (Tiptronic). Oferecia motores de 1,8 litro com cinco válvulas por cilindro, com turbo (150 cv) ou sem (125 cv), e V6 de 2,8 litros e 193 cv, não mais o VR6 de ângulo estreito. Leia comparativo ao Alfa Romeo 156 e avaliação da Variant V6.
• 2001 – O Passat era reestilizado (acima) com ar mais sofisticado e faróis elipsoidais. Leia comparativo do sedã ao Citroën C5.
• 2003 – Importação da versão blindada Protect, o único Passat com tração integral permanente (baseada no diferencial central Torsen, como nos Audis) vendido no Brasil. Nesse caso a suspensão traseira era independente em vez do eixo de torção. Usava motor V6.
• 2006 – Estreia do Passat de quinta geração (B6, acima), com plataforma derivada da do Golf e retorno ao motor transversal. A suspensão dianteira voltava ao sistema McPherson, mas a traseira evoluía para o conceito independente multibraço e o porta-malas estava bem maior. Sedã e Variant ofereciam motores turbo e aspirado de 2,0 litros com injeção direta (200 e 150 cv, na ordem) e V6 de 3,2 litros e 250 cv, associado à nova transmissão DSG de dupla embreagem e seis marchas e tração integral. Leia comparativo do Passat ao Citroën C5 e avaliação da Variant V6.
• 2009 – Chegava o Passat CC (acima), um sedã de perfil mais esportivo, com motor V6 de 3,6 litros e 300 cv, caixa DSG e tração integral de série.
• 2011 – Passat e Variant eram restilizados (código B7, acima) e ganhavam novos itens de segurança. A caixa DSG chegava ao motor de 2,0 litros; o V6 e a tração integral deixavam o catálogo. Leia comparativo com Citroën DS5, Ford Fusion, Hyundai Azera e Peugeot 508. Oferta do pacote esportivo R-Line para o CC.
• 2013 – Agora chamado apenas de CC, o modelo de perfil esportivo passava por uma remodelação. Leia comparativo ao BMW 328i.
• 2016 – Importação do Passat B8 (acima), a sexta geração alemã, baseado na plataforma Matriz Modular Transversal (MQB). Entre as novidades estavam faróis de leds com ajuste dinâmico para evitar ofuscamento, quadro de instrumentos digital e programável, ar-condicionado automático de três zonas, central de áudio Discover Pro com tela de 8 pol, controlador da distância ao tráfego à frente e assistente de estacionamento. O motor turbo de 2,0 litros passava a 220 cv, mantendo a caixa DSG. Não havia mais a Variant. Leia comparativo com Ford Fusion e Honda Accord.
• 2018 – Últimas evoluções do Passat no Brasil: central com tela de 9,2 pol e controle por gestos e mais equipamentos de série em versão única Highline.
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação