Com até 153 cv, o motor de 2,0 litros revitalizava o Corolla em 2010; a versão de topo Altis, com interior em bege, assumia o lugar da SE-G
Nada mudava nas versões: o motor 1,6 a gasolina estava restrito ao XLi com caixa automática, para frotistas e deficientes físicos, e tanto o XLi quanto o XEi podiam ter o 1,8 flexível com caixa manual ou automática, esta a única disponível no SE-G 1,8. O motor maior perdia potência com gasolina (132 cv), mas havia evoluções na caixa automática (conversor de torque e programação eletrônica) e na direção, com assistência elétrica em vez de hidráulica.
Computador de bordo e sistema de áudio com MP3 equipavam todos os Corollas; a versão SE-G vinha com faróis com lâmpadas de xenônio, disqueteira e iluminação especial no painel e podia ter os bancos revestidos em couro bege. O XEi recebia ar-condicionado automático e bolsas infláveis laterais. A versão GLi chegava entre a XLi e a XEi em setembro de 2009. Adicionava freios ABS, ar-condicionado automático e rodas de alumínio de 16 pol, entre outros itens.
Com retoques de estilo do modelo 2012, o Corolla XRS buscava ar esportivo nos defletores e costuras vermelhas, mas a mecânica seguia inalterada
Seis meses depois, em março de 2010, o Corolla trazia outro atrativo: motor de 2,0 litros flexível para o XEi e o novo Altis, que substituía o SE-G. Vinha sempre com transmissão automática — também nova, apesar de manter as quatro marchas, e com comandos junto ao volante para mudanças manuais. Com avanços técnicos, o motor desenvolvia 142 cv/19,8 m.kgf com gasolina e 153 cv/20,7 m.kgf com álcool. O XLi 1,6 a gasolina era descontinuado; no XEi, bancos de couro vinham de série.
Com o Civic ainda distante de um redesenho, a Toyota teria boas condições de manter e ampliar a liderança na classe com seu Corolla rejuvenescido em 2014
Leve reforma externa era implantada na linha 2012: para-choques, lanternas traseiras (com novo arranjo e leds para XEi e Altis), tampa do porta-malas. No interior, tecidos e cores do painel eram as novidades. O XLi passava a vir com alarme acionado pela chave, o XEi e o Altis ganhavam conexão USB e interface Bluetooth para celular no sistema de áudio e, apenas no Altis, câmera traseira de manobras. O motor de 1,8 litro era novo, da mesma família do 2,0-litros, com 139/144 cv e a caixa manual passava a ter seis marchas.
Uma variação com apelo esportivo, a XRS, aparecia em março de 2012. Derivada do XEi, vinha com defletores dianteiro e no porta-malas, saias laterais e traseira, faróis com máscara escura e rodas em tom grafite. O interior ganhava costura vermelha no revestimento em couro preto e volante esportivo com base achatada. O motor de 2,0 litros, porém, não mudava e vinha apenas com caixa automática.
Desenho estava mais moderno no 11º modelo, que ganhava transmissão CVT, tela com TV e faróis de leds no Altis; motores de 1,8 e 2,0 litros permaneciam
Com a geração 11, ar jovial e CVT
O Corolla de 11ª. geração estreava no Brasil em março de 2014 em meio a grande movimentação na categoria, que havia recebido novos Ford Focus, Nissan Sentra e o Citroën C4 Lounge. Com o arquirrival Civic ainda distante de um redesenho — levaria dois anos —, a Toyota teria boas condições de manter e ampliar a liderança de vendas na classe com seu sedã rejuvenescido.
Agora havia as versões GLi 1,8, com caixa manual de seis marchas ou a inédita CVT, e XEi e Altis, com a unidade de 2,0 litros e CVT, capaz de emular sete marchas. Ambos os motores ganhavam partida a frio por preaquecimento de álcool e o 2,0 ficava 1 cv mais potente, 143/154 cv. Entre os recursos estavam cinco bolsas infláveis (uma para os joelhos do motorista), fixação Isofix para cadeiras infantis, sistema de áudio com tela de 6,1 pol, navegador e televisão digital, câmera traseira para manobras e, no Altis, faróis de leds. Ausências lamentadas eram ar-condicionado de duas zonas, teto solar, limpador de para-brisa automático e — sobretudo — controle eletrônico de estabilidade, comum na concorrência.
Em nossa avaliação, o Altis “mostrou o jeito de rodar bem conhecido do modelo, com suspensão bem acertada no equilíbrio entre conforto e estabilidade. O motor, relativamente suave e silencioso, move-o com facilidade mesmo sem chegar às altas rotações em que obtém potência e torque máximos. A CVT constitui efetiva evolução em termos de conforto, ao deixar no passado as trocas entre marchas tão espaçadas quanto as quatro do antigo Corolla. É um carro estável para sua categoria, mas longe de oferecer qualquer esportividade ao volante. Continua a ser uma mera cápsula de transporte eficiente, confortável.. e um tanto cara para o que oferece”
Versão GLi Upper (foto interna), com itens do XEi e motor 1,8, e a série limitada Dynamic foram novidades do Corolla brasileiro em 2016
Uma nova versão intermediária, a GLi Upper, era acrescentada à linha 2016 com itens de acabamento das versões superiores, como bancos de couro, mantendo o motor 1,8 com caixa CVT de série. O XEi ganhava rebatimento elétrico dos retrovisores e faróis automáticos. Uma edição com apelo esportivo, a Dynamic, vinha em setembro seguinte com rodas e bancos de couro pretos.
O Corolla de 50 anos atrás, tímido no estilo e contido no desempenho, evoluiu para um belo automóvel médio e bem equipado, com ampla variedade de carrocerias para os diversos mercados — oferta que já foi maior, é verdade, em gerações passadas. Para seus admiradores, o mais expressivo é que tudo isso aconteceu sem jamais abandonar seus princípios de construção bem-feita, mecânica confiável e durabilidade.
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Ficha técnica
Corolla Liftback GT (1980, 4ª. geração) | Corolla GT Coupe (1983, 5ª. geração) | Corolla T-Sport (2004, 9ª. geração) | Corolla XRS (2009, 10ª. geração) | |
Motor | ||||
Posição e cilindros | longitudinal, 4 em linha | transversal, 4 em linha | ||
Comando e válvulas por cilindro | duplo no cabeçote, 4 | |||
Diâmetro e curso | 85 x 70 mm | 81 x 77 mm | 82 x 85 mm | 88,4 x 96 mm |
Cilindrada | 1.588 cm³ | 1.587 cm³ | 1.796 cm³ | 2.357 cm³ |
Taxa de compressão | 8,4:1 | 10:1 | 11,5:1 | 9,8:1 |
Potência máxima | 115 cv a 6.000 rpm | 124 cv a 6.600 rpm | 192 cv a 7.800 rpm | 158 cv a 6.000 rpm |
Torque máximo | 15,0 m.kgf a 4.800 rpm | 15,2 m.kgf a 5.000 rpm | 18 m.kgf a 6.800 rpm | 22,3 m.kgf a 4.000 rpm |
Alimentação | injeção multiponto | |||
Transmissão | ||||
Tipo de caixa e marchas | manual, 5 | manual, 6 | automática, 5 | |
Tração | traseira | dianteira | ||
Freios | ||||
Dianteiros | a disco | a disco ventilado | ||
Traseiros | a tambor | a disco | ||
Antitravamento (ABS) | não | sim | ||
Suspensão | ||||
Dianteira | independente | independente, McPherson | ||
Traseira | eixo rígido | eixo de torção | ||
Rodas | ||||
Pneus | 185/70 R 13 | 205/50 R 15 | 215/45 R 17 | |
Dimensões | ||||
Comprimento | 4,24 m | 4,18 m | 4,20 m | 4,54 m |
Entre-eixos | 2,40 m | 2,43 m | 2,60 m | |
Peso | 975 kg | 970 kg | 1.255 kg | 1.345 kg |
Desempenho | ||||
Velocidade máxima | ND | 196 km/h | 225 km/h | ND |
Aceleração de 0 a 100 km/h | ND | 9,2 s | 8,4 s | ND |
ND = não disponível |