• Conceitos de aerodinâmica ganharam as carrocerias dos automóveis nos anos 30 dos dois lados do Atlântico. Nos EUA, o Lincoln Zephyr 1937 foi um dos melhores exemplos do estilo streamline, traduzível como fluido. Com a ainda incomum estrutura monobloco e motor V12 de 4,4 litros e 110 cv, alcançava 130 km/h.
• A tradição da BMW em competições tem como um símbolo o modelo 328, lançado em 1936 com versões abertas e fechadas, que obteve grande êxito na prova italiana Mille Miglia. O carro exposto, de 1938, tem motor de seis cilindros, 2,0 litros e 80 cv e atinge 150 km/h, mas versões de competição superavam 200 km/h com a unidade preparada para 135 cv.
• Baixo, sinuoso, elegante, o Bugatti T57 SC Atlantic de 1938 simboliza a ousadia com que Ettore Bugatti via o automóvel. Além da bela carroceria de alumínio, tinha motor de oito cilindros em linha, 3,3 litros e 200 cv — um projeto para competições — para alcançar 200 km/h.
Motor a diesel em um Porsche pode parecer novidade, mas o trator Junior 108K de um único cilindro já o empregava nos anos 50
• Apresentado antes da Segunda Guerra Mundial, em 1939, o Bentley Mark V 1940 firmou os parâmetros para os carros pós-conflito da marca inglesa, como o Mark VI. Trazia suspensão dianteira independente e motor seis-em-linha de 4,3 litros com potência estimada em cerca de 135 cv.
Os anos 1950
• O “besouro” ainda estava começando seu êxito mundial em 1950, quando este Volkswagen foi fabricado. O exemplar tem vidro traseiro bipartido e volante à direita. O motor de 1,15 litro desenvolvia 25 cv.
• Identificada como Type 2 ou T2, por ser o segundo modelo da Volkswagen para uso civil, a primeira série da Kombi (de Kombinationsfahrzeug, veículo combinado para carga e passeio, em alemão) já se destacava pelo espaço interno e a boa tração obtida ao colocar o motor de 1,15 litro e 25 cv sobre as rodas motrizes traseiras. Esse furgão é de 1950.
• O 356 foi o primeiro Porsche de grande produção, iniciada em 1948. O modelo da foto, de 1952, tem motor traseiro de 1,3 litro e quatro cilindros opostos, 44 cv e máxima de 145 km/h. A pureza de suas linhas foi pouco alterada com as sucessivas evoluções até que ele cedesse espaço de vez ao 911 em 1965.
• Motor a diesel em um Porsche pode parecer novidade, mas o trator Junior 108K já o empregava nos anos 50. A unidade de um só cilindro, 800 cm³ e 14 cv tinha bloco de liga de alumínio, conexão direta do ventilador (em vez do uso de correia) e lubrificação inovadora. A construção modular permitia montar motores de um, dois, três ou quatro cilindros, este com 3,3 litros.
• Mesmo que muitos de seus modelos fossem derivados da Rolls-Royce, a Bentley tem uma história de carros marcantes. É o caso do R-Type Continental 1954, um cupê de linhas imponentes com motor V8 de 4,6 litros e 165 cv, que permite alcançar 180 km/h.
• Projetado para atender às forças armadas alemãs, o DKW Munga surgiu em 1953 com motor de três cilindros a dois tempos, 900 cm³ e 38 cv, tração integral (com modo 4×2 apenas na frente) e carroceria de plástico, como na unidade de 1955 exposta. O aço foi adotado para a produção normal de 1956 a 1964. Sua versão brasileira ganhou o nome de DKW-Vemag Candango.
• O Volkswagen comemorativo de um milhão de unidades, produzido em 5 de agosto de 1955, não poderia ficar de fora do museu. Dourado, ele ganhou para-choques e frisos com diamantes e acabamento especial. Na época o motor já era de 1,2 litro e 30 cv.
• Em desenho ou tecnologia, o Citroën DS estava 20 anos à frente do mercado ao ser apresentado em 1955. As linhas fluidas e o perfil baixo favoreciam a aerodinâmica, a suspensão hidropneumática trazia conforto e estabilidade, o interior era muito espaçoso. Esta versão é de 1,9 litro e 75 cv.
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