Com o pacote Esseesse, o Abarth Punto Evo tornava-se ainda mais picante:
180 cv, rodas de 18 pol, máxima de 216 km/h, 0 a 100 em 7,5 segundos
A série limitada My Life do Punto Evo aparecia em novembro de 2010 com detalhes próprios de acabamento, navegador, controle de estabilidade e três versões de motores: 1,25 e 1,4-litro a gasolina e 1,25 a diesel. Outra edição do Evo, a 150º, aparecia em março seguinte para comemorar os 150 anos da unificação da Itália em 1861 com exclusiva cor azul e o emblema da série com as cores da bandeira italiana. Estavam disponíveis motores de 69 a 77 cv a gasolina e a diesel. A série Virgin Radio, de 2012, trazia sistema de áudio Interscope de 360 watts, rodas brancas ou pretas e retrovisores cromados.
Ao lado do Evo, o Punto básico — não mais Grande Punto — ganhava em maio de 2012 retoques estéticos como grade e tomada de ar dianteiras mais arredondadas, novos faróis e lanternas. Disponível nas versões Pop, Easy, Lounge e TwinAir, podia ter quatro motores: 1,25 de 69 cv, 1,4 de 77 cv (a gasolina), 1,25 de 75 ou 95 cv (turbodiesel) e o inédito TwinAir, um dois-cilindros de apenas 900 cm³ com turbo, 85 cv e 14,8 m.kgf, já conhecido do Fiat 500. Como alternativas havia o 1,4 a gás liquefeito de petróleo (GLP) com 77 cv e o mesmo motor a gás natural com 69 cv. Câmbio automatizado era opcional para o 1,4 a gasolina e o diesel de 95 cv.
O Evo não substituía o Grande Punto básico, que em 2012 ganhava retoques
visuais e o motor Twin Air turbo de dois cilindros, agora se chamava só Punto
Na avaliação da revista inglesa Auto Express, o motor TwinAir revelou-se “o mais cheio de caráter encontrado em um supermíni hoje, e a baixa emissão de CO2 significa que não é preciso pagar o imposto de rodagem. O ruído do motor está sempre presente, tanto mais alto quanto mais se exige dele, mas é uma nota projetada para agradar ao motorista. O Punto encoraja o condutor a explorar toda a faixa de rotações, mas o torque máximo chega a 2.000 rpm, de forma que ele é flexível na cidade. Contudo, a economia no mundo real não é tão boa quanto a Fiat esperaria e, com chassi datado e plásticos internos pobres, o resto do conjunto sofre diante de um Fiesta ou Polo”.
Por mais que se parecessem, eram baseados
em plataformas diversas: o modelo fabricado em
Betim aproveitava componentes do Palio
O Punto no Brasil
Se na Europa o primeiro Punto sucedeu ao Uno, no Brasil os planos da Fiat foram outros. A renovação da marca no segmento de hatches pequenos na década de 1990 coube a um modelo de projeto mais simples — o Palio, desenvolvido para mercados emergentes, com construção mais barata e suspensão mais robusta que a do “primo” italiano. Assim, só na terceira geração o Punto desembarcou por aqui.
Não como o italiano, porém. Por mais que se parecessem, o Grande Punto de lá e o Punto de cá (projeto 310) eram baseados em plataformas diversas: o fabricado em Betim, MG, aproveitava parte dos componentes do Palio em uma arquitetura já usada na minivan Idea. Além disso, o carro nacional vinha sempre com cinco portas e oferecia um motor inexistente na Europa, fruto da associação que vigorava com a GM.
Em 2007 o Punto chegava ao Brasil já na terceira geração, com versões de 1,4
e 1,8 litro, cinco portas e plataforma diferente da usada na Europa
O Punto brasileiro estreava em agosto de 2007 em quatro versões de acabamento: básica, ELX (ambas com motor Fire de 1,4 litro), HLX e Sporting (dotadas da unidade Chevrolet de 1,8 litro), todas flexíveis em combustível e com duas válvulas por cilindro. O 1,4 fornecia 85 cv/12,4 m.kgf com gasolina e 86 cv/12,5 m.kgf com álcool; o 1,8 contava com 113 cv/18 m.kgf e 115 cv/18,5 m.kgf, na mesma ordem.
O Sporting sobressaía pelos detalhes esportivos, como rodas de alumínio de 16 pol com pneus 195/55, saias laterais, defletor de teto, cintos de segurança na cor vermelha e cobertura esportiva dos pedais. Um destaque do Punto era a opção de itens incomuns na categoria, como bolsas infláveis laterais e de cortina, teto solar duplo (parte dianteira móvel e traseira fixa), faróis e limpador de para-brisa automáticos, sensores de estacionamento na traseira, retrovisor interno fotocrômico e o sistema Blue & Me de interface Bluetooth.
O Best Cars colocou o Punto ELX lado a lado com Citroën C3 Exclusive 1,4, Honda Fit LXL 1,35 e VW Fox Route 1,6. O Fiat destacou-se em estilo e foi bem avaliado em posição de dirigir, itens de conveniência, consumo, suspensão e segurança passiva, mas criticado pelo espaço interno, o ruído do motor e o desempenho. “O Punto cativa pelo acerto de suspensão típico dos Fiats mais recentes: absorve muito bem as irregularidades, tem comportamento correto e transpõe lombadas sem problemas. Não há o excesso de oscilações e de inclinação em curvas conhecido da linha Palio, o que — somado aos largos pneus — chega à sensação de ser um chassi à espera de um motor, o exato oposto do Palio 1.8R…”, observamos.
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Os especiais
O Punto sempre despertou a atenção das empresas do setor de preparação. A primeira geração contava com um trabalho da italiana Giannini, habituada a modificar Fiats desde os modelos 500 e 600 dos anos 50. Havia para-choques e rodas esportivas, volantes clássicos com aro de madeira e raios metálicos, apliques de madeira para o painel e revestimentos em couro. Para o Punto GT a empresa desenvolveu para-lamas alargados, saias laterais e rodas de 16 pol. O motor 1,4 turbo era preparado para obter 158 cv.
A segunda geração recebeu a personalização da Novitec, empresa alemã dedicada a modelos italianos. Os itens incluíam defletores dianteiro e traseiro, novos para-choques, capô com tomada e saídas de ar e rodas de 17 pol. O motor 1,25 turbodiesel podia ganhar preparação na central eletrônica.
As opções cresceram com o lançamento do Grande Punto, em 2005: dois anos mais tarde eram apresentadas três propostas para o modelo. A Novitec fez a versão X-One, com para-choques redesenhados, novo capô, saias laterais, aerofólio e rodas de 18 pol com pneus 215/35. A suspensão esportiva tinha altura regulável em até 75 mm e o escapamento ostentava duas saídas. O motor 1,9 turbodiesel passava de 130 para 160 cv, suficientes para 0-100 em 8,6 s.
Também a Carzone Specials decidiu remodelar a frente, dando ao Grande Punto uma ampla tomada de ar inferior, e o para-choque traseiro. O conjunto tinha ainda defletores, saias laterais, rodas de 19 pol com pneus 225/30 e suspensão rebaixada em até 80 mm. A proposta da Lester envolvia defletores dianteiro e traseiro, saias laterais e defletor no capô diante do para-brisa. As rodas de 17 pol usavam pneus 205/45 e havia opção por molas H&R e amortecedores Koni.
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